2010/04/07

Comemorar o óbvio



A generalidade dos municípios portugueses, fruto da incapacidade ( para ser simpático) de quem os governa e governou e dos partidos políticos que suportaram essas maiorias estão num estado lastimável.

O município da Figueira não é, infelizmente, nenhuma excepção.

“A verdade é que se nota que a cidade está mais cuidada. Era o mínimo que se podia pedir a uma Câmara falida.”
O mínimo??? Não leve a mal mas não é minimamente aceitável o que se passa e o que se passou nos últimos 20 anos.

Uma câmara municipal tem funções e atribuições próprias e, uma missão a desempenhar na administração de um conselho. Não se pode confundir estas competências com a incapacidade e os interesses dos partidos que as governam e governaram.

- Reorganização administrativa dos serviços da câmara,

- Descentralização administrativa de muitos desses serviços,

- Apoio e reforço da capacidade administrativa das juntas de freguesia,

- Apoio a projectos que sirvam mais que uma Freguesia,

- Estabelecer objectivos para as empresas municipais e escrutinar o seu cumprimento,

- Estabelecer critérios de promoção e desenvolvimento económico que tenham em conta todas as freguesias,

- Estabelecer um programa de desenvolvimento do conselho, no mínimo a dez anos, que acabe com o gasto inútil de dinheiro. ( basta ver quantas escolas foram recuperadas para depois fecharem por falta de alunos, falta aliás mais do que previsível),

- Definir claramente qual é a capacidade industrial, portuária, turística do concelho

- Encarar de uma vez por todas a realidade da sazonalidade do turismo de sol e praia e definir critérios de apoio a actividades que consigam suprir esse problema,

- Definir claramente qual o plano de urbanização da cidade e acabar com a cunha e o compadrio urbanístico que tem contribuído, a par da falta de emprego, para o abandono das freguesias,

Para fazer isto e muito mais não é preciso dinheiro ( ou não é nada que mesmo uma câmara falida não consiga). É preciso gente capaz e que tenha a noção da função de um município no desenvolvimento de um conselho. Isso meus caros não existe.

Pode haver gente com boa vontade mas não é de boa vontade que estamos carentes.

Já agora construam lá o diabo do coreto e ponham uma banda de música a tocar que o que faz falta é animar a malta. O Titanic até tinha violinos.

( não sei qual o sentido que a politica de choque e outra margem deram aos posts que colocaram. Podem estar a ser irónicos. Que fique claro que isto não é uma resposta a esses blogues. São apenas considerações sobre o assunto referido por estes)

1 comentário:

Antonio Jorge Pedrosa disse...

Naturalmente, concordo com a sua opinião! :-)