A ladainha de que são sempre os funcionários públicos a
pagar a crise anda a circular novamente.
O custo com os salários da função pública é uma despesa do
estado.
É uma despesa que é paga com os rendimentos da economia
privada.
Não é um favor que se faz. É um serviço que se paga.
Devemos pagar os serviços para os quais temos dinheiro.
Um pequeno exercício:
- Os salários médios na função pública, com funções e
habilitações idênticas no sector privado, eram superiores até à data.
- Dos milhares de execuções que se encontram nos Tribunais
qual a percentagem que corresponde a trabalhadores do privado e a percentagem
que corresponde a trabalhadores do sector publico.
- Dos milhares de pessoas singulares que se apresentaram à
insolvência que percentagem corresponde a trabalhadores do privado e a
percentagem que corresponde a trabalhadores do sector publico.
- Dos quase 13% de desempregados qual a percentagem que
corresponde a funcionários públicos?
- Dos milhares de desempregados que já não estão nas
estatísticas do desemprego, porque não recebem subsídio, que percentagem é
funcionário público.
- Dos milhares que recebem RSI – não falo dos que não
querem trabalhar - que percentagem é funcionário público.
- Dos milhares que recebem apoio de diversas instituições,
que percentagem é funcionário público.
- Dos milhares que perderam as suas casas que percentagem é
funcionário público.
- Quantos funcionários públicos utilizam o sistema nacional
de saúde ( refiro apenas cuidados básicos)
- Quantos funcionários do privado tem subsistemas de saúde tipo
ADSE e outros.
E podíamos continuar.
Só quem não trabalha com a economia real pode dizer que são
os funcionários públicos que pagam a crise.
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