2011/10/28

Por baixo da espuma dos dias que correm



Procurem o que foi escrito por gente que realmente sabe do assunto no final da década de 90 e anos seguintes sobre a Europa, países emergentes e globalização. Esta gente não sabe o que anda a fazer.

Código Postal



Meio caminho andado para …. dar cabo de uma boa iniciativa.

2011/10/25

É só fazer contas.


“Municípios com endividamento excessivo agravado pelo OE de 2012”


Que grande reestruturação de divida.


Sindicato dos magistrados critica nomeação de Ricardo Rodrigues para o CEJ

Em comunicado, a direcção do SMMP afirma que o deputado está “pronunciado pela prática do crime de atentado à liberdade de imprensa”, prevendo-se para breve o seu julgamento. Segundo o sindicato, tais circunstâncias “colocam dúvidas relevantes sobre a sua idoneidade para ocupar tal importante lugar” na escola de formação de magistrados


Por uma situação menos grave:


É por estas e por outras, fora os discursos da praxe, que não somos respeitados.

Um parlamento e um sistema judicial que permite isto não merece respeito.

2011/10/24

Miséria




Embora não concorde com muitos dos argumentos invocados por senhores do antigo regime para manter as posições coloniais o certo é que, em matéria de relações internacionais, muitos desses argumentos vieram a ter concretização histórica.

A política externa americana e soviética causou danos brutais na organização geopolítica. Pior, foi deixando sementes criadas pelos próprios. Desde fundamentalismos etc, devidamente treinados e patrocinados.

Digo isto a propósito da Líbia.

A NATO nunca deveria ter posto as asas neste conflito. Ceder à posição Inglesa e Francesa foi um sinal de fraqueza.

Aqueles que não tiveram tomates para tomar uma posição quando a deveriam ter tido aproveitaram a revolução para um acto puro e duro de vingança.

Tiveram de presente para já, porque ainda está no inicio, o linchamento de Kadafi ( se for só linchamento é uma “sorte”), o espectáculo macabro das visitas ao corpo e começam a aparecer execuções em massa.

E agora onde estão os direitos humanos e as convenções?

Americanos e soviéticos durante as décadas de 60, 70 e 80 tiveram “ataques deste mesmo tipo de voluntarismo”. Os resultados estão à vista.

A Europa pelos vistos não apreendeu nada.

No Egipto, Tunísia etc. Pena de prisão para um cidadão que dizem ter insultado o islão – alguém consegue encontrar na comunicação social portuguesa, vulgo, corja, qual foi o insulto- a jornalista americana quase violada, o crescendo proliferar da intolerância religiosa e agora isto.
Parabéns.

Estas coisas sim!




O que está errado, errado está.

Nada a fazer nem a desculpar.

Mas não era melhor atacarmos de vez aquilo que anda escondido.

O resto pode ser resolvido por decreto. Ganhavas, deixas de ganhar, ponto.


Pergunta – A ser verdade o que leva uma Sr.ª Inspectora a não explicar o circuito do dito documento.

P.S. – Percebem agora porque razão não é bom que determinados profissionais nomeadamente, Juízes, procuradores e inspectores da policia judiciaria tirem umas licenças sem vencimento.

Já se perguntaram de onde se conhecem e porque razão vão desempenhar funções tão distantes da sua pratica profissional.

Que tipo de “amizades” e de conhecimentos específicos possuem estes “profissionais”?

O que leva alguém a contratar um profissional desta área?

Quais são as “competências” que o empregador precisa?

Freguesias




Quem tiver curiosidade pode consultar o sítio da ANFRE onde encontra dados sobre freguesias a manter e a agregar.

2011/10/23

Era de prever




Compilar dados sobre a importância histórica de cada uma delas para quê?

Ponto 1 – Não temos dinheiro.

Ponto 2 – A actual organização administrativa não funciona, é cara e prejudica gravemente as freguesias.

Por uma vez parem, pensem e apresentem uma proposta global de organização do concelho que aproveita a proposta de reorganização das freguesias.

Ou os senhores presidentes de junta são arrojados nas propostas que fazem ou vão acabar por ficar em pior situação.

P.S. – Até à pouco tempo podiam fazer birras, chantagens, pressões, alianças. Chamem-lhes o que quiserem.
 Agora acabou o dinheiro. 

Apreendam que para fazer política é preciso pensar um mínimo sobre os assuntos.

Já não vale a pena ameaçar nas eleições para concelhias, distritais, a falta de tachos etc.

Não temos dinheiro. 

2011/10/22

Tipicamente, politica



Uma das decisões mais importantes a tomar pelo executivo da Figueira era a sua reorganização administrativa, de funções e competências ( sim, sou teimoso).

Será possível? Não.

Basta ver o que se passa com a reorganização das freguesias.

Liderar este processo deveria ser um privilégio.

Na figueira é uma batata quente que ninguém quer.

A qualidade dos nossos políticos vê-se nestes, e noutros, momentos.
Estamos conversados.

2011/10/19

Sempre os mesmos I




A ladainha de que são sempre os funcionários públicos a pagar a crise anda a circular novamente.

O custo com os salários da função pública é uma despesa do estado.

É uma despesa que é paga com os rendimentos da economia privada.

Não é um favor que se faz. É um serviço que se paga.

Devemos pagar os serviços para os quais temos dinheiro.

Um pequeno exercício:

- Os salários médios na função pública, com funções e habilitações idênticas no sector privado, eram superiores até à data.

- Dos milhares de execuções que se encontram nos Tribunais qual a percentagem que corresponde a trabalhadores do privado e a percentagem que corresponde a trabalhadores do sector publico.

- Dos milhares de pessoas singulares que se apresentaram à insolvência que percentagem corresponde a trabalhadores do privado e a percentagem que corresponde a trabalhadores do sector publico.

- Dos quase 13% de desempregados qual a percentagem que corresponde a funcionários públicos?

- Dos milhares de desempregados que já não estão nas estatísticas do desemprego, porque não recebem subsídio, que percentagem é funcionário público.

- Dos milhares que recebem RSI – não falo dos que não querem trabalhar - que percentagem é funcionário público.

- Dos milhares que recebem apoio de diversas instituições, que percentagem é funcionário público.

- Dos milhares que perderam as suas casas que percentagem é funcionário público.

- Quantos funcionários públicos utilizam o sistema nacional de saúde ( refiro apenas cuidados básicos)

- Quantos funcionários do privado tem subsistemas de saúde tipo ADSE e outros.

E podíamos continuar.

Só quem não trabalha com a economia real pode dizer que são os funcionários públicos que pagam a crise.

2011/10/17

Duvida

Está marcada, tanto quanto julgo saber, a inauguração de obras de requalificação da escola de Netos.

O executivo municipal comissão liquidatária vai inaugurar ou avaliar o imóvel para venda?

Alvíssaras ao bastonário e afins

Para os que gostam das tiradas do bastonário, que acha que a culpa é ( só ) dos outros

"Voltando à nossa experiência profissional, repare-se que as nossas recordações, melhores e piores, dependeram quase sempre do magistrado a que as acções foram distribuídas, da comarca territorialmente competente, do empenho e flexibilidade mental dos funcionários de justiça e, claro está, do próprio desempenho dos advogados envolvidos, se puramente dilatório e malabarista ou se verdadeiramente interessado num funcionamento eficaz do sistema, ainda que, obviamente, acima de tudo, defendendo o interesse dos seus Clientes. As nossas boas e más experiências aconteceram todas sob as mesmas regras do processo civil. Ou seja, mais do que um problema de regimento processual, o funcionamento medíocre ou não dos diferentes Tribunais (e por conseguinte do sistema de Justiça que integram), depende,
essencialmente, dos meios (ou falta deles) e das pessoas. A inexistência de verdadeiros mecanismos de organização e gestão dos Tribunais (que estão finalmente previstos no actual Programa de Governo), a falta de escrutínio, avaliação e responsabilização individual dos agentes judiciários pelo funcionamento do sistema (em que um medíocre é tratado da mesma maneira que um brilhante) e a auto-gestão a que a Justiça tem estado entregue representam o principal problema."


Percebem agora porque não é alterando a legislação que se consegue melhor justiça.

2011/10/14

Fim de sabática


Confesso que não tinha grande vontade de voltar a escrever aqui.

A realidade é persistentemente imutável. Aborrece repetir sempre a mesma coisa, dar porrada sempre nos mesmos assuntos.

Vivemos realidades paralelas. Uns falam de alhos outros de bugalhos.

A política figueirense – e nacional – é sempre mais do mesmo.

Contudo, os últimos dias foram particularmente irritantes. Não é tanto pela pobreza das ideias mas, pela desfaçatez com que se actua.

A Comissão Liquidatária.


O executivo municipal – este e muitos outros – actua como se as freguesias fossem umas coisas desagradáveis que só servem para dar trabalho e pedir dinheiro. ( quem esta no governo muitas vezes pensa o mesmo das Câmaras ).

É este espírito de praxe – estúpido – que faz parte da mentalidade dos eleitos locais.

Os meninos grandes ( governos ) são maus. Então damos tratamento igual aos “nossos” pequenitos( Juntas de Freguesia ).

A cerca de 10 anos que se discute, lá mais para norte do concelho, a possibilidade de agregar serviços entre juntas de freguesia, partilhar equipamentos, valências de diversa ordem e, obviamente, conseguir algum desafogo de gestão e financeiro.

Os executivos municipais nunca tiveram a capacidade de seguir este caminho.
Por vezes não é má vontade. Agora, se não têm a capacidade de arrumar a própria casa, câmara, são incapazes de contribuir para a arrumação da casa dos outros.

Quando à vinte anos se criou o PDM já se sabia quais seriam as consequências para as freguesias.

Não se pode impedir as pessoas de residir nas suas terras e lá criarem a sua família e depois dizerem que não temos crianças para frequentar as escolas.
Não se pode ter esta atitude e depois dizer que as freguesias não se desenvolvem porque não têm gente;

Não se podem queixar da sobrelotação de alguns infantários e falta de vagas noutros;

Não se podem queixar do aumento dos custos e da dificuldade em criar filhos quando se está longe do apoio familiar que durante anos e anos foi um meio de auxílio das famílias;

Não se podem queixar da falta de apoios aos idosos quando a família, 20 anos antes, foi impedida de residir nesses locais;

Não se podem queixar dos custos do auxilio aos idosos quando a sua rede familiar esta longe.

Para ver isto não é preciso ser inteligente. Basta ter carácter. É o carácter que nos ajuda a dizer sim e não. Que nos diz de onde viemos e para onde queremos ir.
Isto tudo vem a propósito da venda de escolas, encerramento de postos médicos e extinção de freguesias.

Afinal o que está aqui em causa?

Pura e simplesmente incompetência.

Tudo isto pode ser feito com tempo. Criar um plano que permita as Juntas de freguesia reorganizarem-se, estabelecerem uma estratégia de desenvolvimento e, a pouco e pouco, tornarem-se auto suficientes, ainda que, com algumas dificuldades.
Mas nada. Toca de vender?

Alguém perguntou à Junta de Freguesia de Ferreira a Nova se tinha algum projecto para a sua escola?

Alguém comunicou a realidade do posto médico?

Alguém, alguma vez, convidou a junta de freguesia para um debate sobre a reorganização administrativa e de competências ente freguesias?

Nada.

A escola é de quem? Formalmente pode ser do município mas é obviamente um equipamento da junta e devia ser respeitado enquanto tal.

Será que a venda dá para pagar o projecto da patética ciclovia ou do coreto?

Este executivo fez uma ( chamada ) reestruturação de divida ( traduzindo,
endividaram-se para pagar aos credores), vende património que não
é seu, embora formalmente possa estar em seu nome, e continua sem fazer a única
coisa que nos podia conduzir a algum desenvolvimento que era uma reorganização
administrativa da câmara e uma reafectação de recursos e de competências com as
Juntas de freguesia.

Sem isto e sem dinheiro não precisam de fazer nada. Elas morrem sozinhas.
Em resumo, cada vez mais temos um comissão liquidatária na câmara municipal
PS: a diferença é que não vamos de carrinho. Tal vez de triciclo na nova ciclovia.