"...dialéctica viva suscitadora simultaneamente do bem e do mal, do senhor e do servo, um ao outro unidos como corpo à sua sombra." Eduardo Lourenço
2009/12/31
2009/12/30
De regresso
2009/12/22
Orçamento parte 2
Não consigo perceber os comentários que vou lendo pela blogosfera figueirense, imprensa e políticos, relativamente ao orçamento para 2010. Não é tanto os comentários ao orçamento mas a importância que lhe dão.
Tenho modestos conhecimentos de contabilidade e finanças públicas. Foram aprendidos e apreendidos (em alguns casos) com esforço. Por gosto vou estudando e lendo algumas coisas sobre essas temáticas. Continuo a teimar em dar mais importância “à descrição dos itens do que à factura em si.”
Qual é a importância do orçamento?
É um documento obrigatório, meramente técnico. Nada mais.
Um bom técnico de contabilidade faz um orçamento sem falhas. Não são precisos, um presidente e 8 vereadores.
O que eu gostaria de estar a discutir era um plano estratégico de desenvolvimento para o concelho. Os dois maiores partidos não têm, neste momento, capacidade para tal.
Não sendo possível, já me contentava em discutir as grandes opções do plano e o plano plurianual de investimentos. Estes aspectos é que são o verdadeiro orçamento (ou pelo menos uma boa parte dele).
Podem dizer que o que acabei de escrever está reflectido no orçamento. Não concordo.
A razão é simples. Se não contarmos com a despesa corrente e outros encargos financeiros (nomeadamente à banca), em parte porque são mais certos e mais rígidos, ficamos sempre com outro tipo de despesas ( ex: de investimento ) e acima de tudo com um grave problema de receitas. Nestes casos a ausência de um plano realista e estruturado não permite reflectir nada no orçamento. Nem uma ficção.
Dois exemplos:
Muitas despesas de investimento, tenho ideia que são a maioria, não têm em conta os encargos e custos de manutenção. Um “bom” investimento pode resultar, por exemplo numa estrutura difícil de manter, rentabilizar e desenvolver.
Não é possível prever um plano de receitas, por ex: do sector imobiliário, sem se saber onde será permitido construir e em que condições.
Os partidos políticos têm a obrigação de, durante o ano de 2010, pensarem os problemas do concelho e procurarem as melhores soluções. O Orçamento para 2011 será, ou não o reflexo disso.
Para já nem reflexo nem ficção. Apenas a constatação de que não dá para continuar assim.
Falta de espaço
Juntar tantos antagonismos, protagonismos, ódios de estimação, ausência de ideias, necessidade de emprego numa sala serve para quê?
Qualquer pessoa com o mínimo de senso sabe que para discutir alguma coisa é preciso, primeiro, estudar e pensar. Para fazer isto não é necessário um congresso, pelo contrário é prejudicial.
Uma parte vai arregimentar tropas e a outra vai ver para que lado pende a vitória para depois apoiar e manter o seu poder a nível local.
Querem discutir um projecto político, um modelo económico?
Querem discutir um projecto de poder?
Ou é só falta de espaço?
Orçamento
O Orçamento da Câmara Municipal foi aprovado. Votos a favor do PS, Abstenção PSD e contra movimento Figueira 100%.
Orçamento virtual, despesista são algumas das características apontadas.
Não vale a pena tentar ajustar contas com o PS neste orçamento. O que foi dito na campanha eleitoral não era para levar a sério (pelo menos para já).
Esse confronto terá de ser feito no orçamento para 2011.
Chamo apenas atenção para um aspecto: o que condiciona este tipo de orçamentos é a ausência de um plano estratégico para o concelho. Esta ausência já era visível tanto na actuação do PS enquanto oposição como nas propostas da campanha eleitoral. Assim quer se goste ou não, estes orçamentos são construídos primeiro pelo lado da despesa e só depois pelo lado da receita. Como a realidade se impõe com mais veemência pelo lado da despesa é natural que a ficção, o desejo e a ilusão fiquem a cargo da receita. Por vezes a ficção está dos dois lados. Aí é muito mau.
2009/12/20
Momentos Pacheco Pereira
A forma como o comentário de Jerónimo de Sousa às declarações do Sr. Sérgio Sousa Pinto e do PS, sobre as palavras do Sr. Presidente da República, fica registado nos videos on line. ( na televisão não vi)
Na RTP
Política
Jerónimo de Sousa considera exagerada a reacção do PS às declarações de Cavaco Silva
O líder comunista entende no entanto que o Presidente da República deveria pronunciar-se sobre outros temas.
Na SIC
"O secretário-geral do PCP defendeu ser exagerado acusar o Presidente da República de intromissão na agenda do PS. Num jantar com militantes em Braga, Jerónimo de Sousa disse que as declarações de Cavaco Silva sobre a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo são perfeitamente normais."
As duas noticias dizem respeito ao mesmo assunto. Do que dá para perceber são feitas no mesmo local e ao mesmo tempo.
Só não vê quem não quer.
Na RTP
Política
Jerónimo de Sousa considera exagerada a reacção do PS às declarações de Cavaco Silva
O líder comunista entende no entanto que o Presidente da República deveria pronunciar-se sobre outros temas.
Na SIC
"O secretário-geral do PCP defendeu ser exagerado acusar o Presidente da República de intromissão na agenda do PS. Num jantar com militantes em Braga, Jerónimo de Sousa disse que as declarações de Cavaco Silva sobre a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo são perfeitamente normais."
As duas noticias dizem respeito ao mesmo assunto. Do que dá para perceber são feitas no mesmo local e ao mesmo tempo.
Só não vê quem não quer.
Momentos Pacheco Pereira
Titulo da noticia do DN on line. O Jornalista é um tal de Francisco Mangas.
Cavaco diz que casamento 'gay' não é verdadeiro problema
Noticia
"A minha atenção está noutros problemas." Foi assim, sem ambiguidades, que o Presidente da República comentou, ontem, o diploma que vai permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Cavaco Silva disse ainda que nada fará para provocar "fracturas na sociedade portuguesa".
"A minha atenção está no desemprego, no endividamento do País, no desequilíbrio das contas públicas, na falta de produtividade e de competitividade."
E lembrava, de seguida, que o papel do Presidente da República deve centrar-se na união dos portugueses. Eu sei muito bem, até como economista, que apenas através da união dos portugueses nós conseguiremos uma mais rápida recuperação económica e criação de emprego", disse o chefe de Estado, que participou na cerimónia do 50.º aniversário da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Arruda dos Vinhos.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo não é, portanto, uma prioridade para Cavaco Silva.
Aqui está. A conclusão do jornalista passa a afirmação ( Cavaco Diz ) do Sr. Presidente da Républica e dá direito a título da notícia.
Depois dizem que somos nós os mal intencionados.
Cavaco diz que casamento 'gay' não é verdadeiro problema
Noticia
"A minha atenção está noutros problemas." Foi assim, sem ambiguidades, que o Presidente da República comentou, ontem, o diploma que vai permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Cavaco Silva disse ainda que nada fará para provocar "fracturas na sociedade portuguesa".
"A minha atenção está no desemprego, no endividamento do País, no desequilíbrio das contas públicas, na falta de produtividade e de competitividade."
E lembrava, de seguida, que o papel do Presidente da República deve centrar-se na união dos portugueses. Eu sei muito bem, até como economista, que apenas através da união dos portugueses nós conseguiremos uma mais rápida recuperação económica e criação de emprego", disse o chefe de Estado, que participou na cerimónia do 50.º aniversário da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Arruda dos Vinhos.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo não é, portanto, uma prioridade para Cavaco Silva.
Aqui está. A conclusão do jornalista passa a afirmação ( Cavaco Diz ) do Sr. Presidente da Républica e dá direito a título da notícia.
Depois dizem que somos nós os mal intencionados.
Estão acabar os limites
Este “funcionário” do PS acusou ontem o Sr. Presidente da República de se intrometer na agenda do PS sobre casamentos homossexuais.
Tinha ficado claro para toda gente que o Sr. Presidente de República apenas referiu os problemas que o preocupavam. Nada mais.
Jerónimo de Sousa explicou isso muito bem. Não me parece que os comunistas sejam apoiantes deste PR.
O que me preocupa não são as declarações deste senhor. Seriam tão irrelevantes como as dos seus colegas de outros partidos. Seriam disparates isolados e sem sentido.
Seriam, mas não são. Foram declarações combinadas com a direcção do PS e o Eng. Sócrates.
Estes senhores estão a procurar um conflito claro com o Sr. Presidente da República.
Já não estamos na luta normal entre governo e oposição. O PS quer o poder total.
2009/12/18
Da para explicar?
a direita que não aprende
A direita portuguesa continua maioritariamente a manifestar-se contra a regionalização. E deixa - espantosamente - uma posição política liberal e conservadora à guarda do socialismo e do governo. O socialismo é planificador e centralista, pelo que nunca será genuinamente defensor de políticas que descentralizem o poder e que retirem ao governo influência e decisão. A direita portuguesa também também as não quer. Diz-se assustada com o aumento do caciquismo, como se isso alguma vez a tivesse incomodado. A direita portuguesa é socialista e não aprende.
Alguém consegue traduzir o que está aqui com o mínimo de coerência?
A direita portuguesa continua maioritariamente a manifestar-se contra a regionalização. E deixa - espantosamente - uma posição política liberal e conservadora à guarda do socialismo e do governo. O socialismo é planificador e centralista, pelo que nunca será genuinamente defensor de políticas que descentralizem o poder e que retirem ao governo influência e decisão. A direita portuguesa também também as não quer. Diz-se assustada com o aumento do caciquismo, como se isso alguma vez a tivesse incomodado. A direita portuguesa é socialista e não aprende.
Alguém consegue traduzir o que está aqui com o mínimo de coerência?
2009/12/17
Novas oportunidades.
Governo estende o programa novas oportunidades à classe politica.
Exposição de motivos.
Tendo em conta que:
A classe politica é cada vez mais numerosa e heterogenia ( políticos, familiares, amigos, caciques etc),
As eleições continuam, tendencialmente, a realizar-se de 4 em 4 anos, o que limita a rotatividade na política,
Se entra na politica cada vez mais cedo e, sai-se cada vez mais tarde, o que manifestamente limita a aprendizagem de qualquer actividade útil e produtiva ( e preferencialmente não paga com o dinheiro dos contribuintes) por parte da classe,
A crise veio impossibilitar muitas oportunidades de negócio entre empresas da classe, o estado, entidades públicas e privadas colaborantes,
O governo, atento a este flagelo e de forma a não prejudicar tão ilustre classe, que tanto tem contribuído para o desenvolvimento do país, como as estatísticas o demonstram, vem, na certeza que o problema afecta todos, independentemente da cor partidária, propor a extensão do programa novas oportunidades à política.
Cegueira regionalista
O Dr. Carlos Abreu Amorim diz-nos que, quando se fala em regionalizar alguém grita com horror, Alberto João Jardim.
Quem? Só se for as pseudo elites que pululam pela nossa sociedade.
Se garantirem às populações que, com a regionalização, cada região vai ter o seu Alberto João a proposta passa. Mesmo em referendo.
Passa, por uma simples razão que escapa, naturalmente, a tão distinto comentador. As populações estão, em regra, a marimbar-se para a dita asfixia democrática da Madeira. Querem desenvolvimento, obras, em resumo dinheiro. Nisso Alberto João tem sido mestre.
CAA parte do princípio, pelo menos assim dá a entender, que no continente não há “Albertos”. Ora, no país o que não falta são “Albertos”. Em ponto grande, médio, intermédio e pequeno. Só lhes falta terem a sua região.
Agora lutam pelas concelhias, distritais, câmaras municipais, governos civis e outros cargos de nomeação política. Depois passarão a ter o seu pequeno governo e o seu grande tacho.
“Num ambiente descentralizado, em que as várias parcelas do País desfrutassem de um desenvolvimento homogéneo e equitativo, Jardim não imporia a sua retórica de chantagem.”
Se tivéssemos um país com um desenvolvimento homogéneo e equitativo precisávamos da regionalização para quê?
Para ficar igual à Madeira em tudo a quilo que o Dr. CAA critica? Provavelmente.
Nós precisamos de uma verdadeira descentralização administrativa, com clara definição de competências e efectivas transferências de verbas para os municípios.
Acabar de vez com a palhaçada dos acordos entre câmaras e governo para realizar determinadas obras que deveriam ser da competência exclusiva das câmaras, a realizar na forma e no tempo que entendessem. Só assim poderíamos ter elementos para julgar a actuação de um executivo camarário.
Hoje o voto é praticamente uma profissão de fé.
Não acreditam. Leiam os programas apresentados às eleições, vejam quais são as transferências obrigatórias de verbas para os municípios e depois digam-me, do que lá está, o que é possível realizar pelo município de forma autónoma.
Pouco, muito pouco.
Jornal de Negócios
2009/12/16
HUUUUMMMM
Depois do que li aqui, e das últimas declarações do Sr. Presidente da Câmara uma pergunta, ou duas, andam a deixar-me curioso.
Será que o Dr. Ataíde sabia ao que ia?
Será que os senhores do PS - só a parte que o apoiou - lhe explicou bem o que era administrar uma câmara municipal?
Tenho ideia que o Dr. Ataíde já deve ter pensado, mas em que raio de alhada estes senhores me meteram.
Será que o Dr. Ataíde sabia ao que ia?
Será que os senhores do PS - só a parte que o apoiou - lhe explicou bem o que era administrar uma câmara municipal?
Tenho ideia que o Dr. Ataíde já deve ter pensado, mas em que raio de alhada estes senhores me meteram.
No Diário as Beiras
“FGT: mantém-se ou extingue-se?”
Pelos vistos aumenta-se. O Sr. Presidente da câmara anunciou a intenção de mudar os estatutos para a admissão de mais dois vogais no concelho de administração.
Só não se percebe é porquê.
Pelos vistos aumenta-se. O Sr. Presidente da câmara anunciou a intenção de mudar os estatutos para a admissão de mais dois vogais no concelho de administração.
Só não se percebe é porquê.
2009/12/15
No DN
“Embaixada em Madrid desmente Marcelo”
Até aqui tudo bem. Uns dizem que arranca outros não. O costume portanto.
Agora vamos à cereja.
“A representação diplomática portuguesa em Madrid é defensora da alta velocidade, uma vez que comprova in loco aquilo que consideram ser o "sucesso" das redes espanholas.”
As representações diplomáticas representam Portugal, o estado português. Não representam o governo.
Estas noticias e a ausência de desmentidos ( que se imponham) conduzem ao descrédito das instituições e das suas funções.
Portugal já não tem instituições nem funcionários. Venderam-se, hipotecaram-se a partidos, grupos e grupelhos.
Até aqui tudo bem. Uns dizem que arranca outros não. O costume portanto.
Agora vamos à cereja.
“A representação diplomática portuguesa em Madrid é defensora da alta velocidade, uma vez que comprova in loco aquilo que consideram ser o "sucesso" das redes espanholas.”
As representações diplomáticas representam Portugal, o estado português. Não representam o governo.
Estas noticias e a ausência de desmentidos ( que se imponham) conduzem ao descrédito das instituições e das suas funções.
Portugal já não tem instituições nem funcionários. Venderam-se, hipotecaram-se a partidos, grupos e grupelhos.
fast food
Não sabia que o artigo teria tanta saída durante a semana.
"Campeão da luta contra as «forças de bloqueio» quando era primeiro-ministro, o actual PR não pode agora assistir sem pestanejar às tentativas para bloquear a actividade de um Governo que empossou há poucas semanas. Infelizmente, a desastrada actuação que teve no lamentável episódio das «escutas belenenses» afectou seriamente a sua credibilidade política. A legitimidade democrática do PR não está em causa, mas a sua autoridade carismática deixa muito a desejar. E isso não é nada bom para o país."
Os tempos que vivemos são de facto muito estranhos.
Uma certa fast food jornalística e de opinião.
Lembro apenas duas coisas:
Quais eram as forças de bloqueio de que falava Cavaco, primeiro ministro, e em que contexto foram referidas?
O Senhor Alfredo Barroso, no dia em que foi noticiada a permanência de Fernando Lima nos serviços da Presidência da República disse, no frente a frente da Sic Noticias, que sabia de fonte segura – na qual confiava plenamente - que Fernando Lima não tinha sido a fonte de qualquer noticia relacionada com as escutas que vieram a publico durante o mês de Agosto.
Assim, porquê manter este registo? Porquê "omitir" sistematicamente estes factos?
Por nada. Simplesmente um exercício de nostalgia. Saudades do tempo da presidência do Dr. Soares e da “grande independência manifestada nesses tempos”.
O Dr. Cavaco teve umas escutas, que geriu mal, e um conselheiro de estado que não o ajudou?
Imaginem se tivesse um fax de Macau, um melancia, fundações e um Rui Mateus. Era fixe.
"Campeão da luta contra as «forças de bloqueio» quando era primeiro-ministro, o actual PR não pode agora assistir sem pestanejar às tentativas para bloquear a actividade de um Governo que empossou há poucas semanas. Infelizmente, a desastrada actuação que teve no lamentável episódio das «escutas belenenses» afectou seriamente a sua credibilidade política. A legitimidade democrática do PR não está em causa, mas a sua autoridade carismática deixa muito a desejar. E isso não é nada bom para o país."
Os tempos que vivemos são de facto muito estranhos.
Uma certa fast food jornalística e de opinião.
Lembro apenas duas coisas:
Quais eram as forças de bloqueio de que falava Cavaco, primeiro ministro, e em que contexto foram referidas?
O Senhor Alfredo Barroso, no dia em que foi noticiada a permanência de Fernando Lima nos serviços da Presidência da República disse, no frente a frente da Sic Noticias, que sabia de fonte segura – na qual confiava plenamente - que Fernando Lima não tinha sido a fonte de qualquer noticia relacionada com as escutas que vieram a publico durante o mês de Agosto.
Assim, porquê manter este registo? Porquê "omitir" sistematicamente estes factos?
Por nada. Simplesmente um exercício de nostalgia. Saudades do tempo da presidência do Dr. Soares e da “grande independência manifestada nesses tempos”.
O Dr. Cavaco teve umas escutas, que geriu mal, e um conselheiro de estado que não o ajudou?
Imaginem se tivesse um fax de Macau, um melancia, fundações e um Rui Mateus. Era fixe.
Grito do Ipiranga
2009/12/14
2009/12/13
Espuma do tempo
Ontem como hoje.
" Todas as conjunturas politicas cunham uma terminologia que lhes serve de identificação, e que dispensa, em várias emergências, a necessidade de formulação de um pensamento adaptado às exigencias dos interesses em causa. O verbalismo preenche os espaços vazios, e o simples discurso vai entretendo a falta de propostas, e ocultando a perda definitiva de valores aos quais não se acudiu a tempo. Neste processo, a omissão habitual, quando não sistemática, da referencia a palavras que invocam valores não participados ou combatidos pelas forças em presença, assume uma inegável importancia sintomática porque o silencio é, no processo politico, uma fonte documental tão importante como o discurso. Aquilo que esconde está em luta com aquilo que ostenta. Esta comum observação metodológica tem particular importancia sempre que os instrumentos ideológicos e de comunicação ficam monopolizados seja qual for a composição do bloco do poder que tenha conseguido capturar tais instrumentos.
Não parece necessário qualquer esforço para reconhecer que o processo em curso requer atenção para este problema, não sendo também dificil de admitir que muitas das palavras, que se tornam típicas, ilustram pouco a lingua portuguesa que se vai tornando corrente. Compreende-se que algumas pessoas que falam e escrevem encontrem nessa inovação um recurso pessoal indispensavel para expressarem o seu vigor intelectual e firmeza de convicções, mas é pena que o simples acaso torne algumas raras vezes impossivel deixar de as ouvir ou de a ler. Não parece indispensavel estender à linguagem uma tal paixão ideológica pela igualdade que acaba por dar cidadania igual à palavra e ao palavrão, à critica de opiniões e ao insulto a quem opina, ao combate ao governo e á difamação de quem governa, ao repúdio das ideias e à degradação de quem as sustenta. Tal vulgaridade, que muito frequentemente apenas procura esconder a fraqueza, não parece fazer falta para dar carácter a nenhuma conjuntura mas, naturalmente, a decisão pertence aos responsaveis pela mesma."
Adriano Moreira, O Novissimo Príncipe, análise da revolução, 1977, editora intervenção.
Não parece necessário qualquer esforço para reconhecer que o processo em curso requer atenção para este problema, não sendo também dificil de admitir que muitas das palavras, que se tornam típicas, ilustram pouco a lingua portuguesa que se vai tornando corrente. Compreende-se que algumas pessoas que falam e escrevem encontrem nessa inovação um recurso pessoal indispensavel para expressarem o seu vigor intelectual e firmeza de convicções, mas é pena que o simples acaso torne algumas raras vezes impossivel deixar de as ouvir ou de a ler. Não parece indispensavel estender à linguagem uma tal paixão ideológica pela igualdade que acaba por dar cidadania igual à palavra e ao palavrão, à critica de opiniões e ao insulto a quem opina, ao combate ao governo e á difamação de quem governa, ao repúdio das ideias e à degradação de quem as sustenta. Tal vulgaridade, que muito frequentemente apenas procura esconder a fraqueza, não parece fazer falta para dar carácter a nenhuma conjuntura mas, naturalmente, a decisão pertence aos responsaveis pela mesma."
Adriano Moreira, O Novissimo Príncipe, análise da revolução, 1977, editora intervenção.
2009/12/10
Estúpidos?!
Estes Irlandeses vão continuar na cauda da Europa.
Não percebem nada de economia. Nós em plena crise aumentámos os salários da função pública. Como todos sabemos já saímos da crise.
Será que não aprendem nada com o nosso Governo? Oh Sócrates vai lá pá!
Não percebem nada de economia. Nós em plena crise aumentámos os salários da função pública. Como todos sabemos já saímos da crise.
Será que não aprendem nada com o nosso Governo? Oh Sócrates vai lá pá!
Regionalização/ Parte 2
“Só um independente entre 18 novos governadores civis”
Noticia do DN publicada no site do Governo Civil de Évora.
Se em tempo de vacas gordas os governos civis não tinham razão para existir, em tempo de dificuldades e de crise económica não acabam porquê?
Porque as regiões ainda não estão criadas, e as estruturas locais do estado já não aguentam tantos políticos, familiares e amigos.
Alguém consegue descobrir uma única razão (inteligente) para a manutenção dos governos civis?
Regionalização
Votei contra a divisão do país em regiões.
Não consigo perceber de onde vêm as vantagens da regionalização para um país tão pequeno. Uma verdadeira descentralização administrativa funcionaria, na minha opinião, muito melhor que a criação de regiões.
Poderíamos até dizer ( não acredito mas enfim), que ter uma verdadeira descentralização administrativa é equivalente a ter a regionalização. Tratar-se-ia assim apenas de uma questão de modelo.
O problema é que vivemos em Portugal. Nunca é um problema de modelo. O problema são as pessoas e as estruturas partidárias.
Uma noticia do Diário as Beiras de hoje, que nada tem a ver com a regionalização, demonstra isso mesmo.
“Beatriz Proença já não é directora da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC).”
È assim que começa a noticia do Diário as Beiras. Pelos vistos a senhora começou a trabalhar, sem ter sido ainda formalmente empossada no cargo ( formalismos ridículos na opinião das nossas luminárias politicas) e veio a sair ( pelos vistos sem entrar, formalmente) devido a uma questão de incompatibilidades legais.
A própria noticia dá conta que esta é a razão oficial( que em bendita hora alguém se lembrou).
“Como a a nova directora iniciou funções a 2 de Dezembro. Não tomou posse, como parece já estar a tornar-se um hábito, na função pública.”
“A verdadeira é politica. “Para a maioria das fontes contactadas pelo DIÁRIO AS BEIRAS, porém, a incompatibilidade detectada (tardiamente, diga-se) até deu jeito, dada a falta de vontade de aceitar os adjuntos que as estruturas partidárias da região lhe quiseram impor”
“Desde o início, porém, algo parecia não "bater bem". Por um lado, porque todos os demais directores regionais viram já as respectivas nomeações publicadas. Depois, porque Beatriz Proença terá dito às adjuntas, que transitavam da anterior equipa, não saber se continuariam. Sucede que enquanto a continuidade de uma delas – Helena Libório, de Aveiro –, era dada como garantida, por pressão do PS aveirense, já a de Cristina Matos Dias, oriunda de Castelo Branco, era dada como vetada (sobretudo depois de o marido, ex-adjunto da governadora civil de Castelo Branco, ter abandonado o gabinete de Alzira Serrasqueiro). Refira-se, ainda, que a surpresa
pela nomeação de Beatriz Proença nunca assentou nas competências ou no currículo, académico e profissional da antiga delegada regional do Centro da Inspecção Geral de Educação (IGE). Em causa, sobretudo, a novidade de se tratar de alguém oriundo de uma área nada habitual – a inspecção. Ora, terá sido justamente este o ponto que originou a jutificação da alegada incompatibilidade. É que, enquanto delegada da IGE, teve de lidar com diversos dossiês e processos, no mínimo, delicados, que envolvem as escolas e a própria DREC. Mas, de acordo com várias fontes contactadas pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a razão de fundo desta insólita situação tem a ver com a mais pura e dura intriga política. No caso, a "guerra" entre o PS de Coimbra e de Viseu, que é recorrente, de cada vez que se trata de nomear algum responsável regional. Ora, neste caso, a alegada nomeação de Beatriz Proença – uma discreta militante na secção dos Olivais – foi bem recebida em Coimbra, nomeadamente, pelo presidente da Federação Distrital do PS. Victor Baptista– que não é secretário de Estado, ao contrário do líder federativo da capital da Beira Alta, José Junqueiro –, via, assim, "cair- -lhe do céu" uma vitória para Coimbra e logo num sector, o da Educação, que Viseu há muito parece querer assumir como "feudo".
“PS/Viseu 1PS/Coimbra 0”
Entretanto, do lado viseense, houve quem trabalhasse à séria,
Foi o caso do candidato a director regional adjunto, Alcídio Faustino, que fez constar, junto da imprensa local, que foi ele a declinar a indigitação. Faustino, recorde-se, já exerceu as funções de coordenador educativo distrital e era governador civil recente, lugar em que não durou mais de uns escassos meses, pois Miguel Ginestal – um dos derrotados das Autárquicas – tinha o cargo garantido... e, obviamente, ocupa-o. Por isso, era voz corrente, entre os socialistas de Viseu, que Junqueiro e seus pares iriam tentar tudo para levá-lo a... director regional. E ontem, entre muitos quadros socialistas ligados ao sector da Educação, circulava mesmo uma graçola, em forma de SMS, com o sugestivo teor de "PS/Viseu 1 – PS/Coimbra 0".
Não consigo perceber de onde vêm as vantagens da regionalização para um país tão pequeno. Uma verdadeira descentralização administrativa funcionaria, na minha opinião, muito melhor que a criação de regiões.
Poderíamos até dizer ( não acredito mas enfim), que ter uma verdadeira descentralização administrativa é equivalente a ter a regionalização. Tratar-se-ia assim apenas de uma questão de modelo.
O problema é que vivemos em Portugal. Nunca é um problema de modelo. O problema são as pessoas e as estruturas partidárias.
Uma noticia do Diário as Beiras de hoje, que nada tem a ver com a regionalização, demonstra isso mesmo.
“Beatriz Proença já não é directora da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC).”
È assim que começa a noticia do Diário as Beiras. Pelos vistos a senhora começou a trabalhar, sem ter sido ainda formalmente empossada no cargo ( formalismos ridículos na opinião das nossas luminárias politicas) e veio a sair ( pelos vistos sem entrar, formalmente) devido a uma questão de incompatibilidades legais.
A própria noticia dá conta que esta é a razão oficial( que em bendita hora alguém se lembrou).
“Como a a nova directora iniciou funções a 2 de Dezembro. Não tomou posse, como parece já estar a tornar-se um hábito, na função pública.”
“A verdadeira é politica. “Para a maioria das fontes contactadas pelo DIÁRIO AS BEIRAS, porém, a incompatibilidade detectada (tardiamente, diga-se) até deu jeito, dada a falta de vontade de aceitar os adjuntos que as estruturas partidárias da região lhe quiseram impor”
“Desde o início, porém, algo parecia não "bater bem". Por um lado, porque todos os demais directores regionais viram já as respectivas nomeações publicadas. Depois, porque Beatriz Proença terá dito às adjuntas, que transitavam da anterior equipa, não saber se continuariam. Sucede que enquanto a continuidade de uma delas – Helena Libório, de Aveiro –, era dada como garantida, por pressão do PS aveirense, já a de Cristina Matos Dias, oriunda de Castelo Branco, era dada como vetada (sobretudo depois de o marido, ex-adjunto da governadora civil de Castelo Branco, ter abandonado o gabinete de Alzira Serrasqueiro). Refira-se, ainda, que a surpresa
pela nomeação de Beatriz Proença nunca assentou nas competências ou no currículo, académico e profissional da antiga delegada regional do Centro da Inspecção Geral de Educação (IGE). Em causa, sobretudo, a novidade de se tratar de alguém oriundo de uma área nada habitual – a inspecção. Ora, terá sido justamente este o ponto que originou a jutificação da alegada incompatibilidade. É que, enquanto delegada da IGE, teve de lidar com diversos dossiês e processos, no mínimo, delicados, que envolvem as escolas e a própria DREC. Mas, de acordo com várias fontes contactadas pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a razão de fundo desta insólita situação tem a ver com a mais pura e dura intriga política. No caso, a "guerra" entre o PS de Coimbra e de Viseu, que é recorrente, de cada vez que se trata de nomear algum responsável regional. Ora, neste caso, a alegada nomeação de Beatriz Proença – uma discreta militante na secção dos Olivais – foi bem recebida em Coimbra, nomeadamente, pelo presidente da Federação Distrital do PS. Victor Baptista– que não é secretário de Estado, ao contrário do líder federativo da capital da Beira Alta, José Junqueiro –, via, assim, "cair- -lhe do céu" uma vitória para Coimbra e logo num sector, o da Educação, que Viseu há muito parece querer assumir como "feudo".
“PS/Viseu 1PS/Coimbra 0”
Entretanto, do lado viseense, houve quem trabalhasse à séria,
Foi o caso do candidato a director regional adjunto, Alcídio Faustino, que fez constar, junto da imprensa local, que foi ele a declinar a indigitação. Faustino, recorde-se, já exerceu as funções de coordenador educativo distrital e era governador civil recente, lugar em que não durou mais de uns escassos meses, pois Miguel Ginestal – um dos derrotados das Autárquicas – tinha o cargo garantido... e, obviamente, ocupa-o. Por isso, era voz corrente, entre os socialistas de Viseu, que Junqueiro e seus pares iriam tentar tudo para levá-lo a... director regional. E ontem, entre muitos quadros socialistas ligados ao sector da Educação, circulava mesmo uma graçola, em forma de SMS, com o sugestivo teor de "PS/Viseu 1 – PS/Coimbra 0".
E estamos a falar de nomeações que deveriam ser feitas com base na competência técnica dos visados. Imaginem se não fosse.
2009/12/09
Medina Carreira
Medina Carreira esteve na tertúlia 125 minutos com, que decorreu no Casino da Figueira da Foz.
As paginas on line dos Jornais dão a conhecer alguns aspectos da sua intervenção.
Invariavelmente, as chamadas de atenção viram-se para muita da terminologia utilizada.
Medina Carreira está a transformar-se num personagem pitoresco. Não tanto por sua culpa mas em virtude da “qualidade” da assistência.
Os portugueses, ou pelo menos uma grande maioria, olha para Medina Carreira como narrador de um filme. Uma comédia com aspectos trágicos mas para a qual existe um final aceitável. Uma espécie de 4 casamentos e um funeral.
Nos ultimes 35 anos os Portugueses não souberam realmente o que é bater no fundo.
Uma euforia pós revolucionaria que contou e esbanjou o dinheiro que havia. Quando faltou o dinheiro recorreu-se ao FMI e, posteriormente deu-se a entrada na CEE. Estamos a chegar a um fim de ciclo. Perante isto o que faz esta sociedade. Espera que alguém venha e nos dê mais algum.
O quadro é preto
Se perguntarmos novamente de cor é o quadro diremos, é preto
Se continuarmos a perguntar qual é a sua cor a resposta será sempre, preto.
Será sempre não! A sociedade portuguesa está a viver um "daltonismo" funcional, de interesses e de corrupção.
Haverá sempre uma grande parte desta sociedade que, pelas mais variadas razões, negará o estado em que estamos.
Preto não. Preto claro, preto menos escuro, preto acastanhado, “preto de todas as cores menos preto”. Preto é que não!
2009/12/07
Entrega dos Prémios Cunca das Artes 2009
Hoje no Diário as Beiras
Não sei as razões que levaram à ausência de representação e apoio institucional por parte das entidades públicas da Figueira da Foz e a não estarem presentes na entrega dos Prémios Cunca das Artes 2009, sábado, no Restaurante Teimoso, em Buarcos.
Não sei as razões que levaram à ausência de representação e apoio institucional por parte das entidades públicas da Figueira da Foz e a não estarem presentes na entrega dos Prémios Cunca das Artes 2009, sábado, no Restaurante Teimoso, em Buarcos.
A participação do “conselheiro da Cultura do governo autónomo da Galiza” demonstra uma visão completamente diferente.
A cultura é hoje muito mais que recreação. Representa uma área com potencial económico e de desenvolvimento estratégico.
Os Espanhóis sempre levaram muito a sério os mecanismos de internacionalização cultural e económica.
Deste lado da fronteira, capelas e capelinhas, barões e baronetes, sempre entenderam tais dinâmicas como provincianas e sem dignidade.
No fundo sempre actuaram à medida da sua capacidade. São capazes de tudo, e com muito jeito diga-se, para ocuparem os cargos. Quando lá chegam não conseguem projectar nada de relevante.
Basta ver o que é o instituto Cervantes comparado com o nosso Instituto Camões.
Vivemos um tempo de escassas oportunidades. Não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar quaisquer contactos que, por muito irrelevantes que pareçam, podem contribuir para estabelecer pontes para projectos maiores e, porque não dize-lo mais lucrativos.
Nota: Na noticia do Diario as Beiras“Em Novembro último, Santiago de Compostela testemunhou a entrega dos prémios a 14 artistas e entidades galegas. Na versão portuguesa, foi atribuído um prémio especial ao pintor e escultor Mário Silva. Porém, não o foi receber porque o presidente da Junta de S. Julião, Góis Moço, ficou de o ir buscar a Lavos, segundo a organização. Mas não foi, e faltaram os dois à cerimónia.”
Isto é demasiado deprimente para ser verdade. Ou não?
Nota: Na noticia do Diario as Beiras“Em Novembro último, Santiago de Compostela testemunhou a entrega dos prémios a 14 artistas e entidades galegas. Na versão portuguesa, foi atribuído um prémio especial ao pintor e escultor Mário Silva. Porém, não o foi receber porque o presidente da Junta de S. Julião, Góis Moço, ficou de o ir buscar a Lavos, segundo a organização. Mas não foi, e faltaram os dois à cerimónia.”
Isto é demasiado deprimente para ser verdade. Ou não?
Só Fica bem
Hoje no Diário as Beiras
“O ANTIGO presidente da Câmara da Figueira da Foz Duarte Silva foi alvo de um voto de público reconhecimento pelo seu empenho enquanto autarca na construção da central da EDP em Lares, Vila Verde. A iniciativa partiu do seu sucessor, João Ataíde, na sequência das críticas que o vereador da oposição Miguel Almeida lhe teceu por não ter referido o nome do antecessor na inauguração da unidade da eléctrica portuguesa (ver edição de sexta-feira). O voto foi aprovado por unanimidade, na primeira reunião de câmara deste mês.”
2009/12/06
Movimento
Entrevista ao JN
Pedro Passos Coelho deu mais uma prova de vida. O objectivo é afirmar que é candidato e que esta liderança deixou de existir.
Substância zero.
Pedro Passos Coelho ainda não percebeu que o PSD precisa de um projecto politico muito mais do que uma liderança.
Ainda não percebeu que, numa altura em que os valores e a ética politica estão pela rua da amargura, Manuela Ferreira Leite é o seguro de vida do PSD.
Pedro Passos Coelho ainda não percebeu que não está a liderar um movimento alternativo mas o movimento dos sem tacho.
2009/12/05
Vergonha de Estado.
2009/12/04
Protocolo
Hoje no Diário as Beiras
“OS RESPONSÁVEIS da EDP e o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, “esqueceram-se se” de Duarte Silva, apesar de se encontrar entre os convidados que participavam na inauguração da central de Lares. Miguel Almeida manifestou desagrado pelo “esquecimento”, na última reunião de câmara. Disse que mandava a edução que se fizesse referência a quem se empenhou na construção da unidade de produção eléctrica. De forma implícita, João Ataíde respondeu-lhe que não precisava de receber lições de educação e protocolo. Por outro lado, lembrou-lhe que a cerimónia decorreu em casa alheia e que por isso não lhe competia a ele referir-se ao seu antecessor.”
Espero que, quando outras cerimónias decorram em casa alheia e, seja “necessário” “Justificar” o que não vai fazer, mantenha os mesmo rigor.
Ou será que estamos a falar, só, de protocolo para inaugurações.
“OS RESPONSÁVEIS da EDP e o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, “esqueceram-se se” de Duarte Silva, apesar de se encontrar entre os convidados que participavam na inauguração da central de Lares. Miguel Almeida manifestou desagrado pelo “esquecimento”, na última reunião de câmara. Disse que mandava a edução que se fizesse referência a quem se empenhou na construção da unidade de produção eléctrica. De forma implícita, João Ataíde respondeu-lhe que não precisava de receber lições de educação e protocolo. Por outro lado, lembrou-lhe que a cerimónia decorreu em casa alheia e que por isso não lhe competia a ele referir-se ao seu antecessor.”
Espero que, quando outras cerimónias decorram em casa alheia e, seja “necessário” “Justificar” o que não vai fazer, mantenha os mesmo rigor.
Ou será que estamos a falar, só, de protocolo para inaugurações.
Era preferível estarem calados
Hoje no Diário as Beiras
“PS “solidário” com candidatos de Quiaios”
“Actualmente, a junta de freguesia está a ser gerida por uma comissão administrativa, nomeada pelo Governo Civil de Coimbra, até à realização de próximas eleições. Esta é presidida por Augusto Marques, mais dois elementos da sua candidatura e outro do PS. Os mesmos elementos que integravam a proposta apresentada pelo candidato independente e que foi chumbada na assembleia de freguesia.”
Ou a notícia distorce o comunicado ou este é um disparate.
Até hoje o único comunicado coerente é o da Lista independente a Quiaios. A própria composição da comissão administrativa e o facto de nunca ter sido desmentido demonstra isso.
“PS refere que “não comunga das atitudes do cabeça de lista da lista independente, ao querer transformar maiorias relativas em maiorias absolutas”
Mas não foi o candidato da lista independente que propôs lugares ao PS? Concretizem lá de que forma a composição apresentada transformava maiorias relativas em maiorias absolutas.
“o povo foi soberano ao pronunciar-se nas urnas, obrigando os vencedores “a cederem à vontade mútua e não apenas à individual”.
Como? Vontade mútua! Que raio de lógica ou de politica é esta?
“tendo em conta que em nada contribuiu para esta situação e, por isso mesmo, rejeita que neste episódio sejam atribuídas culpas às listas opositoras e aos eleitores”
Em nada contribuiu para esta situação? Então de quem foi o arranjo. Não foi PS e CDU.
“Queremos deixar para os nossos leitores a interpretação que fizemos dos resultados eleitorais, com a certeza porém de que quando o Povo consagra o seu voto nem sempre o faz com justiça.”
Foram os vossos colegas de “coligação” que se queixaram dos eleitores.
Espero que os partidos na câmara não comunguem de tão inteligente política.
Contudo, já devem ter tirado cópia deste hino à ciência política para justificar muitas das futuras tomadas de posição.
Era preferível estarem calados……
“PS “solidário” com candidatos de Quiaios”
“Actualmente, a junta de freguesia está a ser gerida por uma comissão administrativa, nomeada pelo Governo Civil de Coimbra, até à realização de próximas eleições. Esta é presidida por Augusto Marques, mais dois elementos da sua candidatura e outro do PS. Os mesmos elementos que integravam a proposta apresentada pelo candidato independente e que foi chumbada na assembleia de freguesia.”
Ou a notícia distorce o comunicado ou este é um disparate.
Até hoje o único comunicado coerente é o da Lista independente a Quiaios. A própria composição da comissão administrativa e o facto de nunca ter sido desmentido demonstra isso.
“PS refere que “não comunga das atitudes do cabeça de lista da lista independente, ao querer transformar maiorias relativas em maiorias absolutas”
Mas não foi o candidato da lista independente que propôs lugares ao PS? Concretizem lá de que forma a composição apresentada transformava maiorias relativas em maiorias absolutas.
“o povo foi soberano ao pronunciar-se nas urnas, obrigando os vencedores “a cederem à vontade mútua e não apenas à individual”.
Como? Vontade mútua! Que raio de lógica ou de politica é esta?
“tendo em conta que em nada contribuiu para esta situação e, por isso mesmo, rejeita que neste episódio sejam atribuídas culpas às listas opositoras e aos eleitores”
Em nada contribuiu para esta situação? Então de quem foi o arranjo. Não foi PS e CDU.
“Queremos deixar para os nossos leitores a interpretação que fizemos dos resultados eleitorais, com a certeza porém de que quando o Povo consagra o seu voto nem sempre o faz com justiça.”
Foram os vossos colegas de “coligação” que se queixaram dos eleitores.
Espero que os partidos na câmara não comunguem de tão inteligente política.
Contudo, já devem ter tirado cópia deste hino à ciência política para justificar muitas das futuras tomadas de posição.
Era preferível estarem calados……
2009/12/03
Ética Republicana
Quando um politico está aflito com alguma coisa chama em sua defesa os valores da ética republicana.
Nunca os aplica como regra de conduta e tomada de decisão. Pelo contrário.
O apelo à ética republicana serve apenas para justificar, mal, tomadas de posição ou opções sem ter, dizem eles, que dar qualquer justificação.
Eu compreendo a dificuldade. Tentar seguir princípios que pouco nos dizem não é fácil. Procurar ética republicana nas nossas repúblicas é difícil. Podiam no entanto adoptar a ética de outras republicas e, porque não, monarquias, bem mais organizadas que a nossa.
A ( falta) ética republicana é no fundo uma mulher de má vida ( ou homem para sermos democráticos) que vai com tudo e com todos sempre disposta a satisfazer todas as fantasias e perversidades de quem paga mais ou mostra ter poder. Disponível para ser usada desde que seja pago o devido preço pelo serviço. Como profissional de elevado custo apenas recebe as “elites”. Para os grunhos menos abastados mas, igualmente dedicados, resta a ética de beira da estrada. Não tem o mesmo nível mas para o que é serve.
Pior que a falta de ética é a deturpação dos valores éticos. Nota-se menos mas os efeitos são muito mais nefastos.
2009/12/02
Silêncios.
Confesso que, após as eleições autárquicas, tinha receio que o PSD Figueira acabasse por cometer alguns erros graves.
Por um lado dedicar-se à caça as bruxas, ajustes de contas, processos disciplinares e a uma luta interna feita de acusações pessoais. Outra opção era esperar que passasse o choque inicial da derrota e fazer de conta que não aconteceu nada de muito relevante.
Fiquei surpreendido? Não.
O que se tem passado é uma forma mitigada das duas opções que tinha equacionado. Era a opção que tinha como menos verosímil. Falarei dela em futuros posts.
Contudo, podemos pelo menos especular sobre a natureza destes silêncios. Não é seguramente a melhor opção mas é a que resta.
Será que o PSD Figueira ( todos ) percebeu que foi o principal responsável e grande derrotado das eleições autárquicas?
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que instaurar processos disciplinares sem uma discussão profunda sobre os últimos 4 anos levará a que a mesma seja feita numa altura menos própria, por exemplo nas eleições para a concelhia?
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que já não é fácil arregimentar militantes para apoiar o candidato A ou B, porque estes já estão fartos de apoiar candidatos em vez de apoiar projectos políticos?
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que precisa de se abrir, não só aos novos militantes como à sociedade civil renovando os seus quadros?
Neste sentido, será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que as candidaturas e listas de apoiantes não podem continuar, sistemática e persistentemente, com os mesmos nomes? Nomes que já tiveram as mais diversas opções e apoiaram candidatos com visões completamente opostas. A diversidade e o pluralismo são importantes. Em larga escala é anarquia.
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que precisa urgentemente de começar a trabalhar num projecto politico alternativo ao PS?
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que tendo o PS maioria relativa vai ser chamado muitas vezes a votar favoravelmente politicas do PS sendo ainda mais importante construir uma alternativa coerente?
Os silêncios nem sempre são positivos.
O que se tem passado é uma forma mitigada das duas opções que tinha equacionado. Era a opção que tinha como menos verosímil. Falarei dela em futuros posts.
Contudo, podemos pelo menos especular sobre a natureza destes silêncios. Não é seguramente a melhor opção mas é a que resta.
Será que o PSD Figueira ( todos ) percebeu que foi o principal responsável e grande derrotado das eleições autárquicas?
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que instaurar processos disciplinares sem uma discussão profunda sobre os últimos 4 anos levará a que a mesma seja feita numa altura menos própria, por exemplo nas eleições para a concelhia?
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que já não é fácil arregimentar militantes para apoiar o candidato A ou B, porque estes já estão fartos de apoiar candidatos em vez de apoiar projectos políticos?
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que precisa de se abrir, não só aos novos militantes como à sociedade civil renovando os seus quadros?
Neste sentido, será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que as candidaturas e listas de apoiantes não podem continuar, sistemática e persistentemente, com os mesmos nomes? Nomes que já tiveram as mais diversas opções e apoiaram candidatos com visões completamente opostas. A diversidade e o pluralismo são importantes. Em larga escala é anarquia.
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que precisa urgentemente de começar a trabalhar num projecto politico alternativo ao PS?
Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que tendo o PS maioria relativa vai ser chamado muitas vezes a votar favoravelmente politicas do PS sendo ainda mais importante construir uma alternativa coerente?
Os silêncios nem sempre são positivos.
2009/11/30
Brigada do reumático
Foi como Brigada do Reumático que ficou conhecido o grupo de oficiais generais que em 1974 reuniram com Marcelo Caetano com o intuito de provar que tinham as ditas sob controlo.
Lembrei-me disto a propósito da ausência do Sr. Presidente da República na homenagem a Melo Antunes.
A actual brigada do reumático “informou” hoje:
"Não íamos fazer nada à audiência"
Membro da comissão promotora do colóquio, mas falando a título individual, Vasco Lourenço disse ao Expresso que o convite a Cavaco Silva foi feito não em Outubro mas "ainda antes das férias do Verão". Em resposta, a Presidência transmitiu que Cavaco Silva "não presidiria ao colóquio e que também não estava disponível para dar o seu alto patrocínio à homenagem".
Nestes termos, "quando o Chefe da Casa Civil nos convidou para a referida audiência, achámos que não valia a pena porque não íamos lá fazer nada". Vasco Lourenço afiança que "nunca nos foi dito que a audiência se destinava a analisar a forma do Presidente da República se envolver ou apoiar a homenagem".
A decisão de não comparecer à audiência com Cavaco Silva "foi pacífica" entre os vários membros da comissão executiva, composta por Fernando Melo Antunes (irmão do falecido ministro dos Negócios Estrangeiros), José Romano, Maria Inácia Rezola, Mário Mesquita e Vasco Lourenço.
Quanto ao facto de não poder presidir penso que a resposta já havia sido dada. No que diz respeito ao alto patrocínio, seja lá o que isso for, é sempre discutível.
Membro da comissão promotora do colóquio, mas falando a título individual, Vasco Lourenço disse ao Expresso que o convite a Cavaco Silva foi feito não em Outubro mas "ainda antes das férias do Verão". Em resposta, a Presidência transmitiu que Cavaco Silva "não presidiria ao colóquio e que também não estava disponível para dar o seu alto patrocínio à homenagem".
Nestes termos, "quando o Chefe da Casa Civil nos convidou para a referida audiência, achámos que não valia a pena porque não íamos lá fazer nada". Vasco Lourenço afiança que "nunca nos foi dito que a audiência se destinava a analisar a forma do Presidente da República se envolver ou apoiar a homenagem".
A decisão de não comparecer à audiência com Cavaco Silva "foi pacífica" entre os vários membros da comissão executiva, composta por Fernando Melo Antunes (irmão do falecido ministro dos Negócios Estrangeiros), José Romano, Maria Inácia Rezola, Mário Mesquita e Vasco Lourenço.
Quanto ao facto de não poder presidir penso que a resposta já havia sido dada. No que diz respeito ao alto patrocínio, seja lá o que isso for, é sempre discutível.
O mais extraordinário é que o Sr. Presidente da República convidou estes senhores para uma audiência e eles pura e simplesmente acharam que não valia a pena.
Podemos gostar ou não do professor Cavaco Silva. Podemos não gostar das suas posições ideológicas mas que diabo é o Presidente da Republica.
O que esta atitude demonstra ou confirma é a falta de sentido de estado e, o que é o estado para estas "glórias". Quem manda somos nós e a república somos nós e tu presidente estás ai por engano.
Não satisfeito o chefe da brigada termina ainda “Falando sempre a título individual, o presidente da Associação 25 de Abril lamentou "mais esta confusão da Presidência da República, depois de toda a história à volta das alegadas escutas".
Não satisfeito o chefe da brigada termina ainda “Falando sempre a título individual, o presidente da Associação 25 de Abril lamentou "mais esta confusão da Presidência da República, depois de toda a história à volta das alegadas escutas".
Quanto à estoria das escutas ainda muita água vai correr por baixo da ponte: Alfredo Barroso, chefe da casa civil de Mário Soares, disse, na sic noticias na semana que passou, que sabia de fonte segura que Fernando Lima não tinha sido fonte de nenhuma das notícias sobre escutas do verão passado. Com o tempo e quando já não tiver interesse saberemos a verdade.
Num programa da RTP Memória da semana que passou este chefe da Brigada dizia que o 25 de Abril tinha sido a melhor operação militar da Historia Militar Portuguesa. Valeu a presença do General Loureiro dos Santos para por juízo na cabeça do dito e lhe dar uma pequena lição de História Militar.
Na boa tradição do absolutismo francês "L'État c'est moi", para a brigada o estado é nosso. O resto são contingências.
Na boa tradição do absolutismo francês "L'État c'est moi", para a brigada o estado é nosso. O resto são contingências.
Sr.ª Professora aquele menino….
Hoje o Diário as Beiras dá conta de algumas intervenções na Assembleia Municipal.
Contas à parte, manteve-se a “taxa” de IMI. Aguardo a publicação da acta no portal da câmara para ter uma ideia geral da discussão. No entanto, e em relação ao que vem noticiado, apetece-me dizer:
Primeiro: todos sabemos que os programas eleitorais são apenas cartas de intenções. Boas e más. É irritante o discurso, o Sr. prometeu, o Sr. disse no programa isto e aquilo e agora nada etc…
Não estou a dizer que aceito ou pactuo com programas eleitorais com estas características. Penso é que este discurso só é admissível para os mais distraídos. Os políticos deviam de abster-se deste tipo de discursos. Perpetua-se o faz de conta da campanha eleitoral que foi o tempo de desmascarar as patetices.
Segundo: O PSD ou muda de rumo ou uma de duas hipóteses: O PS demonstra grande incapacidade e nada faz ou o que faz, faz mal; demonstra alguma coisa e o PSD cai na irrelevância política.
O PSD perdeu uma excelente oportunidade de marcar pontos e condicionar ( no bom sentido) as próximas discussões sobre este tema e outros relacionados com o mesmo.
O aumento ou diminuição da taxa de IMI pouco ou nada tem a haver com as pessoas ( pelo menos directamente ). Choca esta ideia?
Pois choca mas é a realidade. A taxa do IMI, ou melhor a sua importância, deve-se ao facto de ser uma importante fonte de receita. E de onde vem essa receita? Pois é…
São estes dois pontos que têm causado graves problemas às pessoas e ao concelho não é a taxa do IMI.
Era por aqui que se devia ter ido.
Contas à parte, manteve-se a “taxa” de IMI. Aguardo a publicação da acta no portal da câmara para ter uma ideia geral da discussão. No entanto, e em relação ao que vem noticiado, apetece-me dizer:
Primeiro: todos sabemos que os programas eleitorais são apenas cartas de intenções. Boas e más. É irritante o discurso, o Sr. prometeu, o Sr. disse no programa isto e aquilo e agora nada etc…
Não estou a dizer que aceito ou pactuo com programas eleitorais com estas características. Penso é que este discurso só é admissível para os mais distraídos. Os políticos deviam de abster-se deste tipo de discursos. Perpetua-se o faz de conta da campanha eleitoral que foi o tempo de desmascarar as patetices.
Segundo: O PSD ou muda de rumo ou uma de duas hipóteses: O PS demonstra grande incapacidade e nada faz ou o que faz, faz mal; demonstra alguma coisa e o PSD cai na irrelevância política.
O PSD perdeu uma excelente oportunidade de marcar pontos e condicionar ( no bom sentido) as próximas discussões sobre este tema e outros relacionados com o mesmo.
O aumento ou diminuição da taxa de IMI pouco ou nada tem a haver com as pessoas ( pelo menos directamente ). Choca esta ideia?
Pois choca mas é a realidade. A taxa do IMI, ou melhor a sua importância, deve-se ao facto de ser uma importante fonte de receita. E de onde vem essa receita? Pois é…
São estes dois pontos que têm causado graves problemas às pessoas e ao concelho não é a taxa do IMI.
Era por aqui que se devia ter ido.
2009/11/28
2009/11/26
Nunca nos dão as boas notícias
No Diário as Beiras de hoje.
“O autarca convocou ontem os jornalistas para apresentar aquele que está incumbido de elaborar uma programação de qualidade com menos dinheiro”
“Porém, neste caso, a independência não vai sair cara aos figueirenses. Pelo contrário, garantiu, gerir o CAE vai ficar mais barato.”
“Os custos directos inerentes à contratação de Rafael Carriço, cujo valor o vereador não revelou, são reduzidos.”
Menos dinheiro, ficar mais barato, custos reduzidos e no final não se diz quanto custa?
Não temos direito às boas noticias.
Se isto tivesse acontecido à 6 meses o que é que o Sr. Vereador diria?
Vou esperar por Dezembro e ler o livro.
Elementar meu caro Watson ( 2 )
“O que me deixa curioso é que o PS parece ter abdicado da caça às bruxas e prepara-se para juntar o útil ao agradável. Culpa o Paredes pela derrota do Luís Tovim e arranja o argumento, que não conseguiu encontrar pelo menos nos últimos 4 anos, para se ver livre do dito.” Escrito em 09/11/2009
Pelos vistos esta ideia está a ganhar cada vez mais consistência na cabeça (e talvez nas acções) de muitos socialistas.
A responsabilidade política deve ser assumida pelo líder? Obviamente.
Agora, o que não deixa de me espantar, embora sem me iludir, é a capacidade de esquecer que os militantes e dirigentes dos partidos têm nestas alturas.
Quem chegasse e não conhecesse a nossa realidade chegaria à conclusão que o Paredes concorreu sempre sozinho, contra tudo e contra todos, nas listas que apresentava só figurava o seu nome, nunca teve oposição, nunca teve apoiantes ou seja, que o estado a que a coisa chegou é da sua exclusiva culpa.
É esta “magnífica” característica da nossa política que permite que pseudo militantes passem pela chuva e pelo sol sem se molharem ou queimarem.
Estiveram sempre ao abrigo ou à sombra.
Estiveram sempre contra mesmo quando estavam a favor; apoiaram sempre mesmo quando se opunham; estiveram sempre com o líder mesmo quando estavam contra ele; estiveram sempre nas listas mesmo quando tinham outras em mente.
No final o líder se não se agarrar bem está fora e derrotado. Eles estão sempre dentro e ganhadores porque afinal não estavam quando estiveram e apareceram quando deviam ter aparecido sem nunca afinal de lá terem saído. Puros e sem macula chamando sempre à atenção, dos mais distraídos, que aquele resultado foi o que sempre defenderam.
E nós crédulos, apoiamos esses homens e mulheres, modelos de coerência e virtude porque afinal, eles estavam lá, ao nosso lado, nós é que não os víamos.
Nota: vou guardar o post. Se mudar os nomes deve dar para aplicar ao PSD.
2009/11/25
2009/11/24
Não confundir a politica com a justiça.
Depois o louco é Alberto João Jardim quando afirma que já se devia ter acabado com o Tribunal Constitucional uma vez que, as suas funções podem ser desempenhadas pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Em termos teóricos Alberto João Jardim tem razão. O Tribunal Constitucional é, quer se goste ou não, um tribunal com uma forte componente política e ideológica. Em termos práticos PS e PSD acabam por confirmar as suas afirmações ( e suspeições).
“Por outro lado, o candidato conjunto proposto por PS e PSD à eleição para juiz do Tribunal Constitucional é Catarina Teresa Rola Sarmento e Castro, filha do presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais Osvaldo de Castro (PS), jurista de Coimbra, e que actualmente está a fazer o doutoramento com o constitucionalista Vital Moreira.”
Em termos teóricos Alberto João Jardim tem razão. O Tribunal Constitucional é, quer se goste ou não, um tribunal com uma forte componente política e ideológica. Em termos práticos PS e PSD acabam por confirmar as suas afirmações ( e suspeições).
“Por outro lado, o candidato conjunto proposto por PS e PSD à eleição para juiz do Tribunal Constitucional é Catarina Teresa Rola Sarmento e Castro, filha do presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais Osvaldo de Castro (PS), jurista de Coimbra, e que actualmente está a fazer o doutoramento com o constitucionalista Vital Moreira.”
Sentimentos maus conselheiros
(Carta aberta a António Paredes por parte de Paula Tovim, hoje no Diário as Beiras)
Promover um almoço de desagravo ao marido Luís Tovim não fica mal. Perante o que se passou é até perfeitamente natural. Escrever uma carta aberta com este conteúdo é, no mínimo, perder o pé.
Se Luís Tovim se sente incomodado com as ultimas declarações de António Paredes deve, obviamente, ser ele a defender-se. E deve ser o próprio por uma razão. As declarações devem-se a problemas da candidatura e outros com ela relacionados.
Devem ser os protagonistas a esgrimir os seus argumentos. Se o próprio entende que não o deve fazer fica mal ser a sua mulher a tomar o lugar do candidato. É caso para perguntar, quem era afinal o candidato do PS à Assembleia Municipal. Seria o Luís Tovim ou Paula Tovim?
Fica mal por outra razão. Não sei se a Paula Tovim é ou não militante do PS. Não é relevante. O que já é relevante é que na sua carta aberta confunde algo muito importante. Confunde o PS da Figueira com o Paredes. Omite deliberadamente ou, não conhece, o esforço de muitos socialistas para tirarem o Paredes da concelhia e renovarem o PS. Não me parece que o Luís Tovim por lá andasse nessa altura.
Também não questiona por onde andaram esses tais históricos durante os últimos 12 anos. Também se esquece que muitos dos históricos de que fala trabalharam muito mas foi nos bastidores. Tivessem eles dado a cara pelas diversas freguesias do concelho encabeçando a campanha e teria visto o apoio que esses senhores merecem das populações.
Também não questiona por andaram muitos dos que agora ocupam lugares na Câmara Municipal no consulado do Paredes. Estiveram ao lado dos que queriam a renovação ou ao lado do Paredes?
Transforma a vitória nas autárquicas numa vitória dos históricos, do Luís Tovim e João Ataíde.
Os militantes do PS não mereciam este atestado.
Por fim a linguagem utilizada.
Se Luís Tovim estava na mó de cima, depois da carta aberta não ocupará, certamente, o mesmo lugar.
Promover um almoço de desagravo ao marido Luís Tovim não fica mal. Perante o que se passou é até perfeitamente natural. Escrever uma carta aberta com este conteúdo é, no mínimo, perder o pé.
Se Luís Tovim se sente incomodado com as ultimas declarações de António Paredes deve, obviamente, ser ele a defender-se. E deve ser o próprio por uma razão. As declarações devem-se a problemas da candidatura e outros com ela relacionados.
Devem ser os protagonistas a esgrimir os seus argumentos. Se o próprio entende que não o deve fazer fica mal ser a sua mulher a tomar o lugar do candidato. É caso para perguntar, quem era afinal o candidato do PS à Assembleia Municipal. Seria o Luís Tovim ou Paula Tovim?
Fica mal por outra razão. Não sei se a Paula Tovim é ou não militante do PS. Não é relevante. O que já é relevante é que na sua carta aberta confunde algo muito importante. Confunde o PS da Figueira com o Paredes. Omite deliberadamente ou, não conhece, o esforço de muitos socialistas para tirarem o Paredes da concelhia e renovarem o PS. Não me parece que o Luís Tovim por lá andasse nessa altura.
Também não questiona por onde andaram esses tais históricos durante os últimos 12 anos. Também se esquece que muitos dos históricos de que fala trabalharam muito mas foi nos bastidores. Tivessem eles dado a cara pelas diversas freguesias do concelho encabeçando a campanha e teria visto o apoio que esses senhores merecem das populações.
Também não questiona por andaram muitos dos que agora ocupam lugares na Câmara Municipal no consulado do Paredes. Estiveram ao lado dos que queriam a renovação ou ao lado do Paredes?
Transforma a vitória nas autárquicas numa vitória dos históricos, do Luís Tovim e João Ataíde.
Os militantes do PS não mereciam este atestado.
Por fim a linguagem utilizada.
Se Luís Tovim estava na mó de cima, depois da carta aberta não ocupará, certamente, o mesmo lugar.
Batatas
Nos tempos de liceu costumava almoçar com dois colegas. Um deles, devido ao seu sistema nervoso, gaguejava um pouco. Normalmente não tinha qualquer problema. Um pouco de stress e pronto. Lá acontecia.
Até hoje ainda nos divertimos com uma situação que se repetia com muita frequência.
O nosso amigo queria que nós pedíssemos batatas porque ele não conseguia dizer, batatas.
Acontece que quando ele nos dirigia este pedido pronunciava correctamente a palavra batatas.
- Podem pedir batatas que eu não consigo dizer batatas? ( dizia ele )
- Acabaste de o fazer! (respondíamos nós)
Vem isto a propósito de uma noticia no Diário as Beiras de ontem.
“Uma dezena de autarcas sociais-democratas reuniu ontem em Cantanhede
tendo efectuado, através de comunicado, um pedido para a realização de um congresso do partido.” Anteriormente, houve uma reunião na Covilhã.
Eu entendo que o PSD não se deve precipitar em mais uma eleição. Um congresso pode ter as suas virtudes.
Mas bom, mesmo bom, seria que estes senhores promovessem debates pelo país para que se discutisse política e o que se quer para do PSD.
Uma discussão sem a pressão de arregimentar tropas. Um congresso desprovido de uma discussão prévia não irá ser mais do que a primeira volta das directas.
Na prática, estes senhores debatendo, pedem que se marque um congresso para debater porque eles não conseguem debater, já estando a debater.
É mais ou menos como as batatas.
Até hoje ainda nos divertimos com uma situação que se repetia com muita frequência.
O nosso amigo queria que nós pedíssemos batatas porque ele não conseguia dizer, batatas.
Acontece que quando ele nos dirigia este pedido pronunciava correctamente a palavra batatas.
- Podem pedir batatas que eu não consigo dizer batatas? ( dizia ele )
- Acabaste de o fazer! (respondíamos nós)
Vem isto a propósito de uma noticia no Diário as Beiras de ontem.
“Uma dezena de autarcas sociais-democratas reuniu ontem em Cantanhede
tendo efectuado, através de comunicado, um pedido para a realização de um congresso do partido.” Anteriormente, houve uma reunião na Covilhã.
Eu entendo que o PSD não se deve precipitar em mais uma eleição. Um congresso pode ter as suas virtudes.
Mas bom, mesmo bom, seria que estes senhores promovessem debates pelo país para que se discutisse política e o que se quer para do PSD.
Uma discussão sem a pressão de arregimentar tropas. Um congresso desprovido de uma discussão prévia não irá ser mais do que a primeira volta das directas.
Na prática, estes senhores debatendo, pedem que se marque um congresso para debater porque eles não conseguem debater, já estando a debater.
É mais ou menos como as batatas.
2009/11/23
Será só falta de vergonha?
PS critica aproveitamento das escutas para “decapitar” Governo
“No entender do socialista, nas últimas semanas houve uma “tentativa clara de decapitar politicamente o Governo e o PS de uma forma totalmente inaceitável”. Francisco Assis criticou, por isso, em conferência de imprensa, aquilo que considerou ter sido um “aproveitamento político de um processo judicial” e, por outro lado, uma “judicialização da vida política”.”
O PS convive mal com a justiça e com os seus agentes.
Ninguém pediu a demissão do PM. Pediram-se explicações.
As diligências foram efectuadas antes das eleições. Não houve, até aí, qualquer violação do segredo de justiça.
A ideologia deste PS chama-se poder. Poder a todo e qualquer custo.
2009/11/22
"Não falimos por um milagre”
No "amigo" DN
Distritais PSD de Lisboa e Porto querem directas já
"Carlos Carreiras , é claro ao considerar que a actual situação de grave "deterioração" em que vive o PSD aconselha a que se avance "para eleições directas tão depressa quanto seja possível".
"O dirigente considera que o ideal era antecipar o calendário das directas e refere mesmo que, no caso de Lisboa, se "nota o desespero para se encontrar um candidato de oposição à sua própria candidatura". E acrescenta existirem "indícios de que o secretário-geral e funcionários centrais podem ter a tentação de alterar o ficheiro de militantes".
Este é o maior problema do PSD actualmente. As suas estruturas locais, distritais e concelhias, transformaram-se em pequenos soviets.
A razão da sua existência é a conquista do poder e o enfraquecimento do poder dos outros.
O exercicio do poder é sempre contra alguma coisa.
A sua prova de vida são os jornais e as eleições internas.
O PSD tem vindo a transformar-se, desde à varios anos, numa barriga de aluguer de gente e projectos que nada têm haver com a sua natureza.
"Carlos Carreiras , é claro ao considerar que a actual situação de grave "deterioração" em que vive o PSD aconselha a que se avance "para eleições directas tão depressa quanto seja possível".
"O dirigente considera que o ideal era antecipar o calendário das directas e refere mesmo que, no caso de Lisboa, se "nota o desespero para se encontrar um candidato de oposição à sua própria candidatura". E acrescenta existirem "indícios de que o secretário-geral e funcionários centrais podem ter a tentação de alterar o ficheiro de militantes".
Este é o maior problema do PSD actualmente. As suas estruturas locais, distritais e concelhias, transformaram-se em pequenos soviets.
A razão da sua existência é a conquista do poder e o enfraquecimento do poder dos outros.
O exercicio do poder é sempre contra alguma coisa.
A sua prova de vida são os jornais e as eleições internas.
O PSD tem vindo a transformar-se, desde à varios anos, numa barriga de aluguer de gente e projectos que nada têm haver com a sua natureza.
cada vez mais claro
2009/11/21
Centenário da República
100 anos passados e a sociedade portuguesa não tem a capacidade de fazer um juízo critico da sua história.
Uma reflexão sobre os primeiros 26 anos do século passado podiam contribuir para desencadear uma discussão séria destes 34 anos de regime democrático.
Os paises encerram em si mesmos as caracteristicas mais profundas das suas sociedades. No nosso caso é a covardia, o rancor e a mesquinhice.
A história de Portugal mostra que os nossos regimes não evoluem nem são susceptiveis de se transformar. Os nossos regimes mudam quando são objecto de rupturas ou revoluções.
Perante isto o que faz a sociedade portuguesa? Festas, que é outra das nossas caracteristicas.
Uma oportunidade perdida.
Zona Industrial de Ferreira a Nova
No Diário as Beiras esta Semana
A zona industrial de Ferreira a Nova é um bom exemplo de iniciativa privada e pública.
É também um bom exemplo da incapacidade de pensar o concelho de forma global.
Esta zona industrial tem um enorme potencial competitivo. Contudo, é vista mais como parente afastado e muitas das vezes enjeitado da zona industrial da Figueira da Foz do que parceiro.
A Zona Industrial da figueira, fruto das diversas trapalhadas ao longo dos tempos, tornou-se mais um factor de atraso do que desenvolvimento.
O que digo não é uma crítica fácil ou desprestigiante para quem se esforça por desenvolver o meu concelho. Não ponho em causa nem o esforço que têm sido feito, nomeadamente através da incubadora de empresas e a iniciativa dos empresários que lá se instalaram, nem a dedicação dos mesmos.
A minha critica é de política de desenvolvimento. Não somos concorrentes com a zona Industrial da Figueira. Podíamos competir, à nossa dimensão, com a Tocha, Montemor, Cantanhede e outras localidades de concelhos vizinhos.
Temos infraestruras rodoviárias para isso. Temos espaço e potencial.
Não temos é capacidade para continuar a suportar o resultado das vicissitudes ( para ser simpático) da Zona industrial da Figueira.
A zona industrial de Ferreira a Nova é um bom exemplo de iniciativa privada e pública.
É também um bom exemplo da incapacidade de pensar o concelho de forma global.
Esta zona industrial tem um enorme potencial competitivo. Contudo, é vista mais como parente afastado e muitas das vezes enjeitado da zona industrial da Figueira da Foz do que parceiro.
A Zona Industrial da figueira, fruto das diversas trapalhadas ao longo dos tempos, tornou-se mais um factor de atraso do que desenvolvimento.
O que digo não é uma crítica fácil ou desprestigiante para quem se esforça por desenvolver o meu concelho. Não ponho em causa nem o esforço que têm sido feito, nomeadamente através da incubadora de empresas e a iniciativa dos empresários que lá se instalaram, nem a dedicação dos mesmos.
A minha critica é de política de desenvolvimento. Não somos concorrentes com a zona Industrial da Figueira. Podíamos competir, à nossa dimensão, com a Tocha, Montemor, Cantanhede e outras localidades de concelhos vizinhos.
Temos infraestruras rodoviárias para isso. Temos espaço e potencial.
Não temos é capacidade para continuar a suportar o resultado das vicissitudes ( para ser simpático) da Zona industrial da Figueira.
PSD: Presidentes de Câmara lançam documento à subscrição a solicitar debate e congresso
"realização de um congresso do partido para promover o debate interno antes das eleições directas para a liderança."
Debater o quê? Querêm uma eleição em duas voltas? Congresso e directas?
Para debater alguma coisa era necessário que a discussão tivesse inicio nas concelhias e distritais. É isto que se vai passar. Claro que não.
Debater o quê? Querêm uma eleição em duas voltas? Congresso e directas?
Para debater alguma coisa era necessário que a discussão tivesse inicio nas concelhias e distritais. É isto que se vai passar. Claro que não.
Demasiado tempo livre
"O líder da Distrital do PSD/Porto, Marco António Costa, pediu hoje a “marcação imediata de eleições directas no partido”, considerando que a Comissão Política Nacional social-democrata “está moribunda” e “deixou de existir”."
Marco António Costa insiste na marcação rápida de eleições directas. Para quê?
Para nada de relevante.Tempo livre em demasia dá nisto.
DEBATE SOBRE CULTURA (RE)ACONTECE(U) NO CASINO FIGUEIRA
"A criação (tardia, quando comparada com a de outros países, como o Brasil, Espanha, França ou Espanha) de uma Academia da Língua Portuguesa, foi um dos pontos mais destacados, muito embora todos concordassem que o «desenho» da política de língua está, neste programa, demasiadamente centrado e concentrado no Ministério da Cultura, faltando, frisou Isabel Pires de Lima, “um organismo que tenha como função coordenar esta política de língua, que é transversal a vários ministérios, da Educação aos Negócios Estrangeiros”.
Falta um organismo que tenha como função coordenar a politica da lingua. falta?
Irra! Mais organismos? A nossa incapaciddade de pensar é ....................................
Temos o Instituto Camões. Os Espanhóis têm o instituto cervantes.
APREMDAAAAAAAMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
Falta um organismo que tenha como função coordenar a politica da lingua. falta?
Irra! Mais organismos? A nossa incapaciddade de pensar é ....................................
Temos o Instituto Camões. Os Espanhóis têm o instituto cervantes.
APREMDAAAAAAAMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
DEBATE SOBRE CULTURA (RE)ACONTECE(U) NO CASINO FIGUEIRA
Preocupante.
António Tavares admitiu que “sendo vereador do Urbanismo, vai sobrar-me pouco tempo para a Cultura”, até porque esta continua a ser “vista como uma arte menor”.
vista como arte menor por quem?
Ainda assim, António Tavares comprometeu-se a dirigir o melhor que puder as políticas culturais do Concelho figueirense, sublinhando que a forte tradição teatral, por exemplo, “de certa forma parou no tempo, sendo hoje uma espécie de arqueologia do teatro, ainda com a banda a acompanhar” as representações.
Onde? Como?
O vereador figueirense mostrou-se particularmente interessado nas declarações de Guta Moura Guedes, que afirmou haver actualmente muitos directores artísticos disponíveis para saírem de Lisboa ou Porto e abraçarem novos projectos fora dos grandes centros urbanos.
Disponiveis não, desempregados. Já não à dinheiro em Lisboa e Porto para sustentar tantos "artistas".
Temo que a cultura, mais uma vez, vá custar muito sem dar em nada.
António Tavares admitiu que “sendo vereador do Urbanismo, vai sobrar-me pouco tempo para a Cultura”, até porque esta continua a ser “vista como uma arte menor”.
vista como arte menor por quem?
Ainda assim, António Tavares comprometeu-se a dirigir o melhor que puder as políticas culturais do Concelho figueirense, sublinhando que a forte tradição teatral, por exemplo, “de certa forma parou no tempo, sendo hoje uma espécie de arqueologia do teatro, ainda com a banda a acompanhar” as representações.
Onde? Como?
O vereador figueirense mostrou-se particularmente interessado nas declarações de Guta Moura Guedes, que afirmou haver actualmente muitos directores artísticos disponíveis para saírem de Lisboa ou Porto e abraçarem novos projectos fora dos grandes centros urbanos.
Disponiveis não, desempregados. Já não à dinheiro em Lisboa e Porto para sustentar tantos "artistas".
Temo que a cultura, mais uma vez, vá custar muito sem dar em nada.
DEBATE SOBRE CULTURA (RE)ACONTECE(U) NO CASINO FIGUEIRA
“Novo Governo, Mais Cultura?”
"A noite começou com uma breve análise dos 39 pontos do programa do Governo socialista dedicados à Cultura, e que Carlos Pinto Coelho considerou serem “22 muito bons, e os outros vagos, óbvios, polémicos ou maus”.
"A ex-ministra da Educação considerou ainda que “além de mal escrito”, o texto do programa governamental “dispara para muitos lados, desnorteado”, estabelecendo “passos maiores do que a perna e sem dizer como é que vai aumentar a perna”, para além de conter “laivos neocoloniais” extemporâneos, ao querer, agora, restaurar ou preservar uma herança cultural que, no tempo próprio, não foi alvo de cuidados, seja ela a língua ou o património edificado. Isabel Pires de Lima sublinhou, no entanto, que o programa governamental não é da autoria da actual ministra, nem da sua equipa, em quem deposita, aliás, “muita confiança”, esperando que sejam capazes de esquecer “um programa que é um retrocesso em relação ao anterior”, e fazer algo “em condições”."
Quais serão os 22 pontos muito bons, na perspectiva de Carlos Pinto Coelho que a ex titular da pasta, e pelo mesmo partido que agora está no governo não viu?
Nota: A senhora é ex ministra da cultura e não da educação.
"A noite começou com uma breve análise dos 39 pontos do programa do Governo socialista dedicados à Cultura, e que Carlos Pinto Coelho considerou serem “22 muito bons, e os outros vagos, óbvios, polémicos ou maus”.
"A ex-ministra da Educação considerou ainda que “além de mal escrito”, o texto do programa governamental “dispara para muitos lados, desnorteado”, estabelecendo “passos maiores do que a perna e sem dizer como é que vai aumentar a perna”, para além de conter “laivos neocoloniais” extemporâneos, ao querer, agora, restaurar ou preservar uma herança cultural que, no tempo próprio, não foi alvo de cuidados, seja ela a língua ou o património edificado. Isabel Pires de Lima sublinhou, no entanto, que o programa governamental não é da autoria da actual ministra, nem da sua equipa, em quem deposita, aliás, “muita confiança”, esperando que sejam capazes de esquecer “um programa que é um retrocesso em relação ao anterior”, e fazer algo “em condições”."
Quais serão os 22 pontos muito bons, na perspectiva de Carlos Pinto Coelho que a ex titular da pasta, e pelo mesmo partido que agora está no governo não viu?
Nota: A senhora é ex ministra da cultura e não da educação.
Perspectivas.
Muitos comentadores dizem e escrevem até à exaustão que o Prmireiro Ministro, apesar do que é dito e escrito, não foi constituido arguido ou teve de prestar declarações em nenhum processo que tem vindo a publico.
Verdade.
Perante tudo o que foi dito, escrito e publicado, sem desmentido, na imprensa algum desses génios acredita que, se estivessemos a falar de um cidadão comum o mesmo já não teria sido chamado a prestar declarações?
José Socrates tem sido beneficiado ou prejudicado pelo facto de ser Primeiro Ministro?
2009/11/19
Estratégia
Primeiro passo, para colocar em sentido os ratos que já estão a querer abandonar o barco e deixar o sucateiro a fritar sozinho:"Rodrigo Santiago, advogado de Manuel Godinho, considera que o empresário de Aveiro "é apenas a ponta de um iceberg" de um complexo processo que pode "envolver figuras da hierarquia do Estado".
Se derem uma mão pode ser que,
2009/11/17
Podia ser diferente? Podia mas não era a mesma coisa.
É mais ou menos isto que se passa com o processo penal
Eleições vão ser excelente teste à Lei da Paridade
"A lei da paridade não tem muito sentido"
Câmara PS diz cumprir lei da paridade mas não dá pelouros
Eleições vão ser excelente teste à Lei da Paridade
"A lei da paridade não tem muito sentido"
Câmara PS diz cumprir lei da paridade mas não dá pelouros
Entrevista do Presidente da ACIFF ao Diário as Beiras da passada Sexta Feira
Esta entrevista suscitou-me algumas preocupações. Não o digo de forma crítica. A dimensão da entrevista porventura não permitiu outras respostas ou, respostas mais completas.
Mais uma vez, quando se fala de desenvolvimento económico da Figueira é mesmo disso que se trata, da Figueira. Raramente se equaciona, quando se fala de desenvolvimento económico, o concelho da Figueira. A Figueira é o microcosmo. Em regra quando se fala do desenvolvimento do concelho da Figueira é para justificar alguma coisa que se terá de fazer, ou deixar fazer na, obviamente, Figueira.
A incapacidade, por um lado e, os interesses instalados por outro, não permitem que se veja todo concelho como fonte e potencial de desenvolvimento complementar e concorrencial com concelhos vizinhos. Na parte que me toca concelhos como Montemor e Cantanhede.
Outro ponto que me suscitou preocupação é continuar-se a discutir a reabilitação da baixa da Figueira, rua da Republica e Bairro Novo, sem primeiro definir claramente o que será possível fazer, construir, em toda a zona envolvente à cidade da Figueira.
Sem esta definição, e sem mas nem tibiezas, qualquer requalificação terá como destino o fracasso. Se porventura obtiver algum sucesso, que acredito será difícil ou muito limitado, os custos da mesma nunca justificariam os ganhos.
Mais do que analisar modelos de requalificação já postos em prática devemos olhar para os factores de insucesso da maioria desses modelos.
Será que podemos falar de comércio de proximidade, comércio tradicional quando se continua a permitir a construção de grandes superfícies comerciais. Principalmente numa cidade como a Figueira em que qualquer ponto da cidade é praticamente o centro da mesma.
Podemos competir com estacionamentos gratuitos e dentro das próprias superfícies comerciais resguardados da intempéries e com todas as comodidades de transporte de compras e diversidade de lojas quando em contraponto temos parquímetros, transportar as compras à mão e sujeitos aos caprichos do tempo.
Será que não deveríamos estar hoje a falar de comércio alternativo, serviços ao invés de comércio tradicional ou de proximidade.
Podemos falar em povoamento da cidade quando se continua a permitir a construção desenfreada nas áreas limítrofes da mesma.(com lobbies fortíssimos nessa área como é dito na entrevista.)
Volto a repetir o que já digo à muito tempo: qualquer esforço de requalificação da Figueira implica um plano global de desenvolvimento da mesma. Este plano deve obrigar os agentes económicos a direccionarem a sua actividade para este propósito. Se não houver um plano neste sentido todo o projecto fracassa. Enquanto os promotores imobiliários e construtores tiverem a hipótese de requalificar ou construir vão optar sempre por esta última. A construção é mais fácil, barata, vende melhor e mais rápido, e permite margens de lucro muito superiores. Isto não se muda com conversa nem com boas intenções. Têm de ser imposto.
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