2010/10/17

Quadratura do vazio

Entrevista de Lidio Lopes ( apenas na parte disponível on line diario as beiras)

Por mais oportunidades ( por mérito próprio ou pelo desenrolar das circunstancias) que a politica dê a Lidio Lopes este não consegue dar um passo em frente.

Não sai de lugares comuns. Quando mexe é sempre para lamentar ou para se queixar dos outros ou do passado.

A sua relação com a derrota nas autárquicas é sintomática. A sua atitude depois da derrota deixa poucas dúvidas sobre este percurso.

Duarte Silva teve muitas responsabilidades na derrota? Claro que sim.

Mas não foi esta a maior responsabilidade.

Com uma concelhia que soubesse o que andava a fazer – lembro que foram 4 anos miseráveis, um mandato – Duarte Silva tinha ganho. Poucas pessoas têm dúvidas. Do PSD à oposição.

Aliás que se saiba apenas relativamente a presença de Lidio Lopes nas listas houve uma tomada de posição. Não o queriam.

Os descontentes com Duarte Silva eram, na maioria, aqueles que julgavam que este não se iria recandidatar e assim poderiam formar uma lista à sua medida.

Muitos saíram do concelho de opinião ou de outros “sectores” do PSD. Muitos não perdoam que lhes tenham negado a “glória”. Aquele era o seu momento.

Os que achavam que teriam de ser presidentes, aqueles que querem chegar a casa de motorista – o top da carreira e da pobreza de espírito -, aqueles que já sendo velhos queriam ser vereadores da juventude e muitos mas muitos etcs.

Todo este cenário demonstra que a vitória era possível. Numa derrota previsível ninguém quer ir à frente. Aqui havia muitos.

Passada a eleição o percurso continuou a ser errático.
Agora com o concelho de opinião a quadratura do vazio ficou completa.

Pior.

Nas jornadas de reflexão realizadas na quinta da rolas ficou claro a posição de cada um.

A intervenção do Presidente da Junta de Freguesia dos Moinhos da Gandara foi excelente.

Houve ainda outros autarcas que tiveram importantes intervenções, não só sobre as suas dificuldades como também sobre aspectos que teriam de ser discutidos e analisados.

Outros prefiro não comentar.

Mas, mais uma vez se viu que o interesse era aparecer. Ficou claro o que é importante para esta concelhia.

Havia tempo para fazer mais e melhor. Mas não é isso que interessa.
O tempo de fazer queixinhas e de dizer que os outros meninos são maus acabou.

Um líder ou um presidente não é necessariamente a mesma coisa.

Um líder estabelece um caminho e procura quem o queira seguir. Na Figueira não é assim.

Para terminar repito mais uma vez, o que já disse em diversas ocasiões: Nãos se trata de pessoas mas sim de políticas. O problema é que as pessoas não mudam, não apreendem e cada vez mais as politicas são eles próprios.

Um partido, uma só voz? Nestas condiçoes nem pensar.

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