A sociedade Portuguesa oscila entre o aí Jesus, se deus quiser tudo vai correr bem, é preciso ter esperança, para o aí Jesus como foi possível uma coisa destas.
A realidade está lá. Os factos também. Mas como diria ( ou é atribuído) a um ilustre senhor se a teoria não se adequa aos factos tanto pior para estes últimos.
A realidade é que a sociedade portuguesa sempre foi fraca. Nunca houve elites capazes de pensar o país.
Após a morte, primeiro politica e depois física de Salazar, podiam ter sido criadas condições para uma transição democrática.
Apenas uma minoria queria manter a Ditadura tal como ela era. Não sabiam viver de outra forma.
A maioria, tanto a que se encontrava no poder como a da oposição democrática, não a
queria.
Não sabiam, ao contrário dos espanhóis, era como sair dela. Foram incapazes.
A restante oposição, de extrema esquerda, queria uma outra ditadura. A sua.
Por mais que custe, a realidade é que a ditadura cai devido a uma guerra colonial inútil e a problemas de carreiras ( desde pequeninos que são assim) dentro das forças armadas e não por nenhum impulso libertador.
O golpe de estado acontece praticamente sem resistência porque os militares não estão a acabar com alguma coisa que a a maioria dos Portugueses quisesse.
A ditadura era Salazar. Após o seu desaparecimento a sua razão de ser desapareceu.
Este facto é ainda mais sintomático quando nos apercebemos que repetidamente se ignora – de forma propositada – que Salazar já tinha desaparecido 6 anos antes e que antes da revolução houve um golpe de Estado.
Tudo se passa como se tivessem derrubado Salazar e feito uma revolução.
Relativizam, porque dá jeito, que tivemos um conselho da revolução até 1982.
Feitas as contas andamos 14 anos, com um país cheio de democratas competentes e inteligentes sem saber o que fazer com o poder que tinham.
Gente que ainda hoje não tem noção de estado e de país. Ou melhor tem mas retorcida. Acham que Portugal é um enorme supermercado onde eles, famílias e amigos, se haviam à grande e á Francesa, língua e cultura que dominam dos magníficos “exílios” dourados que tiveram.
Tínhamos uma situação económica e de administração do estado que teria permitido um crescimento sustentado e desafogado.
Fizeram saneamentos ( tão democratas que eles são) gastaram o dinheiro que havia,
Fizeram uma “descolonização exemplar”.
Reforma agrária e nacionalizações.
Foram de gatas bater às portas do FMI, pelo menos duas vezes, e de cócoras para a CEE.
Como já afirmou por mais que uma vez Medina Carreira eles sabiam bem o que fazer. Não havia coragem política. Tinham de esperar que os senhores do FMI chegassem à Portela para tomarem medidas e transferir o odioso das mesmas para esses senhores.
O conselho da revolução só desaparece em 1982, 8 anos depois do 25 de Abril.
Morrem ou são assassinados, o Primeiro Ministro e o Ministro da Defesa e nada se descobre.
As FPs mais ou menos.
Negociamos a entrada na CEE, com a desculpa da instabilidade política e ainda na cabeça de alguns de uma guerra civil, mas com o peso real da nossa incapacidade económica.
Damos início a um “estado”mais corporativo do que aquele que tínhamos com a constituição de 33. O estado corporativo é substituído pelas corporações e grupos de interesses. Partidos políticos, sindicatos e associações empresariais. Sem noção de estado nem de função apenas à procura da fatia do bolo que achavam sua por direito.
Em 1986 já iniciamos o processo de privatização mas apenas das nacionalizações indirectas.
Entramos na CEE sem uma única instituição do estado capaz de administrar e fiscalizar fundos europeus. É dado início ao banquete e ao regabofe dos subsídios.
Esta incapacidade destruiu as pescas a agricultura e a indústria. Encheu os bolsos de pseudo formadores e de Chicos espertos.
Apenas em 1989 são aprovadas as leis das privatizações. Mesmo que se admita que houve favorecimento em determinados processos de privatização a realidade económica mostra uma outra vertente. As privatizações levaram muito do capital disponível no sector privado para estimular a economia.
Não tínhamos e não temos ainda uma única instituição capaz de administrar um fundo europeu de forma decente.
Foram a procura de dinheiro fácil, legislaram em causa própria foram atribuindo privilégios e sinecuras em causa própria e engordam o estado. Tudo a contar que os que viessem a seguir pagassem a conta.
Temos hoje um país subsídio dependente e um sector privado incapaz de gerar receitas para pagar as nossas dívidas.
A custa dos famosos direitos adquiridos e das conquistas de Abril temos um estado que dificilmente terá reforma.
Foi isto que aqueles que nasceram depois do 25 de Abril receberam de herança.
Respeito muito a memória e as vivencias passadas. Não gosto de ditaduras nem branqueio o estado novo.
Da mesma forma e por uma questão de dignidade e respeito próprio não branqueio estes 36 anos de democracia.
Um povo que nega a história, branqueia e não tem a coragem de a olhar tal como ela se passou, não compreende o presente e muito menos terá capacidade de governar o seu futuro.
Julgo, que o mínimo que estas gerações merecem é o reconhecimento da situação difícil e do peso enorme que a situação do país tem nas suas vidas.
Querem que respeite as vossas memórias? Então respeitem o “meu” esforço nesta situação difícil.
Com ultimo quadro comunitário de apoio acabar em 2014 ( ou 2013) é preciso muita desfaçatez para me deixarem tanta divida depois de tantos milhões recebidos. Ainda se comportam como se me dessem o privilégio de lhes pagar as conquistas e a incompetência.
Eu o ingrato.
Quando eu ando a ver se mantenho o meu posto de trabalho, que obviamente posso perder a qualquer momento, estou sufocado com impostos, gramo com gente a reclamar que quer mais e mais e mais.
Quando os trabalhadores do sector privado estão no estado que se conhece os senhores do sindicato da educação cravam mais 400 milhões no orçamento para estes pagarem. No fim vão beber umas imperiais para comemorar o dever cumprido.
Ainda gozam com a minha cara quando eu “lhes” pago o salário de professores, as progressões automáticas, sem que os mesmos desempenhem qualquer função para as quais foram contratados, e digo que não pode ser assim.
Eu o ingrato que não percebo nada das conquistas de Abril e de direitos adquiridos.
Eu o ingrato que nem, ao contrário de uma herança, posso repudiar tal privilégio.
Se sentirem indispostos vão uma clínica privada, tem ADSE, que eu ajudarei obviamente a pagar.
Eu, se me doer alguma coisa vou para uma fila do hospital. Tudo em Nome do Serviço nacional de saúde. È óptimo e deve ser mantido, mas só para mim. Eles são de uma casta diferente. São a magnífica geração de Abril.
Os que acham que eu sou dos ultras não podem estar mais enganados. Detesto os extremos. Mas todos. Não vou com os de direita mas também não me vou passear com os de esquerda no domingo.
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.
A realidade está lá. Os factos também. Mas como diria ( ou é atribuído) a um ilustre senhor se a teoria não se adequa aos factos tanto pior para estes últimos.
A realidade é que a sociedade portuguesa sempre foi fraca. Nunca houve elites capazes de pensar o país.
Após a morte, primeiro politica e depois física de Salazar, podiam ter sido criadas condições para uma transição democrática.
Apenas uma minoria queria manter a Ditadura tal como ela era. Não sabiam viver de outra forma.
A maioria, tanto a que se encontrava no poder como a da oposição democrática, não a
queria.
Não sabiam, ao contrário dos espanhóis, era como sair dela. Foram incapazes.
A restante oposição, de extrema esquerda, queria uma outra ditadura. A sua.
Por mais que custe, a realidade é que a ditadura cai devido a uma guerra colonial inútil e a problemas de carreiras ( desde pequeninos que são assim) dentro das forças armadas e não por nenhum impulso libertador.
O golpe de estado acontece praticamente sem resistência porque os militares não estão a acabar com alguma coisa que a a maioria dos Portugueses quisesse.
A ditadura era Salazar. Após o seu desaparecimento a sua razão de ser desapareceu.
Este facto é ainda mais sintomático quando nos apercebemos que repetidamente se ignora – de forma propositada – que Salazar já tinha desaparecido 6 anos antes e que antes da revolução houve um golpe de Estado.
Tudo se passa como se tivessem derrubado Salazar e feito uma revolução.
Relativizam, porque dá jeito, que tivemos um conselho da revolução até 1982.
Feitas as contas andamos 14 anos, com um país cheio de democratas competentes e inteligentes sem saber o que fazer com o poder que tinham.
Gente que ainda hoje não tem noção de estado e de país. Ou melhor tem mas retorcida. Acham que Portugal é um enorme supermercado onde eles, famílias e amigos, se haviam à grande e á Francesa, língua e cultura que dominam dos magníficos “exílios” dourados que tiveram.
Tínhamos uma situação económica e de administração do estado que teria permitido um crescimento sustentado e desafogado.
Fizeram saneamentos ( tão democratas que eles são) gastaram o dinheiro que havia,
Fizeram uma “descolonização exemplar”.
Reforma agrária e nacionalizações.
Foram de gatas bater às portas do FMI, pelo menos duas vezes, e de cócoras para a CEE.
Como já afirmou por mais que uma vez Medina Carreira eles sabiam bem o que fazer. Não havia coragem política. Tinham de esperar que os senhores do FMI chegassem à Portela para tomarem medidas e transferir o odioso das mesmas para esses senhores.
O conselho da revolução só desaparece em 1982, 8 anos depois do 25 de Abril.
Morrem ou são assassinados, o Primeiro Ministro e o Ministro da Defesa e nada se descobre.
As FPs mais ou menos.
Negociamos a entrada na CEE, com a desculpa da instabilidade política e ainda na cabeça de alguns de uma guerra civil, mas com o peso real da nossa incapacidade económica.
Damos início a um “estado”mais corporativo do que aquele que tínhamos com a constituição de 33. O estado corporativo é substituído pelas corporações e grupos de interesses. Partidos políticos, sindicatos e associações empresariais. Sem noção de estado nem de função apenas à procura da fatia do bolo que achavam sua por direito.
Em 1986 já iniciamos o processo de privatização mas apenas das nacionalizações indirectas.
Entramos na CEE sem uma única instituição do estado capaz de administrar e fiscalizar fundos europeus. É dado início ao banquete e ao regabofe dos subsídios.
Esta incapacidade destruiu as pescas a agricultura e a indústria. Encheu os bolsos de pseudo formadores e de Chicos espertos.
Apenas em 1989 são aprovadas as leis das privatizações. Mesmo que se admita que houve favorecimento em determinados processos de privatização a realidade económica mostra uma outra vertente. As privatizações levaram muito do capital disponível no sector privado para estimular a economia.
Não tínhamos e não temos ainda uma única instituição capaz de administrar um fundo europeu de forma decente.
Foram a procura de dinheiro fácil, legislaram em causa própria foram atribuindo privilégios e sinecuras em causa própria e engordam o estado. Tudo a contar que os que viessem a seguir pagassem a conta.
Temos hoje um país subsídio dependente e um sector privado incapaz de gerar receitas para pagar as nossas dívidas.
A custa dos famosos direitos adquiridos e das conquistas de Abril temos um estado que dificilmente terá reforma.
Foi isto que aqueles que nasceram depois do 25 de Abril receberam de herança.
Respeito muito a memória e as vivencias passadas. Não gosto de ditaduras nem branqueio o estado novo.
Da mesma forma e por uma questão de dignidade e respeito próprio não branqueio estes 36 anos de democracia.
Um povo que nega a história, branqueia e não tem a coragem de a olhar tal como ela se passou, não compreende o presente e muito menos terá capacidade de governar o seu futuro.
Julgo, que o mínimo que estas gerações merecem é o reconhecimento da situação difícil e do peso enorme que a situação do país tem nas suas vidas.
Querem que respeite as vossas memórias? Então respeitem o “meu” esforço nesta situação difícil.
Com ultimo quadro comunitário de apoio acabar em 2014 ( ou 2013) é preciso muita desfaçatez para me deixarem tanta divida depois de tantos milhões recebidos. Ainda se comportam como se me dessem o privilégio de lhes pagar as conquistas e a incompetência.
Eu o ingrato.
Quando eu ando a ver se mantenho o meu posto de trabalho, que obviamente posso perder a qualquer momento, estou sufocado com impostos, gramo com gente a reclamar que quer mais e mais e mais.
Quando os trabalhadores do sector privado estão no estado que se conhece os senhores do sindicato da educação cravam mais 400 milhões no orçamento para estes pagarem. No fim vão beber umas imperiais para comemorar o dever cumprido.
Ainda gozam com a minha cara quando eu “lhes” pago o salário de professores, as progressões automáticas, sem que os mesmos desempenhem qualquer função para as quais foram contratados, e digo que não pode ser assim.
Eu o ingrato que não percebo nada das conquistas de Abril e de direitos adquiridos.
Eu o ingrato que nem, ao contrário de uma herança, posso repudiar tal privilégio.
Se sentirem indispostos vão uma clínica privada, tem ADSE, que eu ajudarei obviamente a pagar.
Eu, se me doer alguma coisa vou para uma fila do hospital. Tudo em Nome do Serviço nacional de saúde. È óptimo e deve ser mantido, mas só para mim. Eles são de uma casta diferente. São a magnífica geração de Abril.
Os que acham que eu sou dos ultras não podem estar mais enganados. Detesto os extremos. Mas todos. Não vou com os de direita mas também não me vou passear com os de esquerda no domingo.
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.
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