2010/04/30

Os políticos são uma vergonha mas,

A sociedade que os elege está ao mesmo nível.



Na sondagem de hoje o PSD e Passos Coelho estão a frente do PS. Porquê?

A corrente dominante, que também faz parte da sociedade ( e muitos vivem a custa) que elege estes senhores arranjam sempre uns discursos absolutamente patéticos para justificar as subidas e as descidas.

Será que o PS e Sócrates fizeram alguma coisa de tão grave ( que já não tivessem feito antes das ultimas eleições) que merece-se esta descida? Não.

Será que o PSD e Passos Coelho fizeram ou disseram alguma coisa que merece-se esta subida? Não.

Então Porque?

Porque somos um país ignorante, que gosta de governar a sua vidinha, se tiver que ser a custa dos outros, dentro e fora de portas, não tem problema porque somos uns espertos coitadinhos que gostamos de andar sempre dobrados na expectativa que dai venha alguma vantagem; porque os políticos são todos maus e corruptos mas sempre vão dando um jeitinho para arranjar um emprego a mulher, aos filhos etc; porque não temos noção do estado e do bem público. No fundo temos graves deficiências de carácter e honra cívicos e pior, gostamos disso.

Se não fosse verdade Medina Carreira não se tinha transformado num personagem pitoresco e Manuela Ferreira Leite não tinha tido a derrota que teve.

Estão com medo da forca. Então não ponham a corda ao pescoço!!!!

A beira do fim

2010/04/28

Do mesmo ninho.

O mal não é haver privilégios injustificados. O verdadeiro mal é não serem para todos ( os deles obviamente).

Os desgraçados dos trabalhadores do sector privado, que ganham mal, pagam impostos brutais e ainda andam com medo de perder o emprego não interessam.

Que os trabalhadores do metro, empresa que dá prejuízo pago pelos contribuintes tenham um estatuto e uma carreira cheia de benesses não faz mal. Porque?

Porque o Mexia ganha mais.

E eu. Eu e o restante sector privado trabalhamos para sustentar esta gente toda.
A nossa principal crise não financeira. É de carácter e de vergonha na cara.

Este deve ter sido um que andou a comemorar o 25 de Abril e as grandes conquistas do PC pela democracia.

Se a revolução que andaram a comemorar tivesse seguido o caminho que estes “amantes e lutadores” da “liberdade” queriam hoje este senhor seria com certeza um dirigente do regime.

“porque querem os patetas impedir os contramanifestantes de realizarem as suas legítimas acções? Que entendimento de “democracia” é o desta gente? Porque é que a democracia (seja lá o que isso for) não pode, e eu julgo mesmo que DEVE!, despoletar, enquadrar e estimular uma violência que tenho de considerar, essa sim, verdadeiramente livre e espontânea??”

2010/04/24

Datas

O que está mais proximo da realidade Histórica: isto ou isto.

Pequenas coisas


Em Portugal, mesmo as explicações mais simples nem ao fim de 36 anos conseguem ser apreendidas.

A propósito do senhor que foi à comissão de inquérito.

Direito ao silêncio: Direito que um determinado cidadão, constituído arguido, tem de não falar sobre a matéria objecto do seu processo ou outro que o possa incriminar, sem que seja objecto de qualquer sanção e sem que o seu silencio possa ser valorado negativamente ou contra os interesses da sua defesa.

Este princípio é fundamental num estado de direito. Então porque continuar a abandalhar princípios fundamentais?

O dito senhor é arguido no processo Tagus Park/Luís Figo.

A comissão de inquérito é sobre o negocio PT /TVI e para saber (confirmar obviamente) se o Sr. PM mentiu ao Parlamento.

Aqui chegados, o dito senhor podia:

- Dizer que no seu entendimento o processo em que é arguido tem ou pode ter ligações com o negocio PT/ TVI e com as declarações do Sr. PM. – Não o fez.

- Podia dizer que respondia a todas as questões da comissão que não tivessem nada a ver com o processo em que é arguido ou sobre as quais pudesse haver duvidas. – Não o fez.

Não fez nada disto. Disse que não respondia às perguntas da comissão, sem saber sequer que perguntas eram, porque era arguido num processo que, tanto quanto é do conhecimento público não tem nada a ver com o objecto da comissão. E se tem ele não disse.

O dito senhor tem obviamente direitos mas também tem deveres. Um deles é respeitar o Parlamento.

Portanto parem de andar com a Liberdade na boca, e a fazer proclamações de princípios quando na prática estão a tolerar a subversão desses mesmos direitos. O direito ao silêncio é demasiado importante para ser mal tratado.

PS: Ainda que seja uma questão lateral fica aqui o apontamento. Gostaria de ver os arautos do direito ao silêncio, interpretado de forma tão extensiva, sentados com o cu no banco dos réus e uma testemunha, sem mais, invocar com base nas mesmas teorias o direito ao silêncio. Se dependesse do depoimento dessa testemunha a sua absolvição gostaria de ver a reacção dos defensores de tal interpretação do direito ao silêncio.
Já não era a mesma pois não?

Pois!!!!!

A qualidade do PS

e continua

e ainda

2010/04/23

Com calma mas com medo


Não conheço o acórdão da Relação de Lisboa que absolveu Domingos Névoa.

Vou aguardar que esteja disponível para ver quais foram os fundamentos invocados.

Espero que seja muito bem fundamentado e principalmente que sejam factos e não Direito o motivo preponderante para a absolvição.

É que, se as razões fundamentais forem de direito ninguém pode ter dúvidas que a corrupção política em Portugal não estando legalizada também não tem nenhum quadro punitivo efectivo.

Na prática o que o acórdão pode fazer é muito mais que absolver Domingos Névoa.

É criar um manual de instruções para corruptores e políticos corruptos actuarem com total impunidade.

Cuidado que já não estamos a falar de trocos nem de favores mas do normal e essencial funcionamento de um estado de Direito.

2010/04/22

Era agarra-los por um braço…………..


Diz o senhor secretário de estado da saúde que:

“Lisboa, 19 abr (Lusa) - O Governo vai fazer uma "reflexão profunda" sobre o modelo de gestão empresarial dos hospitais, disse hoje, em declarações à Lusa, o secretário de Estado da Saúde, comentando os resultados negativos destas unidades.

"Temos de fazer uma reflexão profunda sobre a autonomia e o desempenho dos hospitais, porque os dados parecem indicar que o modelo de gestão não está a ser bem aplicado, uma vez que há desempenhos distintos para hospitais com perfil semelhante", disse o secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, à Lusa.

Esta reflexão, acrescentou, "leva a avançar rapidamente com a avaliação dos Conselhos de Administração dos Hospitais" e com outras medidas, mas, vincou, "o modelo EPE (Entidade Pública Empresarial) não está em causa".

Noticia do Diario as beiras de ontem 21 de Abril:

Jot Alves - O antigO subdirector da região Centro do Instituo Português da Juventude (IPJ), António João Paredes, foi convidado para a administração do Hospital Distrital de Ovar. “É uma experiencia nova. Trabalhar na área da saúde, ao nível de um hospital, é totalmente diferente do que trabalhar no gabinete do secretário de Estado.


Nota : É exactamente por ser totalmente diferente e uma experiencia nova ( não sabe o que vai fazer), o que acresce a sua falta de competências na área que o Sr. não deveria ter sido convidado e, no caso de existir um incompetente que lhe tivesse dirigido o convite, o Sr. politico, em nome de princípios básicos não deveria ter aceite. Já ouviu a expressão “com a saúde não se brinca”


( continua)Vai ser um processo de enriquecimento. Espero cumprir com competência as minhas novas funções e não desiludir quem me convidou para o cargo”, declara ao DIÁRIO AS BEIRAS. O convite transitou do anterior elenco do Governo de José Sócrates. De resto, António João Paredes foi, no anterior executivo, adjunto do secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.

Nota: Adjunto do Secretário de estado em regra é uma função inexistente. Sucessivas nomeações em Diario da Républica, bem pagas, para que os ditos se dediquem não as funções mas à política partidária.


(Continua)O novo administrador do conselho de administração do Hospital de Ovar entra em funções amanhã. Quadro do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, 45 anos, natural da Figueira da Foz, é licenciado em Ciências Sociais, com a especialidade em Sociologia do Risco. é ainda presidente da Associação Goltz de Carvalho. Com uma intensa actividade política, cumpre o segundo mandato como presidente da Concelhia da Figueira do PS e é candidato ao terceiro. “Este convite nada tem a ver com questões político-partidárias”, afiança.

A vontade que dá é agarrar o secretário de estado da saúde por um braço, senta-lo numa cadeira, colocar o Diário as Beiras à sua frente e perguntar:

- Exa., a gestão hospitalar é muito complexa. Carece de muitos conhecimentos de gestão e larga experiencia. Só com profissionais muito capazes podemos ajuizar a validade dos modelos de gestão. Assim sendo, e lendo o Diário as beiras, diga-me, Exa. qual foi parte da explicação que V. Exa. não percebeu?

P.S. – ainda no D. as Beiras. A cereja: “Círculos do seu partido conjecturam que a ida para Ovar poderá levá-lo a desistir da corrida eleitoral interna, mas António João Paredes deixa claro que não mistura a política com o trabalho, recusando- se portanto a comentar o assunto.”
Alguém consegue arranjar alguma explicação minimamente inteligente para o seguinte:

Como é que um quadro do SEF,licenciado em Ciencias Sociais, sub director do IPJ de coimbra,intença actividade politica, presidente da concelhia do PS, chega a administrador Hospitalar sem misturar trabalho com politica? Por ventura prestou provas? Tem currículo?

E conseguem dizer estas merdas todas sem se rirem nem sentirem vergonha.

Depois gritem que a saúde está uma porcaria, que o PSD quer privatizar e outros demónios. Se nestas situações é comer e calar nas que vierem vai ser a mesma coisa.

Eleições em Quiaios

O PSD ganhou as eleições.

Em termos de composição do executivo e da Assembleia de Freguesia parece que o “problema” “técnico” continua a existir.

Espero que as interpretações muito originais dos resultados do último acto eleitoral não se voltem a repetir.

O PS e a CDU viram referendadas as suas teorias e interpretações do último acto eleitoral. Perderam.

A população de Quiaios clarificou a sua posição.

Parabéns ao movimento Figueira 100%

Que estas eleições sirvam de exemplo aos senhores que mandam nos partidos. Compra de votos, trocas de favores e manigâncias do género é nas eleições internas.

2010/04/21

Acção reacção

Esta é a forma de fazer política na Figueira e um pouco por todo o Portugal.

Quem está no poder age, quem está na oposição reage.

Esta mentalidade só é superada, com largas doses de abstracção e demagogia, em campanha eleitoral.

Nessas alturas todos têm as soluções.

O Sr. Vereador António Tavares em declarações ao Diario as Beiras de ontem demonstrou esta forma de fazer politica.

Reagiu, enquanto vereador da oposição, às propostas do PSD, aceitou e defendeu o programa eleitoral do PS e agora enquanto vereador do partido que ganhou chama solenemente à atenção para “De resto, o vereador António Tavares alerta para a “grande gravidade financeira que atinge as autarquias do concelho, incluindo a câmara”. O autarca acrescenta que “as pessoas ainda não tomaram consciência da verdadeira dimensão do problema, que é muito grave”.”

Mas quais pessoas? Ninguém tinha ilusões. Não foi ele co autor de um livro sobre o estado da gestão da Câmara?

Agora que é chamado a agir comporta-se como um corredor que fez grande parte da corrida atrás do adversário, de cabeça baixa para se proteger do vento e que, quando chega à liderança da corrida fica perdido com o trajecto e surpreendido com o local em que se encontra.

Afirmações como:
Tavares sublinha ainda que “algumas juntas vivem acima das suas possibilidades”.

Com excepção de alguns casos de más opções, a generalidade das juntas sempre viveu acima das suas possibilidades.

Viveram e vivem por duas razões simples: a primeira é que a única verba garantida para as juntas, ( via AO - fundo das freguesias) é ridícula. A generalidade das juntas de freguesia tem cerca de 30.000,00 euros anuais para pagarem todas as suas despesas, salários incluídos.

A segunda é que as restantes verbas dependem, na generalidade da câmara. Muitas destas juntas assumiram compromissos, contratualizados com a câmara, que hoje não tem dinheiro para os honrar.

Na prática não foram as freguesias que viveram acima das suas possibilidades, pela simples razão de que não podem, mas a câmara que não tem capacidade para honrar os seus compromissos.

Mas a cereja é:
“Por seu turno, a “grande vulnerabilidade financeira da câmara” obriga-a a dar prioridade à solução do seu próprio problema, “cortando na medida do possível”.

O Sr. Vereador não percebe que para que a câmara possa resolver os seus problemas financeiros sem agravar as dificuldades do concelho precisa das Juntas de Freguesia.

Precisa de promover uma reorganização administrativa e de competências e uma reafectação dos recursos que tem de ser feita pelas juntas de freguesia. Em parceria ou através de associações de freguesias.

A câmara precisa de se libertar de funções que podem ser melhor desempenhadas pelas freguesias, com menores custos para o cidadão e com maior eficiência e ganhos para a própria câmara.

Com estas afirmações do Sr, Vereador ficamos a pensar em receitas antigas. Adopção de medidas lesivas das freguesias, a promoção do imobiliário – e eles não andam por aí, já estão lá. -, cortes cegos e não obstante os cortes mantém a duplicação de serviços.

Os problemas da câmara tem solução mas não é com esta mentalidade.

2010/04/20

Porque não comemoro o 25 de Abril

A sociedade Portuguesa oscila entre o aí Jesus, se deus quiser tudo vai correr bem, é preciso ter esperança, para o aí Jesus como foi possível uma coisa destas.

A realidade está lá. Os factos também. Mas como diria ( ou é atribuído) a um ilustre senhor se a teoria não se adequa aos factos tanto pior para estes últimos.

A realidade é que a sociedade portuguesa sempre foi fraca. Nunca houve elites capazes de pensar o país.

Após a morte, primeiro politica e depois física de Salazar, podiam ter sido criadas condições para uma transição democrática.

Apenas uma minoria queria manter a Ditadura tal como ela era. Não sabiam viver de outra forma.

A maioria, tanto a que se encontrava no poder como a da oposição democrática, não a
queria.

Não sabiam, ao contrário dos espanhóis, era como sair dela. Foram incapazes.

A restante oposição, de extrema esquerda, queria uma outra ditadura. A sua.

Por mais que custe, a realidade é que a ditadura cai devido a uma guerra colonial inútil e a problemas de carreiras ( desde pequeninos que são assim) dentro das forças armadas e não por nenhum impulso libertador.

O golpe de estado acontece praticamente sem resistência porque os militares não estão a acabar com alguma coisa que a a maioria dos Portugueses quisesse.

A ditadura era Salazar. Após o seu desaparecimento a sua razão de ser desapareceu.

Este facto é ainda mais sintomático quando nos apercebemos que repetidamente se ignora – de forma propositada – que Salazar já tinha desaparecido 6 anos antes e que antes da revolução houve um golpe de Estado.

Tudo se passa como se tivessem derrubado Salazar e feito uma revolução.
Relativizam, porque dá jeito, que tivemos um conselho da revolução até 1982.
Feitas as contas andamos 14 anos, com um país cheio de democratas competentes e inteligentes sem saber o que fazer com o poder que tinham.

Gente que ainda hoje não tem noção de estado e de país. Ou melhor tem mas retorcida. Acham que Portugal é um enorme supermercado onde eles, famílias e amigos, se haviam à grande e á Francesa, língua e cultura que dominam dos magníficos “exílios” dourados que tiveram.

Tínhamos uma situação económica e de administração do estado que teria permitido um crescimento sustentado e desafogado.

Fizeram saneamentos ( tão democratas que eles são) gastaram o dinheiro que havia,

Fizeram uma “descolonização exemplar”.

Reforma agrária e nacionalizações.

Foram de gatas bater às portas do FMI, pelo menos duas vezes, e de cócoras para a CEE.

Como já afirmou por mais que uma vez Medina Carreira eles sabiam bem o que fazer. Não havia coragem política. Tinham de esperar que os senhores do FMI chegassem à Portela para tomarem medidas e transferir o odioso das mesmas para esses senhores.

O conselho da revolução só desaparece em 1982, 8 anos depois do 25 de Abril.

Morrem ou são assassinados, o Primeiro Ministro e o Ministro da Defesa e nada se descobre.

As FPs mais ou menos.

Negociamos a entrada na CEE, com a desculpa da instabilidade política e ainda na cabeça de alguns de uma guerra civil, mas com o peso real da nossa incapacidade económica.

Damos início a um “estado”mais corporativo do que aquele que tínhamos com a constituição de 33. O estado corporativo é substituído pelas corporações e grupos de interesses. Partidos políticos, sindicatos e associações empresariais. Sem noção de estado nem de função apenas à procura da fatia do bolo que achavam sua por direito.

Em 1986 já iniciamos o processo de privatização mas apenas das nacionalizações indirectas.

Entramos na CEE sem uma única instituição do estado capaz de administrar e fiscalizar fundos europeus. É dado início ao banquete e ao regabofe dos subsídios.
Esta incapacidade destruiu as pescas a agricultura e a indústria. Encheu os bolsos de pseudo formadores e de Chicos espertos.

Apenas em 1989 são aprovadas as leis das privatizações. Mesmo que se admita que houve favorecimento em determinados processos de privatização a realidade económica mostra uma outra vertente. As privatizações levaram muito do capital disponível no sector privado para estimular a economia.

Não tínhamos e não temos ainda uma única instituição capaz de administrar um fundo europeu de forma decente.

Foram a procura de dinheiro fácil, legislaram em causa própria foram atribuindo privilégios e sinecuras em causa própria e engordam o estado. Tudo a contar que os que viessem a seguir pagassem a conta.

Temos hoje um país subsídio dependente e um sector privado incapaz de gerar receitas para pagar as nossas dívidas.

A custa dos famosos direitos adquiridos e das conquistas de Abril temos um estado que dificilmente terá reforma.

Foi isto que aqueles que nasceram depois do 25 de Abril receberam de herança.
Respeito muito a memória e as vivencias passadas. Não gosto de ditaduras nem branqueio o estado novo.

Da mesma forma e por uma questão de dignidade e respeito próprio não branqueio estes 36 anos de democracia.

Um povo que nega a história, branqueia e não tem a coragem de a olhar tal como ela se passou, não compreende o presente e muito menos terá capacidade de governar o seu futuro.

Julgo, que o mínimo que estas gerações merecem é o reconhecimento da situação difícil e do peso enorme que a situação do país tem nas suas vidas.

Querem que respeite as vossas memórias? Então respeitem o “meu” esforço nesta situação difícil.

Com ultimo quadro comunitário de apoio acabar em 2014 ( ou 2013) é preciso muita desfaçatez para me deixarem tanta divida depois de tantos milhões recebidos. Ainda se comportam como se me dessem o privilégio de lhes pagar as conquistas e a incompetência.

Eu o ingrato.

Quando eu ando a ver se mantenho o meu posto de trabalho, que obviamente posso perder a qualquer momento, estou sufocado com impostos, gramo com gente a reclamar que quer mais e mais e mais.

Quando os trabalhadores do sector privado estão no estado que se conhece os senhores do sindicato da educação cravam mais 400 milhões no orçamento para estes pagarem. No fim vão beber umas imperiais para comemorar o dever cumprido.

Ainda gozam com a minha cara quando eu “lhes” pago o salário de professores, as progressões automáticas, sem que os mesmos desempenhem qualquer função para as quais foram contratados, e digo que não pode ser assim.

Eu o ingrato que não percebo nada das conquistas de Abril e de direitos adquiridos.

Eu o ingrato que nem, ao contrário de uma herança, posso repudiar tal privilégio.

Se sentirem indispostos vão uma clínica privada, tem ADSE, que eu ajudarei obviamente a pagar.

Eu, se me doer alguma coisa vou para uma fila do hospital. Tudo em Nome do Serviço nacional de saúde. È óptimo e deve ser mantido, mas só para mim. Eles são de uma casta diferente. São a magnífica geração de Abril.

Os que acham que eu sou dos ultras não podem estar mais enganados. Detesto os extremos. Mas todos. Não vou com os de direita mas também não me vou passear com os de esquerda no domingo.

Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.

2010/04/17

O Estado e o estado em que estamos? ( 4 )

palavras para quê????


( DN de sexta feira. clicar para aumentar )

O que pensa o deputado Pureza disto?

carta a Louça




( o texto publicado no DN de sexta feira. clicar para aumentar.)

2010/04/16

Comemorações


Durante o ano comemoramos o Natal, a Pascoa, os Santos etc.

Comemoramos também festas de carácter menos religioso.

Temos os feriados nacionais e os feriados municipais.

Sabemos que é Natal porque passa o “sozinho em casa”, na Pascoa a “Paixão de Cristo”, as festas e os feriados porque as ruas estão enfeitadas, temos as rumarias e os discursos.

Sabemos que é Abril porque já não se lê outra coisa que não seja a apologia da luta pela liberdade levada a cabo pelos comunistas contra a ditadura do Estado Novo.

Caros comunistas

Se já irrita ver o sozinho em casa todos os anos, um homenzinho que todos os anos em Dezembro insiste em ter 10 anos, também já não é fácil ler a vossa luta pela “liberdade”

Os comunistas antes do 25 de Abril de 74 ( digo antes para não ser injusto com alguns no após 74) nunca lutaram pela liberdade.

Lutaram contra a Ditadura do Estado Novo e por um ideal em que acreditavam.

O que acontece é que esse ideal não era mais do que uma ditadura, Marxista/leninista/Estalinista que na prática era muito mais opressiva e violenta que qualquer estado novo.

Não são os detractores do comunismo que o diz. É a história. A mesma que o marxismo tanto gosta (va ).

Não existe na história do comunismo um único exemplo de um sistema democrático comunista. Não existe nem nunca existiu um único país que seguisse o ideal comunista e fosse uma democracia.

O comunismo só foi “viável” impondo-se como ditadura.

Na década de 50 ou 60 do século passado era admissível que houvesse quem acreditasse nessa fantasia. Em pleno século XXI é branquear a história.

Se querem ser respeitados, politicamente entenda-se, parem de tratar os outros como tontos.

The Next Global Problem: Portugal

………….At some point financial markets will simply refuse to finance this Ponzi game………………………………………………………

2010/04/15

Combate à corrupção



Se este senhor tivesse ficado encarregue de criar as condições para a aplicação da Lei Seca e dos meios de combate ao contrabando de bebidas alcoólicas qual teria sido o resultado final?

Não é difícil perceber a dificuldade do combate à corrupção em Portugal pois não?

2010/04/13

O que nasce torto dificilmente se endireita

A propósito deste post da Outra margem deixo este artigo do professor João Duque.


(Clicar para aumentar)

Ontem no Diario as Beiras

"Assembleia cria azedume na “laranja”
Os regulaMentOs, taxas e tabelas municipais foram aprovados pela Assembleia Municipal (AM), que se reuniu na semana passada. O regulamento para atribuição de apoios financeiros às colectividades foi dos pontos que mais debate suscitou.

O PSD absteve-se, como fizera com o regulamento de taxas municipais. Só que neste último ponto os vereadores do partido haviam votado a favor. Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, o líder do grupo na assembleia e da concelhia, Lídio Lopes, antecipava um cenário de dissonância, justificando que se tratava de dois órgãos autárquicos distintos.

Miguel Almeida não participou na reunião preparatória da AM realizada pela Concelhia do PSD, e não terá gostado da falta de sintonia entre os eleitos dos dois órgãos autárquicos: “telefonei-lhe (a Lídio Lopes) para lhe dar nota de como iríamos votar na câmara, e não recebi nenhum sinal
de que deveríamos votar noutro sentido…”, afirma.
J.a. "

2010/04/07

Comemorar o óbvio



A generalidade dos municípios portugueses, fruto da incapacidade ( para ser simpático) de quem os governa e governou e dos partidos políticos que suportaram essas maiorias estão num estado lastimável.

O município da Figueira não é, infelizmente, nenhuma excepção.

“A verdade é que se nota que a cidade está mais cuidada. Era o mínimo que se podia pedir a uma Câmara falida.”
O mínimo??? Não leve a mal mas não é minimamente aceitável o que se passa e o que se passou nos últimos 20 anos.

Uma câmara municipal tem funções e atribuições próprias e, uma missão a desempenhar na administração de um conselho. Não se pode confundir estas competências com a incapacidade e os interesses dos partidos que as governam e governaram.

- Reorganização administrativa dos serviços da câmara,

- Descentralização administrativa de muitos desses serviços,

- Apoio e reforço da capacidade administrativa das juntas de freguesia,

- Apoio a projectos que sirvam mais que uma Freguesia,

- Estabelecer objectivos para as empresas municipais e escrutinar o seu cumprimento,

- Estabelecer critérios de promoção e desenvolvimento económico que tenham em conta todas as freguesias,

- Estabelecer um programa de desenvolvimento do conselho, no mínimo a dez anos, que acabe com o gasto inútil de dinheiro. ( basta ver quantas escolas foram recuperadas para depois fecharem por falta de alunos, falta aliás mais do que previsível),

- Definir claramente qual é a capacidade industrial, portuária, turística do concelho

- Encarar de uma vez por todas a realidade da sazonalidade do turismo de sol e praia e definir critérios de apoio a actividades que consigam suprir esse problema,

- Definir claramente qual o plano de urbanização da cidade e acabar com a cunha e o compadrio urbanístico que tem contribuído, a par da falta de emprego, para o abandono das freguesias,

Para fazer isto e muito mais não é preciso dinheiro ( ou não é nada que mesmo uma câmara falida não consiga). É preciso gente capaz e que tenha a noção da função de um município no desenvolvimento de um conselho. Isso meus caros não existe.

Pode haver gente com boa vontade mas não é de boa vontade que estamos carentes.

Já agora construam lá o diabo do coreto e ponham uma banda de música a tocar que o que faz falta é animar a malta. O Titanic até tinha violinos.

( não sei qual o sentido que a politica de choque e outra margem deram aos posts que colocaram. Podem estar a ser irónicos. Que fique claro que isto não é uma resposta a esses blogues. São apenas considerações sobre o assunto referido por estes)

2010/04/06

Em busca



Pelos vistos o Sr. Primeiro Ministro acha que o Publico desistiu da ambição de ser um Jornal de referência.

Convida o mesmo jornal a revisitar as décadas de 60 e 70 em busca de alguma história que possa fazer as manchetes deste jornal.


É um convite simpático.

Não duvido que o "piqueno" Sócrates já na altura fosse um personagem inteligentíssimo, interessantíssimo e outros issimos.

Mas já que estamos numa de revisitar o passado poderíamos pedir ao dito jornal que procurasse também políticos sérios, capazes, com noção de estado e de país.

Seria bom matar saudades, não seria.

Assim como olhar para coisas que não temos e sabemos que não vamos.

Ter o prazer de imaginar o que seria de nós enquanto país se ao menos tivéssemos um politico desse tipo durante 4 anos.

Tudo, obviamente, sem menosprezo pelas histórias do "piqueno" Sócrates.

Psicanálise



Todos temos tendência para sermos mais tolerantes com aqueles que nos são próximos do que, com outros com os quais nos relacionamos.

Podemos ser duros com um amigo ou familiar mas não gostamos de ouvir de outros aquilo que nós próprios já lhes dissemos.

Há um espaço de crítica que é só nosso. É balizado pela cumplicidade, amor, amizade e que assenta na compreensão de que ninguém é perfeito e na inabalável esperança de irmos evoluindo e nos tornando melhores.

Podemos cerrar fileiras contra um inimigo mesmo sabendo que a razão não está toda do nosso lado.

Mas, em determinado momento, temos de fazer opções. Não podemos estar sempre a desculpar, a compreender e a tolerar comportamentos que não são mais do que uma forma de vida.

Este raciocínio também se aplica às ideologias e as formas de governo.

Até 1974 tínhamos basicamente uma ditadura conservadora, de direita e uma oposição ( a mais significativa) comunista.

A primeira lutava por se manter no poder e a segunda lutava por alcança-lo. Nenhuma acreditava na democracia. Tinha-mos uma ditadura e uma aspirante a ditadura.

Eram outros tempos. O século XX foi um tempo conturbado. Tudo se fez e desfez.

Em pleno século XXI somos chamados a fazer opções. Com uma agravante. Este inicio de século tem semelhanças mais profundas com o inicio do século passado do que aquilo que se julga.

Teimar na ideia de que há ditaduras más e ditaduras boas é um erro. São todas más.

Não há terroristas bons e maus. Torcionários bons e torcionários maus.

Para quem é de direita lembro apenas que o mundo mudou. Já não existem territórios para descobrir e controlar. Estamos em pé de igualdade.

Para a esquerda, e principalmente a esquerda comunista, aconselho a leitura de muito do que foi escrito e dito por aqueles que queriam justificar a existência do estado novo. Ficariam espantados com a semelhança dos vossos discursos.

2010/04/04

O Estado e o estado em que estamos? ( 3 )

Via Marcha do Vapor - Jornal Campeão das Provincias.

Paredes provável administrador do hospital de Esterreja


Figueira da Foz: Hostes partidárias agitam-se perante eventual nomeação

hipotese 1 - Um país decente. A nomeação causa mau estar porque as " hostes" entendem que a utilização do estado para resolver problemas do partido não é digna nem honesta.

Hipotese 2 - O nosso país, dos cravos e do magnífico Abril.

"A estranheza” de vários camaradas resulta, designadamente, de ele ter feito uma crítica contundente ao desempenho do executivo camarário figueirense (de maioria socialista), indicaram fontes partidárias."
E ainda a cereja,

"Interpelado pelo “Campeão”, António Alves, antigo presidente da referida Concelhia, interpretou a eventual nomeação do camarada como tratando-se de uma oportunidade para ele desistir da pugna eleitoral."

Uma oportunidade? Estas são as verdadeiras novas oportunidades.

Não cheira a fim de regime. Fede.


O Estado e o estado em que estamos? ( 2 )



(Cem por Cento de Nicolau Santos. Expresso)

(para ler melhor clicar na imagem)

1ª - Porque razão os certificados de aforro continuam a ter este tipo de tratamento quando o estado Português paga mais caro o dinheiro que pede ao exterior do que pagaria pelo mesmo dinheiro via certificados de aforro? Porque razão é preferivel pagar juros ao exterior quando podiamos pagar ao cidadão nacional?

2ª - Porque razão continuamos a celebrar contratos com cláusulas de indemnização absurdas?

3ª - O que leva um grupo ligado à construção ( além dos príncipios fundamentais do Estado de direito democrático?!?! - liberdade de propriedade e iniciativa privada)a investir num Jornal de nivel nacional, na altura em que o fez? Será que este grupo tinha dados diferentes relativos ao crescimento do sector da construção, da publicidade, da compra de jornais que lhe permitisse esperar outro resultado final? será só má gestão? HUMMMMMMM...............

2010/04/03

À Luz.


Via Quinto Poder :Um orgão da comunicação social, neste caso uma rádio local privada cá do Concelho (sublinho privada...) não poderá, à luz dos bons princípio de um Estado de direito democrático, convidar quem muito bem entender, segundo os seus próprios critérios jornalisticos, para integrar um painel de comentadores de um programa de debate político? Era o que faltava, que não pudesse. Aparentemente, faltava, mas não falta, a algumas almas mais sensíveis.

Partindo do principio que a atribuição de licenças de rádio não tem nenhum critério que deva ser observado nestas situações a resposta é, obviamente, sim. Podem convidar quem quiserem.

Acho aliás, que este tipo de programas e outros, onde se discuta a vida do concelho são importantes. Não tenho nada contra os senhores que foram convidados. Participam na vida política do concelho e, por isso, espera-se (infelizmente em alguns casos desespera-se) que tenham alguma coisa a dizer que ajude a compreender as decisões e os mecanismos de decisão na nossa autarquia.

À luz dos bons princípios de um Estado de direito democrático! Qual? O nosso, regimes comparados ou os que vêem nos manuais de direito constitucional e ciência politica?

Parto do principio que seja o “nosso”( cada vez menos o meu) regime democrático.

O nosso regime democrático foi, e é, cada vez mais um regime formal que vai sendo preenchido por interesses e conveniências.

Esta decadência acompanha os principais sectores da vida pública a começar pela política. As restantes, por arrasto ou vocação, seguem-lhe o caminho. Em todo o caso a comunicação é fundamental e continua a existir. Pode vir do Jornalismo, ser panfletária, etc.

Hoje, numa sociedade em que tudo é consumo com prazos de validade e de memória muito curtos, aparecer numa televisão, participar num programa de rádio ou escrever num jornal é fundamental para fazer passar a mensagem do interessado. Interessado não quer dizer, necessariamente, interesseiro.

Se juntarmos a tudo isto a decadência da informação, dos órgãos de informação e da própria profissão temos os ingredientes necessários para criar cada vez mais dificuldades de compreensão da realidade aos destinatários e consumidores dessa mesma informação.

Por isso, à luz dos bons princípios do estado de direito democrático convidem quem quiserem para rádios, televisões e jornais. Mas, a luz dos mesmos princípios esclareçam quais são os critérios editoriais, quem são os proprietários dos órgãos de comunicação social, relatório e contas e a lista das receitas de publicidade e respectivos valores que recebem ao longo de cada ano.

Tudo isto a luz dos bons princípios do estado de Direito democrático que não são uma estrada de sentido único, são vias de dois sentidos, por vezes com dificuldade de circulação mas, e talvez pelo facto de, mesmo assim, terem bom piso premirem a condutores mais temerosos e dotados de melhores veículos acharem que estrada é toda deles e que podem ultrapassar pela esquerda e pela direita, estacionar em segunda fila, conduzirem com os máximos ligados para que os outros não veja essa mesma estrada, muitas vezes fazerem percursos lado a lado, com outros dotados das mesmas capacidades e habilidades, impedindo que outros os possam ultrapassar e atirando os que lhe aparecem ( fazem ) pela frente pela estrada fora.

Nota: Faço referência ao post do Quinto Poder porque achei que colocou a questão de um ponto de vista interessante. Este post não é, nem deve ser entendido como um resposta a esse mesmo post.
Volto a referir que nada tenho contra quem foi convidado para o programa nem contra a estação de rádio.
Faço estas advertências para que não fiquem dúvidas que o meu interesse é no assunto e não devido a qualquer questão que tenha com os visados.

2010/04/02

O Estado e o estado em que estamos? ( 1 )

Cresceram e multiplicaram-se.




( para ler melhor clicar nas imagens)

O Estado e o estado em que estamos!



No momento em que o poder politico ( Governo, oposição, autarquias, etc) disser que tem capacidade para resolver os nossos problemas assume, irremediavelmente, a sua ignorância, má fé e a incapacidade para entender o estado em que estamos.

Logo, não é parte da solução mas sim parte do problema .