2009/11/30

Brigada do reumático


Foi como Brigada do Reumático que ficou conhecido o grupo de oficiais generais que em 1974 reuniram com Marcelo Caetano com o intuito de provar que tinham as ditas sob controlo.

Lembrei-me disto a propósito da ausência do Sr. Presidente da República na homenagem a Melo Antunes.


A actual brigada do reumático “informou” hoje:

"Não íamos fazer nada à audiência"
Membro da comissão promotora do colóquio, mas falando a título individual, Vasco Lourenço disse ao Expresso que o convite a Cavaco Silva foi feito não em Outubro mas "ainda antes das férias do Verão". Em resposta, a Presidência transmitiu que Cavaco Silva "não presidiria ao colóquio e que também não estava disponível para dar o seu alto patrocínio à homenagem".

Nestes termos, "quando o Chefe da Casa Civil nos convidou para a referida audiência, achámos que não valia a pena porque não íamos lá fazer nada". Vasco Lourenço afiança que "nunca nos foi dito que a audiência se destinava a analisar a forma do Presidente da República se envolver ou apoiar a homenagem".
A decisão de não comparecer à audiência com Cavaco Silva "foi pacífica" entre os vários membros da comissão executiva, composta por Fernando Melo Antunes (irmão do falecido ministro dos Negócios Estrangeiros), José Romano, Maria Inácia Rezola, Mário Mesquita e Vasco Lourenço.

Quanto ao facto de não poder presidir penso que a resposta já havia sido dada. No que diz respeito ao alto patrocínio, seja lá o que isso for, é sempre discutível.

O mais extraordinário é que o Sr. Presidente da República convidou estes senhores para uma audiência e eles pura e simplesmente acharam que não valia a pena.

Podemos gostar ou não do professor Cavaco Silva. Podemos não gostar das suas posições ideológicas mas que diabo é o Presidente da Republica.

O que esta atitude demonstra ou confirma é a falta de sentido de estado e, o que é o estado para estas "glórias". Quem manda somos nós e a república somos nós e tu presidente estás ai por engano.

Não satisfeito o chefe da brigada termina ainda “Falando sempre a título individual, o presidente da Associação 25 de Abril lamentou "mais esta confusão da Presidência da República, depois de toda a história à volta das alegadas escutas".

Quanto à estoria das escutas ainda muita água vai correr por baixo da ponte: Alfredo Barroso, chefe da casa civil de Mário Soares, disse, na sic noticias na semana que passou, que sabia de fonte segura que Fernando Lima não tinha sido fonte de nenhuma das notícias sobre escutas do verão passado. Com o tempo e quando já não tiver interesse saberemos a verdade.

Num programa da RTP Memória da semana que passou este chefe da Brigada dizia que o 25 de Abril tinha sido a melhor operação militar da Historia Militar Portuguesa. Valeu a presença do General Loureiro dos Santos para por juízo na cabeça do dito e lhe dar uma pequena lição de História Militar.
Na boa tradição do absolutismo francês "L'État c'est moi", para a brigada o estado é nosso. O resto são contingências.

Sr.ª Professora aquele menino….

Hoje o Diário as Beiras dá conta de algumas intervenções na Assembleia Municipal.

Contas à parte, manteve-se a “taxa” de IMI. Aguardo a publicação da acta no portal da câmara para ter uma ideia geral da discussão. No entanto, e em relação ao que vem noticiado, apetece-me dizer:

Primeiro: todos sabemos que os programas eleitorais são apenas cartas de intenções. Boas e más. É irritante o discurso, o Sr. prometeu, o Sr. disse no programa isto e aquilo e agora nada etc…

Não estou a dizer que aceito ou pactuo com programas eleitorais com estas características. Penso é que este discurso só é admissível para os mais distraídos. Os políticos deviam de abster-se deste tipo de discursos. Perpetua-se o faz de conta da campanha eleitoral que foi o tempo de desmascarar as patetices.

Segundo: O PSD ou muda de rumo ou uma de duas hipóteses: O PS demonstra grande incapacidade e nada faz ou o que faz, faz mal; demonstra alguma coisa e o PSD cai na irrelevância política.

O PSD perdeu uma excelente oportunidade de marcar pontos e condicionar ( no bom sentido) as próximas discussões sobre este tema e outros relacionados com o mesmo.

O aumento ou diminuição da taxa de IMI pouco ou nada tem a haver com as pessoas ( pelo menos directamente ). Choca esta ideia?

Pois choca mas é a realidade. A taxa do IMI, ou melhor a sua importância, deve-se ao facto de ser uma importante fonte de receita. E de onde vem essa receita? Pois é…

São estes dois pontos que têm causado graves problemas às pessoas e ao concelho não é a taxa do IMI.
Era por aqui que se devia ter ido.

2009/11/26

Nunca nos dão as boas notícias



No Diário as Beiras de hoje.
“O autarca convocou ontem os jornalistas para apresentar aquele que está incumbido de elaborar uma programação de qualidade com menos dinheiro”

“Porém, neste caso, a independência não vai sair cara aos figueirenses. Pelo contrário, garantiu, gerir o CAE vai ficar mais barato.”

“Os custos directos inerentes à contratação de Rafael Carriço, cujo valor o vereador não revelou, são reduzidos.”

Menos dinheiro, ficar mais barato, custos reduzidos e no final não se diz quanto custa?

Não temos direito às boas noticias.

Se isto tivesse acontecido à 6 meses o que é que o Sr. Vereador diria?

Vou esperar por Dezembro e ler o livro.

Elementar meu caro Watson ( 2 )




“O que me deixa curioso é que o PS parece ter abdicado da caça às bruxas e prepara-se para juntar o útil ao agradável. Culpa o Paredes pela derrota do Luís Tovim e arranja o argumento, que não conseguiu encontrar pelo menos nos últimos 4 anos, para se ver livre do dito.” Escrito em 09/11/2009

Pelos vistos esta ideia está a ganhar cada vez mais consistência na cabeça (e talvez nas acções) de muitos socialistas.

A responsabilidade política deve ser assumida pelo líder? Obviamente.

Agora, o que não deixa de me espantar, embora sem me iludir, é a capacidade de esquecer que os militantes e dirigentes dos partidos têm nestas alturas.

Quem chegasse e não conhecesse a nossa realidade chegaria à conclusão que o Paredes concorreu sempre sozinho, contra tudo e contra todos, nas listas que apresentava só figurava o seu nome, nunca teve oposição, nunca teve apoiantes ou seja, que o estado a que a coisa chegou é da sua exclusiva culpa.

É esta “magnífica” característica da nossa política que permite que pseudo militantes passem pela chuva e pelo sol sem se molharem ou queimarem.

Estiveram sempre ao abrigo ou à sombra.

Estiveram sempre contra mesmo quando estavam a favor; apoiaram sempre mesmo quando se opunham; estiveram sempre com o líder mesmo quando estavam contra ele; estiveram sempre nas listas mesmo quando tinham outras em mente.

No final o líder se não se agarrar bem está fora e derrotado. Eles estão sempre dentro e ganhadores porque afinal não estavam quando estiveram e apareceram quando deviam ter aparecido sem nunca afinal de lá terem saído. Puros e sem macula chamando sempre à atenção, dos mais distraídos, que aquele resultado foi o que sempre defenderam.

E nós crédulos, apoiamos esses homens e mulheres, modelos de coerência e virtude porque afinal, eles estavam lá, ao nosso lado, nós é que não os víamos.

Nota: vou guardar o post. Se mudar os nomes deve dar para aplicar ao PSD.

2009/11/24

Não confundir a politica com a justiça.

Depois o louco é Alberto João Jardim quando afirma que já se devia ter acabado com o Tribunal Constitucional uma vez que, as suas funções podem ser desempenhadas pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Em termos teóricos Alberto João Jardim tem razão. O Tribunal Constitucional é, quer se goste ou não, um tribunal com uma forte componente política e ideológica. Em termos práticos PS e PSD acabam por confirmar as suas afirmações ( e suspeições).

“Por outro lado, o candidato conjunto proposto por PS e PSD à eleição para juiz do Tribunal Constitucional é Catarina Teresa Rola Sarmento e Castro, filha do presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais Osvaldo de Castro (PS), jurista de Coimbra, e que actualmente está a fazer o doutoramento com o constitucionalista Vital Moreira.”

Sentimentos maus conselheiros

(Carta aberta a António Paredes por parte de Paula Tovim, hoje no Diário as Beiras)

Promover um almoço de desagravo ao marido Luís Tovim não fica mal. Perante o que se passou é até perfeitamente natural. Escrever uma carta aberta com este conteúdo é, no mínimo, perder o pé.

Se Luís Tovim se sente incomodado com as ultimas declarações de António Paredes deve, obviamente, ser ele a defender-se. E deve ser o próprio por uma razão. As declarações devem-se a problemas da candidatura e outros com ela relacionados.

Devem ser os protagonistas a esgrimir os seus argumentos. Se o próprio entende que não o deve fazer fica mal ser a sua mulher a tomar o lugar do candidato. É caso para perguntar, quem era afinal o candidato do PS à Assembleia Municipal. Seria o Luís Tovim ou Paula Tovim?

Fica mal por outra razão. Não sei se a Paula Tovim é ou não militante do PS. Não é relevante. O que já é relevante é que na sua carta aberta confunde algo muito importante. Confunde o PS da Figueira com o Paredes. Omite deliberadamente ou, não conhece, o esforço de muitos socialistas para tirarem o Paredes da concelhia e renovarem o PS. Não me parece que o Luís Tovim por lá andasse nessa altura.

Também não questiona por onde andaram esses tais históricos durante os últimos 12 anos. Também se esquece que muitos dos históricos de que fala trabalharam muito mas foi nos bastidores. Tivessem eles dado a cara pelas diversas freguesias do concelho encabeçando a campanha e teria visto o apoio que esses senhores merecem das populações.

Também não questiona por andaram muitos dos que agora ocupam lugares na Câmara Municipal no consulado do Paredes. Estiveram ao lado dos que queriam a renovação ou ao lado do Paredes?

Transforma a vitória nas autárquicas numa vitória dos históricos, do Luís Tovim e João Ataíde.

Os militantes do PS não mereciam este atestado.

Por fim a linguagem utilizada.

Se Luís Tovim estava na mó de cima, depois da carta aberta não ocupará, certamente, o mesmo lugar.

Batatas

Nos tempos de liceu costumava almoçar com dois colegas. Um deles, devido ao seu sistema nervoso, gaguejava um pouco. Normalmente não tinha qualquer problema. Um pouco de stress e pronto. Lá acontecia.

Até hoje ainda nos divertimos com uma situação que se repetia com muita frequência.

O nosso amigo queria que nós pedíssemos batatas porque ele não conseguia dizer, batatas.
Acontece que quando ele nos dirigia este pedido pronunciava correctamente a palavra batatas.

- Podem pedir batatas que eu não consigo dizer batatas? ( dizia ele )
- Acabaste de o fazer! (respondíamos nós)

Vem isto a propósito de uma noticia no Diário as Beiras de ontem.

“Uma dezena de autarcas sociais-democratas reuniu ontem em Cantanhede
tendo efectuado, através de comunicado, um pedido para a realização de um congresso do partido.” Anteriormente, houve uma reunião na Covilhã.

Eu entendo que o PSD não se deve precipitar em mais uma eleição. Um congresso pode ter as suas virtudes.

Mas bom, mesmo bom, seria que estes senhores promovessem debates pelo país para que se discutisse política e o que se quer para do PSD.

Uma discussão sem a pressão de arregimentar tropas. Um congresso desprovido de uma discussão prévia não irá ser mais do que a primeira volta das directas.

Na prática, estes senhores debatendo, pedem que se marque um congresso para debater porque eles não conseguem debater, já estando a debater.

É mais ou menos como as batatas.

2009/11/22

"Não falimos por um milagre”




Isto não são escutas, declarações anónimas ou banalidades.
são declarações claras, graves e com rosto visivel
No dia em que a realidade nos bater à porta .................................

No "amigo" DN

Distritais PSD de Lisboa e Porto querem directas já

"Carlos Carreiras , é claro ao considerar que a actual situação de grave "deterioração" em que vive o PSD aconselha a que se avance "para eleições directas tão depressa quanto seja possível".

"O dirigente considera que o ideal era antecipar o calendário das directas e refere mesmo que, no caso de Lisboa, se "nota o desespero para se encontrar um candidato de oposição à sua própria candidatura". E acrescenta existirem "indícios de que o secretário-geral e funcionários centrais podem ter a tentação de alterar o ficheiro de militantes".

Este é o maior problema do PSD actualmente. As suas estruturas locais, distritais e concelhias, transformaram-se em pequenos soviets.

A razão da sua existência é a conquista do poder e o enfraquecimento do poder dos outros.

O exercicio do poder é sempre contra alguma coisa.

A sua prova de vida são os jornais e as eleições internas.

O PSD tem vindo a transformar-se, desde à varios anos, numa barriga de aluguer de gente e projectos que nada têm haver com a sua natureza.

cada vez mais claro


Esta noticia reforça o que já havia dito:
O PS durante os mandatos do PSD não foi capaz de ser alternativa a si próprio e,

2009/11/21

Centenário da República






100 anos passados e a sociedade portuguesa não tem a capacidade de fazer um juízo critico da sua história.


Uma reflexão sobre os primeiros 26 anos do século passado podiam contribuir para desencadear uma discussão séria destes 34 anos de regime democrático.


Os paises encerram em si mesmos as caracteristicas mais profundas das suas sociedades. No nosso caso é a covardia, o rancor e a mesquinhice.


A história de Portugal mostra que os nossos regimes não evoluem nem são susceptiveis de se transformar. Os nossos regimes mudam quando são objecto de rupturas ou revoluções.


Perante isto o que faz a sociedade portuguesa? Festas, que é outra das nossas caracteristicas.

Uma oportunidade perdida.

Zona Industrial de Ferreira a Nova


No Diário as Beiras esta Semana

A zona industrial de Ferreira a Nova é um bom exemplo de iniciativa privada e pública.

É também um bom exemplo da incapacidade de pensar o concelho de forma global.

Esta zona industrial tem um enorme potencial competitivo. Contudo, é vista mais como parente afastado e muitas das vezes enjeitado da zona industrial da Figueira da Foz do que parceiro.

A Zona Industrial da figueira, fruto das diversas trapalhadas ao longo dos tempos, tornou-se mais um factor de atraso do que desenvolvimento.

O que digo não é uma crítica fácil ou desprestigiante para quem se esforça por desenvolver o meu concelho. Não ponho em causa nem o esforço que têm sido feito, nomeadamente através da incubadora de empresas e a iniciativa dos empresários que lá se instalaram, nem a dedicação dos mesmos.

A minha critica é de política de desenvolvimento. Não somos concorrentes com a zona Industrial da Figueira. Podíamos competir, à nossa dimensão, com a Tocha, Montemor, Cantanhede e outras localidades de concelhos vizinhos.

Temos infraestruras rodoviárias para isso. Temos espaço e potencial.

Não temos é capacidade para continuar a suportar o resultado das vicissitudes ( para ser simpático) da Zona industrial da Figueira.

Em Actualização.

Até quando?

PSD: Presidentes de Câmara lançam documento à subscrição a solicitar debate e congresso

"realização de um congresso do partido para promover o debate interno antes das eleições directas para a liderança."

Debater o quê? Querêm uma eleição em duas voltas? Congresso e directas?

Para debater alguma coisa era necessário que a discussão tivesse inicio nas concelhias e distritais. É isto que se vai passar. Claro que não.

A propósito

Ser Social Democrata é o quê?

Ser social Democrata e do PSD é o quê?

Demasiado tempo livre


"O líder da Distrital do PSD/Porto, Marco António Costa, pediu hoje a “marcação imediata de eleições directas no partido”, considerando que a Comissão Política Nacional social-democrata “está moribunda” e “deixou de existir”."

Marco António Costa insiste na marcação rápida de eleições directas. Para quê?

Para nada de relevante.Tempo livre em demasia dá nisto.

DEBATE SOBRE CULTURA (RE)ACONTECE(U) NO CASINO FIGUEIRA

"A criação (tardia, quando comparada com a de outros países, como o Brasil, Espanha, França ou Espanha) de uma Academia da Língua Portuguesa, foi um dos pontos mais destacados, muito embora todos concordassem que o «desenho» da política de língua está, neste programa, demasiadamente centrado e concentrado no Ministério da Cultura, faltando, frisou Isabel Pires de Lima, “um organismo que tenha como função coordenar esta política de língua, que é transversal a vários ministérios, da Educação aos Negócios Estrangeiros”.

Falta um organismo que tenha como função coordenar a politica da lingua. falta?

Irra! Mais organismos? A nossa incapaciddade de pensar é ....................................

Temos o Instituto Camões. Os Espanhóis têm o instituto cervantes.

APREMDAAAAAAAMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

DEBATE SOBRE CULTURA (RE)ACONTECE(U) NO CASINO FIGUEIRA

Preocupante.

António Tavares admitiu que “sendo vereador do Urbanismo, vai sobrar-me pouco tempo para a Cultura”, até porque esta continua a ser “vista como uma arte menor”.

vista como arte menor por quem?

Ainda assim, António Tavares comprometeu-se a dirigir o melhor que puder as políticas culturais do Concelho figueirense, sublinhando que a forte tradição teatral, por exemplo, “de certa forma parou no tempo, sendo hoje uma espécie de arqueologia do teatro, ainda com a banda a acompanhar” as representações.

Onde? Como?

O vereador figueirense mostrou-se particularmente interessado nas declarações de Guta Moura Guedes, que afirmou haver actualmente muitos directores artísticos disponíveis para saírem de Lisboa ou Porto e abraçarem novos projectos fora dos grandes centros urbanos.

Disponiveis não, desempregados. Já não à dinheiro em Lisboa e Porto para sustentar tantos "artistas".

Temo que a cultura, mais uma vez, vá custar muito sem dar em nada.

DEBATE SOBRE CULTURA (RE)ACONTECE(U) NO CASINO FIGUEIRA

“Novo Governo, Mais Cultura?”

"A noite começou com uma breve análise dos 39 pontos do programa do Governo socialista dedicados à Cultura, e que Carlos Pinto Coelho considerou serem “22 muito bons, e os outros vagos, óbvios, polémicos ou maus”.

"A ex-ministra da Educação considerou ainda que “além de mal escrito”, o texto do programa governamental “dispara para muitos lados, desnorteado”, estabelecendo “passos maiores do que a perna e sem dizer como é que vai aumentar a perna”, para além de conter “laivos neocoloniais” extemporâneos, ao querer, agora, restaurar ou preservar uma herança cultural que, no tempo próprio, não foi alvo de cuidados, seja ela a língua ou o património edificado. Isabel Pires de Lima sublinhou, no entanto, que o programa governamental não é da autoria da actual ministra, nem da sua equipa, em quem deposita, aliás, “muita confiança”, esperando que sejam capazes de esquecer “um programa que é um retrocesso em relação ao anterior”, e fazer algo “em condições”."


Quais serão os 22 pontos muito bons, na perspectiva de Carlos Pinto Coelho que a ex titular da pasta, e pelo mesmo partido que agora está no governo não viu?

Nota: A senhora é ex ministra da cultura e não da educação.

Perspectivas.


Muitos comentadores dizem e escrevem até à exaustão que o Prmireiro Ministro, apesar do que é dito e escrito, não foi constituido arguido ou teve de prestar declarações em nenhum processo que tem vindo a publico.

Verdade.

Perante tudo o que foi dito, escrito e publicado, sem desmentido, na imprensa algum desses génios acredita que, se estivessemos a falar de um cidadão comum o mesmo já não teria sido chamado a prestar declarações?

José Socrates tem sido beneficiado ou prejudicado pelo facto de ser Primeiro Ministro?

2009/11/19

Joe Berardo na Playboy




Pelo menos não se despiu.

Dia Internacional da Filosofia

Uma entrevista diferente de um grande SENHOR

Estratégia





Se derem uma mão pode ser que,


2009/11/17

Podia ser diferente? Podia mas não era a mesma coisa.

É mais ou menos isto que se passa com o processo penal

Eleições vão ser excelente teste à Lei da Paridade


"A lei da paridade não tem muito sentido"

Câmara PS diz cumprir lei da paridade mas não dá pelouros

Entrevista do Presidente da ACIFF ao Diário as Beiras da passada Sexta Feira

Esta entrevista suscitou-me algumas preocupações. Não o digo de forma crítica. A dimensão da entrevista porventura não permitiu outras respostas ou, respostas mais completas.

Mais uma vez, quando se fala de desenvolvimento económico da Figueira é mesmo disso que se trata, da Figueira. Raramente se equaciona, quando se fala de desenvolvimento económico, o concelho da Figueira. A Figueira é o microcosmo. Em regra quando se fala do desenvolvimento do concelho da Figueira é para justificar alguma coisa que se terá de fazer, ou deixar fazer na, obviamente, Figueira.

A incapacidade, por um lado e, os interesses instalados por outro, não permitem que se veja todo concelho como fonte e potencial de desenvolvimento complementar e concorrencial com concelhos vizinhos. Na parte que me toca concelhos como Montemor e Cantanhede.

Outro ponto que me suscitou preocupação é continuar-se a discutir a reabilitação da baixa da Figueira, rua da Republica e Bairro Novo, sem primeiro definir claramente o que será possível fazer, construir, em toda a zona envolvente à cidade da Figueira.

Sem esta definição, e sem mas nem tibiezas, qualquer requalificação terá como destino o fracasso. Se porventura obtiver algum sucesso, que acredito será difícil ou muito limitado, os custos da mesma nunca justificariam os ganhos.

Mais do que analisar modelos de requalificação já postos em prática devemos olhar para os factores de insucesso da maioria desses modelos.

Será que podemos falar de comércio de proximidade, comércio tradicional quando se continua a permitir a construção de grandes superfícies comerciais. Principalmente numa cidade como a Figueira em que qualquer ponto da cidade é praticamente o centro da mesma.

Podemos competir com estacionamentos gratuitos e dentro das próprias superfícies comerciais resguardados da intempéries e com todas as comodidades de transporte de compras e diversidade de lojas quando em contraponto temos parquímetros, transportar as compras à mão e sujeitos aos caprichos do tempo.

Será que não deveríamos estar hoje a falar de comércio alternativo, serviços ao invés de comércio tradicional ou de proximidade.

Podemos falar em povoamento da cidade quando se continua a permitir a construção desenfreada nas áreas limítrofes da mesma.(com lobbies fortíssimos nessa área como é dito na entrevista.)

Volto a repetir o que já digo à muito tempo: qualquer esforço de requalificação da Figueira implica um plano global de desenvolvimento da mesma. Este plano deve obrigar os agentes económicos a direccionarem a sua actividade para este propósito. Se não houver um plano neste sentido todo o projecto fracassa. Enquanto os promotores imobiliários e construtores tiverem a hipótese de requalificar ou construir vão optar sempre por esta última. A construção é mais fácil, barata, vende melhor e mais rápido, e permite margens de lucro muito superiores. Isto não se muda com conversa nem com boas intenções. Têm de ser imposto.

Divida ou Receita

Durante o fim de semana ( Diário as beiras de Sábado) voltaram a surgir noticias dando conta que a situação financeira da câmara ( conhecida, apregoada pelo PS e que rendeu muitos votos ao mesmo) e os projectos lançados pelo anterior executivo ( que segundo o PS nada havia sido feito ou não havia projectos, realidade que também lhe rendeu muitos votos) condicionavam o próximo orçamento.

Dou de barato as declarações de campanha. O que já acho estranho é estar-se a falar repetidamente na situação financeira da câmara. Em tempo de eleições se havia algo que era claro eram as dificuldades financeiras da mesma.

Do que vou lendo e ouvindo a opinião corrente é a de que o próximo orçamento vai ser de forte contracção e que estas declarações estão a preparar o terreno para essas notícias.

Seria levado a concordar se esta situação fosse uma surpresa. Será que ao invés de se estar a preparar o terreno para explicar o que não se pode fazer em virtude da divida ser grande se está a prepara o terreno para justificar a necessidade de receitas ou seja, criar condições para justificar a aprovação de projectos imobiliários?

2009/11/16

Bolas de Berlim

João Duque no Expresso

(Clique para aumentar)

Progredir na carreira


Alberto Martins nos ultimos anos especializou-se em:


Engolir sapos;


Defender o mesmo e o seu contrário em diferentes legislaturas e,




Alguem que em "pequeno" foi grande e já crescido se tornou "pequeno".

2009/11/13

Entrevista

Entrevista ao Diário as Beiras de João Cardoso presidente da ACIFF. Para ler, com calma, durante o fim de semana.

Fila de espera

Segundo noticia o Diário as Beiras o Sr. Presidente da Câmara anunciou que a partir de agora apenas existe um carro ao serviço do Presidente e outro ao serviço dos senhores vereadores. Acho mal. Mais do que um sinal de poupança é um sinal de populismo.
Os senhores vereadores devem ter a sua disposição, todos os meios necessários para desempenhar a sua função. Entre eles estará o uso de uma viatura. Esta tomada de posição nem poupa grande coisa, não facilita a actividade da vereação e muito menos moraliza os gastos.
Se a intenção era diminuir custos e moralizar a utilização então, a politica correcta a seguir era impedir o uso de viaturas da câmara para deslocações que nada tem a ver com o estrito cumprimento das funções camarárias.
A poupança com motorista e viatura em deslocações fora de horas e dias de expediente e, sem estarem relacionadas com a actividade estrita da câmara pouparia dinheiro, não condicionaria a actividade da vereação e, acima de tudo, moralizaria muito mais.

Confusões que dão jeito.


Qualquer hipótese, ainda que mínima, de discussão sobre um aspecto político morre às mãos da patrulha. Todos os dias somos bombardeados por declarações, artigos de opinião, comentários, noticias e programas televisivos onde uma patrulha de invertebrados pagos pelo regime dão conta da sua (do dono) posição. Estes assalariados do regime abominam qualquer discussão séria.
Apesar disto, pelo menos em relação ao teor das conversas do Sr. PM todos devíamos poder falar. Não precisa de conhecimentos especiais e todos dominamos ou devíamos dominar esse assunto. E porquê?

Todos nós já, pelo menos em determinados momentos da vida, tivemos conversas ao telefone sobre assuntos sensíveis. Pode ter sido uma campanha para uma junta de Freguesia, Câmara Municipal, umas partilhas de bens, um problema familiar, no local de trabalho ou de negócios.

Não me podem pedir que me lembre de todas as conversas que tive ao telefone. Eu não faço a mínima ideia do que disse. Mas não é isso que está em causa. Ninguém minimamente inteligente e com bom senso pode pedir isso ao Sr. PM.

O que podemos pedir é que ele tenha a certeza do que não disse. Isto ele pode e deve saber. Não é uma questão de memória é de carácter, ética e de dignidade já para não dizer de vergonha na cara.

Eu só queria que o Sr. PM disse-se que nunca falou com o Sr. Vara em substituir a secretaria de estado das obras públicas porque esta era um empecilho para tirar o presidente da REFER do cargo, que não arranjou fundos partidários de forma escusa, que não favoreceu economicamente grupos de comunicação social para os tirar do sufoco de dívidas em troca sabe-se lá do quê, que não interferiu no desaparecimento de um telejornal que lhe era incómodo etc. Para isto não é preciso memória. Tudo o que é preciso é carácter e a consciência de uma actuação correcta.

Ao invés disso o Sr. PM, aconselhado provavelmente pela patrulha, já anda com jogos de palavras pensando que com isto o assunto passa para outro domínio. Se passar apenas quer dizer queagora, realmente, batemos no fundo.

Lembro apenas que no caso do Bil e da Mónica nos USA e, como muito bem tem sido analisado nos Estados Unidos, a esmagadora maioria dos americanos não queria saber se o seu Presidente tinha recebido favores sexuais da sua secretária. O que indignou e criou todo aquele alvoroço foi o facto do Bil ter mentido.

Para as questões de carácter não é preciso de ter memória é apenas preciso ter consciência da nossa actuação e atitude perante a vida.

Divulgação

A quem possa interessar.

"Reportar, ver, partilhar ou debater problemas do seu Município"

2009/11/12

A história recente de Portugal em 111 páginas.

Sobral de Sousa foi conciliando a vida política com a empresarial e dele Manuel Simões lembra-se do primeiro grande negócio:"Um dia veio ter comigo e perguntou-me se queria entrar na compra de um terreno na Figueira da Foz". Simões não se entusiasmou. "Fui burro. Ele e o João (antigo presidente da União de Leiria) já o tinham vendido antes mesmo de o comprar. Não gastaram dinheiro e ganharam 140 mil contos cada".

Good bye lenin ou talvez não seja necessário 1

138 anos passaram………………

As farpas, Maio de 1871

“ O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê a honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade r na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos estão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta a cada dia. Vivemos todos ao acaso. (…) A mocidade arrasta-se envelhecida das mesas das secretárias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce. As quebras sucedem-se. O pequeno comércio definha. A indústria enfraquece. A sorte dos operários é lamentável. O salário diminui. O estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. (…..)
Não é uma existência, é expiação.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido! Ninguém se ilude. Diz-se nos concelhos de ministros e nas estalagens. E que se faz? Atesta-se, conversando e jogando o volarete que de norte a sul, no estado, na economia, na moral, o país está desorganizado e pede-se conhaque!
Assim todas as consciências certificam a podridão; mas todos os temperamentos se dão bem na podridão!
Não quisemos ser cúmplices na indiferença universal. (…)
Que uma vez se ponha a galhofa ao serviço da justiça”

O Triunfo dos Porcos ou,




a história recente de Portugal em 111 páginas.

Adeus lenin ( good bye lenin), ou talvez não seja necessário.


Nota prévia: ainda não tive oportunidade de ver o filme

Tenho dois ou três filmes que gostava de ter visto. Este é um deles.

Para o que agora interessa isso não é muito relevante.

Em termos muito simples a acção passa-se na antiga Alemanha de leste pouco tempo antes da queda do Muro de Berlim. Uma senhora (apoiante do socialismos) tem um ataque cardíaco quando vê o filho ser preso numa manifestação anti-governamental, entrando pouco depois em coma. Quando a senhora acorda do coma, o filho, sentindo-se culpado pelo estado de saúde da mãe e uma vez que esta não sabe que o muro caiu, tenta criar as condições necessárias para que a senhora não descubra que o seu regime não existe mais.

Tudo isto vem a propósito de leituras de escritos com, alguns deles, mais de 100 anos.

Imaginei alguém, por exemplo um deputado, que tivesse entrado em coma nessa altura e tivesse acordado no nosso tempo. Será que estranhava muito. Talvez não.

Nota: Este acordar refere-se apenas ao nosso ambiente político, social e económico, devendo guardar-se, obviamente, a devida distância de épocas.

José António Barreiros


Uma entrevista que recomendo.

2009/11/10

Fontes e escutas




O Expresso na sua página online noticia que o Supremo diz que as escutas a Sócrates são nulas.



O nosso processo penal é em boa parte copiado do processo penal Alemão.

Acaba por ser, mais ou menos, como colocar o motor de um Porche num Fiat 600. Se juntarmos a isto, o facto de as revisões e reparações não serem feitas na marca mas na oficina do amigo temos o veículo ideal para estar parado à porta.

Podemos sempre vangloriarmo-nos de ter um topo de gama desportivo e um clássico. Na prática temos uma merda que não funciona mas isso para as nossas iminências pardas é o menos. O estilo meus senhores, o estilo é que interessa.

Contudo, estou deveras curioso para saber (se for possível) qual a interpretação do Supremo. É que, ou a justificação é muito boa ou podemos estar numa zona sem lei.

No entanto o momento é de espera. Temos de dar tempo à criatividade porque a criação é coisa avessa a pressões.


Posteriormente à publicação do post verifiquei que à mais gente com dúvidas. Uma leitura que se recomenda.

ONU



Sugeria antes, uma comissão para a verdade e reconciliação semelhante à criada na África do Sul ou se as coisas aquecerem muito a intervenção da ONU e dos capacetes azuis.

Já do PSD espero um debate interno sério e em que tudo possa ser discutido de forma a que após o próximo acto eleitoral não se comece, logo de seguida, a discutir a liderança. Seja a nível local como nacional.

No entanto, tenho ideia que o modelo de unidade que muitas cabeças têm em mente é o do governo de unidade nacional do Zimbabwe. Não me parece que vá resultar. Pode haver uma segunda hipótese. O PSD está à espera que acabe o folhetim PS para começar o seu.

Nota: Sem brincadeira. Já era altura do PS e PSD iniciarem um debate interno sério. Neste estado não vamos ter nem apoio ao executivo da câmara nem oposição.

Síndrome Manuela Ferreira Leite

Confesso que me irritava muitas vezes com aqueles que diziam que as declarações da Dr.ª Manuela Ferreira Leite não eram claras e que precisavam, para ser percebidas, de intérprete.

Estava eu “dar uma lição de politica” quando, com mais calma venho dar aqui.

“informei que ia assistir à sessão da Câmara Municipal. Não pode, diz o segurança. Respondeu que aquela não era pública, era só para os membros da própria Câmara…. Começou a cheirar-me a marosca. Argumentei : então se lá está a imprensa, a reunião é pública. Passado cerca de meio minuto, desceu as escadas uma senhora funcionária. Pediu desculpa, mas de facto a reunião não era pública, eram as ordens que o senhor doutor tinha dado. Perante a minha veemência hesitou e disse que ia falar com o senhor doutor. Passado um minuto, veio ao cimo das escadas e convidou-me a entrar na sala das sessões.
Na assistência estavam mais 5 pessoas. Soube depois que tinham sido autorizados a entrar por serem deputados municipais. Também soube depois ter havido outros simples cidadãos que se apresentaram desejando assistir à sessão e foram impedidos de exercer esse direito.”

Tanta gente impedida de entrar, tanta resposta negativa e tratava-se de um equívoco?!

Aceitam-se candidaturas para intérpretes.

Nota: A citação não corresponde ao texto integral publicado no blog Quinto poder. Para consultar a versão integral e dentro do contexto próprio ler aqui.

2009/11/09

No Diário de Coimbra de hoje

“João Ataíde também declinou qualquer responsabilidade sua na oposição à entrada de dois cidadãos, na primeira reunião de câmara (ver edição do passado dia 4). «Oponho-me a quem tomou essa decisão, não sei quem a tomou mas foi à minha revelia. Pode haver reuniões que não sejam abertas ao público, mas aquela, era-o garantidamente», disse ao nosso Jornal.”

Lição número um para quem quer exercer cargos políticos: A culpa é sempre do assessor ou Passado cerca de meio minuto, desceu as escadas uma senhora funcionária.Pediu desculpa, mas de facto a reunião não era pública, eram as ordens que o senhor doutor tinha dado.

Elementar caro Watson



Segundo as investigações do PS a derrota de Luís Tovim terá tido a conivência do Presidente do PS local, António Paredes.

A ser verdade pelo menos na derrota Luís Tovim contou com a abstenção do Paredes já que para a candidatura ao que tudo indica teve o seu voto contra. Meia vitória para Tovim.

O que me deixa curioso é que o PS parece ter abdicado da caça às bruxas e prepara-se para juntar o útil ao agradável. Culpa o Paredes pela derrota do Luís Tovim e arranja o argumento, que não conseguiu encontrar pelo menos nos últimos 4 anos, para se ver livre do dito.

Já agora foi concedido o estatuto de arrependido aos putativos “traidores” caso colaborassem na investigação ou vão ser amnistiados.

Expulsões parte 3

O que é mais grave:

- Criar uma lista independente para concorrer a uma junta de Freguesia.

- Fazer parte de uma lista do partido adversário

- Participar em comícios e apoiar o candidato do partido adversário.

A propósito alguém sabe quem são os outros 20 militantes do PSD expulsos?
E já agora por onde anda o sitio do PSD Figueira?

Expulsões parte 2

Entendo que quem é filiado num partido deve, se com ele discorda, entregar o seu cartão de militante antes de participar na actividade eleitoral apoiando, criando ou fazendo parte de uma lista opositora à do seu partido.

Os processos disciplinares devem, dando todas as garantias de defesa aos visados, ser céleres.

Mesmo partindo destes pressupostos ainda não percebi qual a pressa de expulsar o José Elísio do PSD, principalmente porque a resposta dada para a expulsão é muito fraquinha. Não digo que encabeçar uma lista independente não seja grave.

Que eu saiba o estatutos do partido e o regulamento disciplinar não são taxativos. Existem muitos factores atenuantes e agravantes.

Já agora porque não publicitar as restantes expulsões se já são cerca de 20?

Se o objectivo é eliminar a concorrência antes da cada vez mais eventual discussão dos resultados eleitorais é preocupante.

Embrulhadas ultima parte.

Logo na primeira linha do comunicado está aquilo que o PS Quiaios não percebeu: Em política não vale tudo.

Metade do comunicado refere-se, pressuponho, a acontecimentos anteriores ao período eleitoral e já devidamente valorados pelo eleitorado. À boa maneira da CDU, se os eleitores não votaram como nós queríamos, então à que corrigir.

A outra metade é lamentável. O PS Quiaios confunde acordos políticos com a composição dos órgãos da autarquia.

Não estão em causa acordos. O que está em causa é a composição do executivo da junta.

Cabe na cabeça de alguém que a lista mais votada tivesse tantos elementos no executivo quanto as restantes forças politicas. A resposta é clara não. Sem grande ciência o Governo Civil de Coimbra fez a distribuição correcta de mandatos para a comissão administrativa.

O PS cozinha uma solução com a CDU que dá a esta um elemento para o executivo. A vontade de ganhar a todo o custo leva a que o PS ofereça um lugar à CDU quando esta têm menos votos e menos mandatos que nas eleições anteriores, não sendo uma vencedora das eleições mas uma derrotada nas urnas e pelos votos dos eleitores. A CDU tem três vezes menos votos que o candidato mais votado.

“Somos democratas e sabemos aceitar os resultados eleitorais. Mas também somos democratas para sabermos exigir que as vitórias eleitorais devem ser ganhas sem o recurso à difamação, à mentira e à prática de comportamentos politicamente desonestos.”

Não. Os senhores não são democratas nem sabem aceitar os resultados eleitorais. Quanto à difamação e à mentira estas têm um conteúdo legal e moral mais do que político(politico no sentido legal e não ético). Quanto a comportamentos politicamente desonestos se os outros os tiveram os senhores não lhes ficaram atrás.

“Quem renunciou ao cargo e a causou, que tenha a humildade de assumir as responsabilidades.”
Quem renunciou ao cargo ao que parece já assumiu as suas responsabilidades. E se a lei não lhe permite a recandidatura mais pontos têm a seu favor uma vez que não se pode dizer que estava agarrado ao poder. O PS Quiaios não desmente os contactos, inclusivamente levados a cabo por dirigentes do PS Figueira, para a composição do executivo o que indica que o candidato vencedor, como afirmou no seu comunicado, estava na disposição de governar com o PS na Junta.

Falta apenas ao PS assumir as suas responsabilidades. Deve no mínimo não apresentar às eleições aqueles que foram eleitos nas últimas e que tiveram uma atitude reprovável.

Problemas Técnicos

Após a resolução de problemas informáticos a emissão segue dentro de momentos com as peças que estavam no alinhamento.

2009/11/06

Expulso

Segundo o Diário as Beiras de hoje, José Elísio terá sido expulso do PSD.

A acção disciplinar deve ser rápida. Mas com esta rapidez cheira a asneira.

Sobre isto e a “astúcia politica” pronuncio-me mais tarde.

Embrulhadas.

Nó Torto -“É feito quase da mesma maneira que o nó direito, a diferença é que aquele deixa os chicotes paralelos e do mesmo lado, dois a dois, enquanto que este nó os chicotes ficam cruzados, com o seio do cabo entre elas. Sua desvantagem é não oferecer segurança porque corre.!”

Esta é um pouco a imagem que fica do comunicado do PS.

1º Vem tarde
2º Não rebate pontos essenciais do comunicado da candidatura vencedora
3º Confunde resultados eleitorais com mandatos anteriores
5º Transmite a ideia que quiseram ganhar na Assembleia o que perderam nas urnas.

No fundo é como o nó torto. A sua desvantagem é não oferecer segurança porque corre.Corre em direcção aos argumentos, ou melhor à falta deles, da CDU, comunicado muito anterior a este, e porque não apresenta razões mas justificações. Mais tarde e com mais calma completo o raciocínio.

Nota: Agradeço a quem colocou na caixa de mensagens do blog a informação de que o comunicado já estaria disponível. Aproveito para esclarecer que gosto de Quiaios, local onde passei muitos e bons momentos. Não conheço, que me lembre, os envolvidos na disputa eleitoral. O comentário que faço é pelo gosto da discussão.

2009/11/05

Momentos Renova


Não é nada de pessoal mas a continuarmos assim vamos acabar por faze-lo com os carolos do milho.
Desculpem mas já começo a ficar sem paciência para vacuidades em tempo crise.

Subversão da democracia.

Segundo o Diário as Beiras tomará posse, hoje, a comissão administrativa da Junta de Freguesia de Quiaios.

Segundo informações ( diz o jornal) a comissão será presidida por Augusto Marques, vencedor das eleições, um elemento da sua lista e um elemento do PS.

Segundo avança o mesmo jornal esta comissão corresponde à proposta apresentada por Augusto Marques e chumbada pela Assembleia de Freguesia.

Tendo em conta esta subversão da democracia levada a cabo pelo Governo Civil de Coimbra aguarda-se, dada a interpretação dos resultados eleitorais feita pela CDU e o silencio cúmplice do PS, uma grande manifestação contra……………… bom……………………bem…………….

Sugestão: contra Salazar e o fascismo pode ser?

AH AH AH AH AH AH AH

Sim DN nós somos todos muitos estúpidos!

Os socialistas e a Ferrovia.


Os socialistas e a Ferrovia.

Uns socialistas querem o TGV outros querem reviver a viagem Figueira Pampilhosa.

Os socialistas ainda não aprenderam que uma automotora se “conduz dos dois lados”.

Andam tão entretidos na automotora da caça ao traidor que não se deram conta que quando entraram na Figueira iam na parte da frente da mesma mas, como a viagem agora é outra,” direita à Pampilhosa” eles, não mudando de sítio, vão, agora no fim da carruagem.


Não dão conta de quem vai na carruagem, que vão entrando e saindo passageiros, que o maquinista vai parando onde quer, que o revisor vai saindo e abrindo as cancelas para passarem os que tinham avisado que lá iriam estar.

2009/11/04

Caça às bruxas




Muitos militantes do PS querem a cabeça de alguém que tenha votado na lista do PSD à Assembleia Municipal.

Muitos não querem os nomes dos “traidores”, basta-lhes o de um.

Precisam de um nome em quem descarregar toda a frustração pela derrota. Mas qual derrota?

A que sofreram na eleição para a Assembleia Municipal? Não.

O momento de catarse tão ansiado não se deve à derrota para a Assembleia Municipal. Esta não passa de mais uma a juntar a outras, um bode expiatório.
A verdadeira derrota, que a maioria dos socialistas não admite, foi a incapacidade de, pelo menos nos últimos 4 anos, não terem conseguido dar a volta à concelhia, de verem muitos dos seus militantes juntarem-se ao movimento 100%, de terem de engolir uma candidatura imposta por outros, de terem a representar o PS na candidatura à Câmara e Assembleia Municipal candidatos conotados com o PSD, de votarem um candidato que depois disse que nem candidato era, de terem de esconder o presidente da concelhia com medo de perder votos, de verem ex socialistas, que se passaram para o PSD, serem tão bem recebidos no seu seio como se nada se tivesse passado, de terem sido subalternizados pelo candidato à Câmara nas escolhas feitas, inclusivamente para a Assembleia municipal, de terem chumbado a lista para a Assembleia Municipal e depois terem de a suportar, de terem visto militantes de sempre, empenhados e esforçados serem relegados para a prateleira enfim, de terem a consciência que verdadeiramente quem teve a vitoria na Figueira foi Ataíde das Neves apoiado mais na incapacidade do PSD do que no projecto politico do PS.

No fundo para muitos militantes socialistas o PS, deles, não ganhou as eleições. Quem as ganhou foi Ataíde.

Os “verdadeiros socialistas” ficaram com aquilo que tinham ou seja, pouco ou nada e com uma vitória que sentem não é sua.

Vejam lá se para vos calarem e fazerem a catarse não vos servem a cabeça de alguém que nada têm a ver com o assunto. Um idiota útil como à tantos.

2009/11/03

Pode esclarecer?

Qual foi a parcela de soberania dos 25 estados que nos calhou?

A estratégia do PSD em matéria de lideranças.


Ao ler as notícias fico com a ideia que é esta a estratégia das “forças vivas” do PSD para as lideranças a nível nacional.
A nível concelhio vamos começar nos próximos dias. A ver vamos.

Já não era sem tempo


Segundo o Diário as Beiras de hoje, a Universidade Internacional da Figueira da Foz vai mesmo fechar portas.

A Universidade Internacional da Figueira da Foz é um exemplo, entre muitos, do que foi a expansão do ensino universitário privado em Portugal. Na esmagadora maioria dos casos nunca houve um projecto de ensino. O objectivo era facturar e passar diplomas.

Muito se têm dito sobre a necessidade de desenvolvimento e expansão do ensino privado em Portugal.

Na maioria dos casos a estratégia é velha. Pega-se numa verdade para disfarçar toda a aldrabice que verdadeiramente sustentou esses projectos. Não me refiro a aldrabices relacionadas com falsos diplomas, burlas e passagens aos domingos. Isso é outro departamento.

A aldrabice a que me refiro é a de que o crescimento destas universidades foi motivada pelo acréscimo de alunos e a falta de resposta pelo sector público.

A este último parágrafo junta-se a velha estratégia. De facto houve um aumento de alunos. Houve também uma incapacidade do sector público em dar resposta.

A velha estratégia é confundir esta verdade com a falta de verdadeiros cursos técnico profissionais e tecnológicos e com disciplina nas escolas. Chegados ao 10 ano o sistema não tinha nada a oferecer a quem não quisesse ir para a Universidade. Os alunos eram “obrigados” a martelar 3 anos, sem a pressão de procurar uma alternativa formativa, até à candidatura à universidade. Não tinham conhecimentos nem base para o fazer mas outra alternativa não havia ( eu foi um exemplo disso).


Os cursos que cresceram foram aqueles que não careciam de grandes bases de estudo pelos estudantes nem de investimento por parte dos estabelecimentos de “ensino”: Direito Gestão, Psicologia e todas as restantes áreas das “humanísticas”.


As médias baixaram e tudo se tornou mais fácil.

Esta foi a principal razão do acréscimo de alunos. Abriu-se assim uma excelente oportunidade a um ensino pseudo universitário de passagem de diplomas.

Estas universidades tornaram-se mecanismos para a docência universitária excedentária poder dar “aulas”, para catedráticos terem regências bem pagas sem trabalho e para políticos a meio tempo.

O próprio ensino universitário passou a ser, quase, uma coisa de “família”.

Se quisermos ter um verdadeiro ensino superior temos de primeiro ver o que já existe em Coimbra, Leiria e Aveiro. Ver quais são as lacunas e preenche-las com projectos de futuro. A figueira pode ser uma alternativa ou complemento a esses pólos universitários.

Se não for este o caminho o máximo que a Figueira pode esperar é ser a hospedeira. No fim, esgotados os recursos, levantam a tenda e vão embora.

Antes de procurar alternativas é preciso fazer escolhas. São estas que se impõem neste momento.

2009/11/02

Irra!



A Noticia do Diário as Beiras sobre a renuncia de Luís Tovim é um exemplo de mau serviço prestado pelo jornalismo.

A lei autárquica é miserável mas, fazer noticias como se ela não existisse não é diferente.

Os eleitores não elegem o Presidente nem a mesa da Assembleia Municipal.

Votam na lista que entendem sendo que, os partidos por princípio indicam em primeiro lugar aquele que em caso de vitória iram propor para presidente da mesma.

Ainda se poderia pensar que a notícia, baseada nas declarações do candidato, confundia inadvertidamente duas realidades distintas.

Puro engano. Basta ler o último parágrafo para ver que a confusão é tudo menos inocente.


“Esta é a segunda vez que o PS perde na assembleia aquilo que ganhara através do voto popular. A primeira foi num dos mandatos de Aguiar de Carvalho.”

Balões!


O PSD da Figueira precisa de reflectir sobre os resultados eleitorais. Com calma e sem pressa.

A noticia de hoje do Diário as Beiras é contudo preocupante.

Para os mais distraídos o que esteve em causa em Outubro foi a candidatura à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia. O PSD perdeu.

A reflexão deve incidir sobre estes resultados e sobre a actuação da concelhia e dos seus militantes nos últimos 4 anos.

Escamotear isto e valorizar em demasia uma vitória diga-se, com recurso a outsourcing é não aprender nada.

Alias, o Presidente da concelhia deve saber bem o que sente Luís Tovim porque ainda não à muito tempo passou por algo de semelhante.

2009/11/01

É a sua natureza


O comunicado da CDU Quiaios é no minimo lamentavel. Demonstra algo que deveria ser claro para todos. No nosso país as lógicas partidárias são muito semelhantes. As diferenças estão no número de votos alcançados. Quando interessa a todos, caso da Lei de financiamento dos partidos, não veêm problema em dar as mãos. Quando à intereses divergentes tudo se resume ao número de votos e não a uma pratica consequente.

Como se costuma dizer, a honestidade vê-se quando alguem têm alguma coisa a ganhar e renúncia a essa vantagem, martelada no caso, em nome de principios e regras. Quando não têm se têm nada a ganhar, caso da Assembleia Municipal, até já têm sentido e humor.

“A CDU rege-se por princípios, princípios orientadores programáticos e de transparência, a saber:
1 - Quem ganha as eleições, deve assumir a responsabilidade de direcção.
2 - A Mesa da Assembleia de Freguesia deve ser composta e dirigida pelas forças vencedoras.
3 - Não excluímos quem quer que seja do futuro executivo da Junta de Freguesia.”


Isto é o quê? Transparência!

Quem ganha as eleições deve assumir as responsabilidades de direcção. Não. De gestão.
A nuance é bonita.

A Mesa da Assembleia deve ser composta e dirigida pelas forças vencedoras. Aqui a direcção já é plural. É para o que der e vier. Vá lá não incluém os não eleitos.

Não excluímos quem quer que seja do futuro executivo da Junta. Deveriam ter dito, não nos excluímos do futuro executivo da junta.

Não vou bater, mais uma vez, na miserável lei autarquica. Vamos utilizar a que temos.(As minhas convicções ficam digamos, mitigadas.)

Não à eleições para o executivo da Junta de Freguesia. As eleições são para a Assembleia de Freguesia.

Não havendo maioria absoluta é necessário que todos tenham consciencia do que isso quer dizer.
No caso a lista independente elegeu 4 elementos, o PS 4 elementos, a CDU 1 elemento.

Seria de esperar 2 cenários:

1º A lista mais votada formava o executivo. O PS ficava representado na mesa da Assembleia sendo os cargos e o número de elementos a acordar.

2º O PS elegia um elemento para o executivo. O PS ficava representado na mesa da Assembleia sendo os cargos e o número de elementos a acordar.

Até aqui tudo normal. Havia uma tentativa de fazer corresponder o número de votos, a vitoria e o número de elementos eleitos.

Uma vez que a CDU elegeu um elemento e as duas outras forças politicas estão empatadas deveria ser tida em conta para a composição da mesa da Assembleia.

Esta é a única base de discussão aceitavel com base nos resultados obtidos ou, pelos vistos talvez não.

A CDU com 200 votos fica com o mesmo numero de elementos no executivo da junta que uma lista que obteve 652?

“Adquiriram mais de 600 votos, que mandaram às malvas num abrir e fechar de olhos.”

Quem os mandou as malvas foi a CDU que confunde mais de 600 votos com 200.

“Alguém com bom censo vê neste elenco o princípio de um “autoritarismo”, “mentores de assalto ao poder”?”

Todos com excepção do PS e da CDU.

Seria de esperar outra postura da CDU? Não?
Vejamos a interpretação dos resutados eleitorais feita pela CDU de Quiaios:

E AGORA?

“Queremos deixar para os nossos leitores a interpretação que fizemos dos resultados eleitorais, com a certeza porém de que quando o Povo consagra o seu voto nem sempre o faz com justiça.”

Os eleitores inteligentes e sérios votam em nós os estupidos e interesseiros votam nos outros.

“Como também era do conhecimento geral, o anterior executivo da Junta tinha como seu Presidente “prepotente, arrogante, pouco afável e….de obras muito pouco ou quase nada assentando os seus dois mandatos em promessas não cumpridas etc. etc.”. Este tem sido a voz do povo a respeito deste Senhor”

Do povo deveria ler-se da CDU, porque o resto que não pensa da mesma maneira é estupido.

“- Do outro lado, do lado do P.S. era seu 1º candidato um Senhor que toda a freguesia conhece como estando na vida activa ao serviço da comunidade de Quiaios nos últimos 16 anos: teve assento nas Assembleias Municipal e de Freguesia bem como em executivos da Junta, e tinha por lema da campanha QUIAIOS COM RUMO.
Dá para rir, mas como estamos em presença de coisas muito sérias apenas perguntamos: e durante estes dezasseis anos por onde andou o rumo? Na Lua.”

Na lua não. Estava apenas à espera da CDU.

“- Em contraponto, a tudo isto se contrapôs a CDU que durante o mandato anterior, contou com dois representantes e que desenvolveu na Assembleia de Freguesia um trabalho com propostas sérias e apelativas mas que dado o facto de estarem numa A.F. dominada por uma maioria avassaladora fria e insensível aos problemas, essas passaram ao lado, pese embora terem sido sempre levadas ao público em geral pelo nosso Boletim.”
Os eleitores sabiam destes, e outros, factos: tinham conhecimento de episódios desta gente: não desconheciam as atitudes e maneiras de estar á frente da coisa pública etc. etc.
Perante isto, o que disseram os eleitores?
Os eleitores não quiseram levar a sério aquela célebre frase do Eça de Queiroz no seu romance A Cidade e as Serras onde escreveu: “os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”
Disseram que queriam mais do mesmo, e votaram nos “independentes” que usão e abusão do nome de Quiaios.
E agora?

Agora!

Agora a CDU, apesar de ter sido penalisada, passou a ter menos um representante, vai aliar-se ao outro que andou sempre na lua para ensinar aos eleitores estupidos de Quiaios como é que se vota.
Será que a CDU ainda mantém a frase de Eça de Queiroz. É que pelos vistos os maus, prepotentes e eleitos por votantes idiotas sairam pelo próprio pé.