2011/10/19

Sempre os mesmos I




A ladainha de que são sempre os funcionários públicos a pagar a crise anda a circular novamente.

O custo com os salários da função pública é uma despesa do estado.

É uma despesa que é paga com os rendimentos da economia privada.

Não é um favor que se faz. É um serviço que se paga.

Devemos pagar os serviços para os quais temos dinheiro.

Um pequeno exercício:

- Os salários médios na função pública, com funções e habilitações idênticas no sector privado, eram superiores até à data.

- Dos milhares de execuções que se encontram nos Tribunais qual a percentagem que corresponde a trabalhadores do privado e a percentagem que corresponde a trabalhadores do sector publico.

- Dos milhares de pessoas singulares que se apresentaram à insolvência que percentagem corresponde a trabalhadores do privado e a percentagem que corresponde a trabalhadores do sector publico.

- Dos quase 13% de desempregados qual a percentagem que corresponde a funcionários públicos?

- Dos milhares de desempregados que já não estão nas estatísticas do desemprego, porque não recebem subsídio, que percentagem é funcionário público.

- Dos milhares que recebem RSI – não falo dos que não querem trabalhar - que percentagem é funcionário público.

- Dos milhares que recebem apoio de diversas instituições, que percentagem é funcionário público.

- Dos milhares que perderam as suas casas que percentagem é funcionário público.

- Quantos funcionários públicos utilizam o sistema nacional de saúde ( refiro apenas cuidados básicos)

- Quantos funcionários do privado tem subsistemas de saúde tipo ADSE e outros.

E podíamos continuar.

Só quem não trabalha com a economia real pode dizer que são os funcionários públicos que pagam a crise.

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