2009/11/30

Brigada do reumático


Foi como Brigada do Reumático que ficou conhecido o grupo de oficiais generais que em 1974 reuniram com Marcelo Caetano com o intuito de provar que tinham as ditas sob controlo.

Lembrei-me disto a propósito da ausência do Sr. Presidente da República na homenagem a Melo Antunes.


A actual brigada do reumático “informou” hoje:

"Não íamos fazer nada à audiência"
Membro da comissão promotora do colóquio, mas falando a título individual, Vasco Lourenço disse ao Expresso que o convite a Cavaco Silva foi feito não em Outubro mas "ainda antes das férias do Verão". Em resposta, a Presidência transmitiu que Cavaco Silva "não presidiria ao colóquio e que também não estava disponível para dar o seu alto patrocínio à homenagem".

Nestes termos, "quando o Chefe da Casa Civil nos convidou para a referida audiência, achámos que não valia a pena porque não íamos lá fazer nada". Vasco Lourenço afiança que "nunca nos foi dito que a audiência se destinava a analisar a forma do Presidente da República se envolver ou apoiar a homenagem".
A decisão de não comparecer à audiência com Cavaco Silva "foi pacífica" entre os vários membros da comissão executiva, composta por Fernando Melo Antunes (irmão do falecido ministro dos Negócios Estrangeiros), José Romano, Maria Inácia Rezola, Mário Mesquita e Vasco Lourenço.

Quanto ao facto de não poder presidir penso que a resposta já havia sido dada. No que diz respeito ao alto patrocínio, seja lá o que isso for, é sempre discutível.

O mais extraordinário é que o Sr. Presidente da República convidou estes senhores para uma audiência e eles pura e simplesmente acharam que não valia a pena.

Podemos gostar ou não do professor Cavaco Silva. Podemos não gostar das suas posições ideológicas mas que diabo é o Presidente da Republica.

O que esta atitude demonstra ou confirma é a falta de sentido de estado e, o que é o estado para estas "glórias". Quem manda somos nós e a república somos nós e tu presidente estás ai por engano.

Não satisfeito o chefe da brigada termina ainda “Falando sempre a título individual, o presidente da Associação 25 de Abril lamentou "mais esta confusão da Presidência da República, depois de toda a história à volta das alegadas escutas".

Quanto à estoria das escutas ainda muita água vai correr por baixo da ponte: Alfredo Barroso, chefe da casa civil de Mário Soares, disse, na sic noticias na semana que passou, que sabia de fonte segura que Fernando Lima não tinha sido fonte de nenhuma das notícias sobre escutas do verão passado. Com o tempo e quando já não tiver interesse saberemos a verdade.

Num programa da RTP Memória da semana que passou este chefe da Brigada dizia que o 25 de Abril tinha sido a melhor operação militar da Historia Militar Portuguesa. Valeu a presença do General Loureiro dos Santos para por juízo na cabeça do dito e lhe dar uma pequena lição de História Militar.
Na boa tradição do absolutismo francês "L'État c'est moi", para a brigada o estado é nosso. O resto são contingências.

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