2010/03/30

Para meditar




Considerações sobre o conteúdo deste livro ficarão para outro dia.

Para já deixo apenas esta frase que me parece adequada aos dias que correm.

“ A única vez que a maioria me deu razão foi quando aceitou a minha renúncia”

(Francisco Sá Carneiro, renúncia ao cargo de deputado na Assembleia Nacional em 1973)

2010/03/29

Mudar de pagina mas com separador






No Figueirense

“Lídio Lopes elogiou a participação dos militantes e a forma serena como decorreu o acto eleitoral, considerando que se virou "uma página na vida do PSD da Figueira da Foz". O líder reeleito afirmou que "a partir desta noite há, na Figueira da Foz, uma comissão política com legitimidade para definir o rumo do PSD local, sem reservas de ninguém". Lídio Lopes dirigiu estas palavras "a todos os que optaram por não disputarem eleições".

Uma pequena nota inicial.

Considerar que se virou uma página na vida do PSD Figueira quando não estamos perante uma vitória inicial, um candidato novo e muito menos é o culminar de um processo de debate e discussão interna sobre os resultados eleitorais e actuação das estruturas partidárias nos últimos 4 anos é no mínimo estranho.

Adiante,

A comissão política tem legitimidade para definir o rumo do PSD local? Claro que tem. Já tinha. Então qual é o problema? Quando as comissões políticas são um instrumento de reflexão e actuação partidária, cumpridos os regulamentos, a sua liderança tem, obviamente, legitimidade política.

Ao contrário, quando são um instrumento e um meio para atingir o poder nunca – ou quase nunca - são as eleições que lhe dão legitimidade.

O que lhe dá legitimidade ( entendida não apenas do ponto de vista formal mas como poder para realizar algo) é a capacidade de ter um projecto próprio, que mobilize pessoas e que saia de um período de reflexão e de debate. Já agora que derrote o projecto adversário.
Na prática é mostrar quem manda.

Podemos dizer que a culpa não é de Lidio Lopes uma vez que este apresentou-se a eleições. Talvez não ou, não necessariamente.

Já em Janeiro Lidio Lopes se queixava que não era marcada uma reunião para discutir os resultados eleitorais. Se Lidio Lopes queria uma verdadeira vitória devia ter provocado a discussão. Ao optar por não o fazer demonstrou fraqueza. Lidio Lopes era quem mais precisava desse confronto.

Os restantes já demonstraram que querem o poder mas não necessariamente a concelhia. Esta só serve à falta de mais alguma coisa.

Têm outros objectivos e as costas mais quentes. Acresce a tudo isto o facto de já terem demonstrado que conseguem ganhar votações dentro da concelhia, e contra o seu líder, mesmo sem lá estarem. Para esta linha política estas eleições eram irrelevantes. Para Lidio Lopes eram fundamentais.

Duas conclusões podemos retirar do resultado eleitoral:

Lidio Lopes precisa rapidamente de encarar esta vitória como uma derrota e trabalhar seriamente para ganhar as próximas.

A grande vitoria da noite foi para a hipocrisia politica.

Ontem


2010/03/28

....ISTAS

Sá Carneiristas, Cavaquistas, Marcelistas,Barrosistas, Santanistas, Ferreiristas, Rangelistas, Aguiar Branquistas e agora Passos coelhistas.......

E Sociais Democratas....... Bom ha, ha, Hum, hum, ha...........


Esta bem fica para outro dia!?!?!

2010/03/19

Contra noticias espectáculo para consumo acéfalo





Nota prévia: qualquer perda de uma vida é sempre de lamentar. Sempre.

Situação 1

A polícia manda parar o cidadão X.

O cidadão X põe-se em fuga.

A polícia persegue o cidadão X por diversas ruas não
conseguindo que este pare e imobilize a sua viatura.

A polícia procura, com recurso a arma de fogo, que o condutor pare e imobilize a sua viatura.

O cidadão X é atingido e vem a falecer.

Comentários mais lidos e ouvidos: a policia é perigosa não se pode matar alguém só porque não parou (esquecem-se sempre de acrescentar e fugiu).

Situação 2

A polícia manda parar o cidadão X.

O cidadão X põe-se em fuga.

A polícia persegue o cidadão X por diversas ruas não
conseguindo que este pare e imobilize a sua viatura.

A polícia procura que o condutor pare e imobilize a sua viatura sem recurso a arma de fogo.

No decurso da perseguição o cidadão Y, que andava a passear o seu cão, é atropelado mortalmente pela viatura do cidadão X que se encontrava em fuga .

Comentários mais lidos e ouvidos: a polícia é incompetente. Devia ter utilizado todos os meios à sua disposição, incluindo as armas de fogo, para impedir que o cidadão X pusesse em perigo, com a sua fuga, a vida de cidadãos inocentes.

O que nós devíamos perguntar é: a partir do momento em que alguém desobedece a uma ordem de paragem da policia e se coloca em fuga quais são os comportamentos, por parte das autoridades, que nós achamos aceitáveis?

O que é que nós enquanto sociedade estamos dispostos a tolerar, aceitar, em nome da vida de alguém que voluntariamente potencia o risco para a vida de outros?

Estas perguntas têm de ser respondidas sem ter em atenção o resultado concreto de algumas actuações.

A polícia manda parar o cidadão X.

O cidadão X põe-se em fuga.

A resposta tem de ser dada aqui. Falar quando já se conhece o resultado final é fácil e próprio de sociedades doentes e incapazes.

2010/03/17

Boa e má publicidade

Não percebo nada de publicidade. Já ouvi dizer que, boa ou má, o que é preciso é aparecer.

Julgava que a publicidade que tem sido dada ao BOY do PS na PT tivesse acalmado os ânimos nos candidatos a esse tipo de lugares. Mesmo sendo muito bem pago à mínimos que o carácter não deveria permitir.

Nada de mais errado. Ao abrir a minha caixa de mail vejo que no PSD os candidatos a Ruis Pedros Soares são aos montes.

O candidato


Ao ouvir os “políticos” que pululam pela maior parte das concelhias e distritais do PSD fico com a sensação que se fosse necessário até o rato Mickey propunham para líder do PSD se isso lhes garantisse o tacho. É manifestamente assustador.