2009/11/26

Nunca nos dão as boas notícias



No Diário as Beiras de hoje.
“O autarca convocou ontem os jornalistas para apresentar aquele que está incumbido de elaborar uma programação de qualidade com menos dinheiro”

“Porém, neste caso, a independência não vai sair cara aos figueirenses. Pelo contrário, garantiu, gerir o CAE vai ficar mais barato.”

“Os custos directos inerentes à contratação de Rafael Carriço, cujo valor o vereador não revelou, são reduzidos.”

Menos dinheiro, ficar mais barato, custos reduzidos e no final não se diz quanto custa?

Não temos direito às boas noticias.

Se isto tivesse acontecido à 6 meses o que é que o Sr. Vereador diria?

Vou esperar por Dezembro e ler o livro.

4 comentários:

Anónimo disse...

O senhor é mesmo mal intencionado!! E nada isento! Assim não! Acaso sabe quanto ganhava/ganha Ana Redondo? E Fernandes Tomás? E a directora artística sem qualquer habilitação para as funções? Sabe? Se sabe diga! Informe-nos para podermos comparar! Se não sabe, por que está tão interessado em saber agora com tanta precisão? Não lhe chegam as explicações do vereador? Se calhar com a Tersa Machado andavamos mais informados...sabíamos tudo!

Migdar disse...

Mal intencionado e nada isento porquê? Como cidadão não tenho o direito a saber?
“Acaso sabe quanto ganhava/ganha Ana Redondo? E Fernandes Tomás? E a directora artística sem qualquer habilitação para as funções?” A resposta é não.
Posso dizer-lhe que não concordava e não concordo com o modelo de gestão do CAE e do Museu/Biblioteca. Se não concordava antes tenho de concordar agora?
“Se sabe diga! Informe-nos para podermos comparar!.”
Já disse que não sei mas, se soubesse comparava com o quê?
Se não sabe, por que está tão interessado em saber agora com tanta precisão?
Por uma razão simples. Para saber onde vai ser poupado o dinheiro. É que nem sempre a redução de custos implica poupança de dinheiro a médio e longo prazo.
O anónimo é que parece que não concordava com a transparência anterior e com esta já não se importa.
Caro anónimo sou militante do PSD. Nada devo ao PSD e o PSD nada me deve a mim. Sou livre de dizer o que penso. Em matérias como cultura, educação e empresas municipais critiquei as orientações do PSD não vou por isso deixar de criticar o PS se assim entender.
Lembre-se de uma coisa. Uma asneira feita pelo PSD ou pelo PS é sempre uma asneira. Não muda. Da mesma maneira uma boa proposta do PSD ou do PS é sempre uma boa proposta.

Anónimo disse...

Na minha humilde opinião,o actual executivo estreou-se mal com a nomeação de um artista para um cargo de direcção do CAE... Isso, por várias razões :

1)Não parece bem que um lugar de direcção de uma instituição pública se faça por nomeação, mas sim por concurso público!
Resta então saber se este não será apenas um daqueles cargos de "confiança política" para boys ou girls politicamente correctos,caindo assim por terra o interesse público da questão...

2)Para o cargo de director artístico de um centro cultural não é muito aconselhável escolher um artista e muito menos alguém que tem uma companhia de dança, porque obviamente toda a programação irá ser condicionada pelos gostos e/ou interesses corporativos dessa pessoa.
Ora,o CAE sempre se afirmou, nomeadamente desde o início, como um centro cultural com uma programação generalista e variada, destinada a abranger diversos públicos e não apenas o especializado nesta ou naquela área!
Por outro lado, é também importante que um director artístico saiba alguma coisa de gestão, o que não parece ser o caso...

3)Também me parece desaconselhável a instalação de uma companhia residente no CAE... Esse modelo de gestão cultural está completamente ultrapassado, pois só fomenta o clientelismo,o despesismo e a inércia criativa!

4) Mas o mais absurdo parece mesmo ser a instalação do(s) dito(s) artista(s) e respectiva(s) comitiva(s) numa das alas da Quinta das Olaias(?!)
Poupem-nos!!! Já não bastava a ocupação do CAE por uma "empresa municipal", seguinda agora por uma "empresa artística", com cama, mesa e roupa lavada incluida! É, de facto o cúmulo!!!
Saberão os figueirenses que esses senhores irão ter o inexplicável privilégio de ocupar um espaço repleto de património (móvel) municipal?

Migdar disse...

Caro anónimo das 12.38
Alguns pontos que refere são discutíveis. Ainda bem que é assim.
Quanto ao ponto 4 não tenho elementos suficientes pelo que, para já, não me pronuncio.
Quanto os restantes pontos levanta questões que merecem discussão. Podia-se aliás, aproveitar o debate que já vem tendo lugar em muitas cidades e instituições.
Por nomeação ou concurso público?
Eu prefiro por concurso público. Mas, não é o director que vai a concurso é o projecto.
Desta opção resulta que, o facto do director artístico ser artista ou gestor não interfere com a qualidade do projecto. Se é o projecto que vai a concurso as diversas valências tem de estar incluídas.
Companhias residentes e diversidade artística. Já vários modelos foram testados. Uns com sucesso outros não. Não vejo que seja por aqui que vá mal ao mundo.
O que tem destruído muitos modelos de gestão cultural é a conivência política e artística em sustentar projectos sem objectivos definidos ou concretizáveis. Em resumo copiar modelos de Lisboa e Porto com os maus resultados que se conhecem mas em menor escala.
Se eu conseguir perceber o que é criar uma marca made in Figueira volto ao tema.