2010/07/30

Mentes sensíveis



Tenho lido vários comentários, em diversos blogues, sobre o ataque que é feito pela justiça ao pobre Eng. Sócrates.

De tão sensíveis que são, estas almas, optaram por ocupar a parte do cérebro destinada à inteligência e racionalidade com sensibilidade.

Os resultados estão a vista.

Se não vos doer façam lá um esforço.

Pelo menos formalmente, existe em Portugal uma coisa chamada separação de poderes.

O poder Judicial deve ser independente do poder político (legislativo e executivo).

O poder judicial administra a justiça. Não faz as leis e não dá os meios para executar essas mesmas leis. Tudo isto é responsabilidade do poder político.

Um poder político sério, honesto e dotado de um mínimo de sentido de estado e de defesa da coisa pública, cria leis de forma correcta e dá os meios para que estas sejam aplicadas.

Em Portugal não é assim. O poder político procurou sempre subverter as regras do jogo. Quando já não era possível faze-lo apenas com alterações legislativas e falta de meios começou a seduzir a classe judicial. São as nomeações, os convites para deputados, cargos internacionais etc.

Não foi a política que foi judicializada. Foi a Justiça que foi politizada.

E foi porque a classe política cria ter um poder consagrado na constituição como independente no bolso. Encontrou na área da justiça quem estivesse disponível para o frete (alguns com gosto e manifesto talento).

Se os políticos criarem leis decentes, que sejam possíveis de colocar em prática e que os tribunais e a investigação tenham meios para desempenhar as suas tarefas o problema fica, esmagadoramente, resolvido.

Acham que os políticos querem isso? Não.

Preferem um sistema miserável mas que, apesar de tudo, ainda controlam, a um sistema que cumpra os desígnios do Estado de Direito. Todos os cidadãos são iguais perante a lei.

2010/07/28

Parabéns




Aos residuais, Politica de choque, Outra margem e Politicazinha.

O Migdar não chega a ser residual, é muito residual, e por isso não vai adoptar
a distinção.

Vai continuar pelos juniores e a assistir ao jogo dos seniores.

Uma espécie de apanha bolas que faz uma perninha nos treinos quando não à malta suficiente.



Boa semana.
Nota: Não vale a pena tentar aumentar a imagem porque não dá para ver nada. Já tentei mais de 10 vezes. Residuais!? Hum!

2010/07/27

A ler

Quem quiser, obviamente.

Salazar na história


40 anos sem Salazar

Parabéns



As autoridades policiais e judiciais portuguesas são sistematicamente alvo de críticas.

Não partilho desta opinião.

Num país em que a corrupção, a cunha e o tráfico de influências é feito às claras conduzir uma investigação que não chegue a lado nenhum, que não consiga provas de nada e mesmo assim deduzir uma acusação destas sem se rirem, ou corarem de vergonha não é fácil.

Para meditar!

Está bem. Se é assim

“o que é que achas, a Figueira da Foz ainda tem hipóteses de se erguer e precipitar no mar ou a Figueira já secou de vez?”.

Ou

"Quando estávamos á beira do abismo, tomámos a decisão certa: demos um passo em frente" - João Manuel Pinto

Dizer não ao rock no forte que custaria 15 mil euros aos cofres municipais!
Mesmo que fosse de borla no CAE, alguém idealiza rock sem forte, muito pó e esplanada por perto?! Todos, por favor, todos, à manifestação contra esta prepotência autárquica!



Pronto, Pedrosa apenas pensa que na FGT e na Câmara há uns tansos que não se preocupam com a segurança dos espectadores de concertos, que não reforçaram a estrutura do palco nem procuraram compreender se o Instituto de Meteorologia previa ventos fortes para os dias dos espectáculos.
Ontem à noite José Cid actuou sem qualquer problema, esta noite não temos, também, nenhuma tempestade à vista. Ainda por cima provou-se que este é o melhor local para instalar palco para concerto, a audiência pode ser duplicada com a esplanada Silva Guimarães a servir de 1º Balcão.


Ou

"Juskowiak, a vantagem de ter dois pés." - Gabriel Alves

"O difícil, como vocês sabem, não é fácil" (Jardel - Sporting)

e como sabem

"Não são os super-sumos dos analistas..."
Luis Filipe Vieira, aos jornalistas, em Bystrica, sobre as supostas manobras de desestabilização.

de facto

"É uma falta de ingratidão - ÁLVARO MAGALHÃES.

2010/07/23

Mas como a vida continua

Adiada lei que suspende autarcas condenados

É pena.

O que podíamos ser e o que somos.


Lido aqui.

Sexta feira



E o oráculo da verdade da blogosfera figueirense ainda não se pronunciou sobre a verdade da gestão autárquica e demais assuntos do território municipal.

Aguardo ansiosamente.

Nota: Ainda só contei 350 pessoas que já critiquei. Enquanto não contar todas não estou, obviamente, habilitado a divagar sobre revelações. Contudo, e como este blogue é manifestamente residual, lá vou dizendo alguma coisita.

2010/07/21

Viva a constituição

Apoio para estacionar

Os motoristas da Carris recebem um subsídio para estacionar os veículos e abastecerem-se de bilhetes e um outro por os venderem nos autocarros. O Tribunal de Contas questionou este subsídios, que custaram à empresa cerca de 4,5 milhões de euros, em 2007, e recomenda a sua progressiva eliminação.

O Tribunal de Contas considera que preparar e estacionar veículos é uma tarefa indissociável da função de condução, pelo que não deveria implicar um pagamento suplementar. Por outro lado, este subsídio também visa compensar os motoristas por prestarem contas da venda de bilhetes, uma tarefa pela qual indirectamente já recebem outro subsídio: o de agente único.
"Os condutores recebem o subsídio de agente único por desempenharem a função de cobrador, que desapareceu", explica ao CM Sérgio Monte, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA). Por outro lado, recebem o subsídio complementar de condução para estacionar e "irem buscar os bilhetes", tarefas que desempenham fora do seu horário de trabalho, de 40 horas semanais, concretiza Sérgio Monte. O TC considera, na auditoria que fez à Carris, que estes subsídios não estimulam a produtividade "nem decorrem de tarefas especiais que os justifiquem".


Custaram à empresa cerca de 4.5 milhões euros. Há empresa não. Aos contribuintes que a carris é publica.
Mas isto não choca pois não?

E se vissem a folha de ordenado dos funcionários do metro então……………….

Viva a igualdade.

Enquanto alguns otários tiverem a felicidade de ter trabalho o caminho para o socialismo vai continuar.

Com a dependência, directa ou indirecta, que grande parte da população tem de dinheiro público qualquer alteração que possa mudar este estado de coisas vai sempre dar ao mesmo lado. Lado nenhum.

Igualdade? Se igualdade é continuar a sustentar este estado de coisas então paguem-na.

Basta consultar.

As críticas

Não obstante o que se disse no post em baixo não deixa de ser curioso ( o habitual mas de qualquer forma curioso) ler muitas das criticas que são feitas à infeliz proposta do PSD.

Alem das respostas pavlovianas e dos síndromes Kelsenianos da Norma Fundamental ( que nem o seu autor conseguiu resolver) o mais curioso é a absoluta incapacidade de pensar a realidade existente por confronto com a constituição actual.

O véu da ignorância “cheio” de virtualidades em Rawls não passa de uma venda nos olhos da sociedade portuguesa.

Assim a evoluída sociedade portuguesa aceita a existência das inutilidades:

Que são os governos civis ( uma grande conquista de Abril não é ? )

Um SNS magnífico para tratar dos casos mais graves e caros e, dos problemas de todos aqueles que não tem nenhum subsistema de saúde. Os que o têm só em ultimo caso vão ao SNS. Vão ao privado, pagam uma pequena parte, e a restante é paga pelos contribuintes.
Os restantes ficam em lista de espera. Toma que é democrático.

Pagam a existência de milhares de institutos públicos que empregam desde o filho ao
periquito dos políticos e dos senhores fulanos tais.

Pagam um sistema de educação inútil.

Pagam as dívidas das empresas do estado e recebem um serviço miserável em troca.

Pagam um sistema de justiça que os despreza.

De facto, e como diz o preambulo da dita, caminhamos para o socialismo com toda a porcaria que isso representa e sem nenhuma das virtualidades que aqueles que, à vinte anos o modificaram, conseguiram obter. É triste.

Estúpido

O PSD continua sem perceber que qualquer alteração à constituição tem de ser feita de baixo para cima e não ao contrario.

Tem de dizer o que quer fazer e, se for caso disso, explicar porque razão é necessário alterar a constituição para atingir esses objectivos.

Qualquer proposta de alteração que não seja feita desta forma está condenada ao fracasso. Sejam boas ou más as propostas.

Vivemos numa sociedade miserável, ignorante, canalha, que fará tudo por tudo para conseguir impedir qualquer modificação que conduza a uma maior responsabilização, dessa mesma sociedade, pelo seu futuro.

Infelizmente o PSD faz, cada vez mais, parte dessa sociedade.

2010/07/15

No fim de dobrados...

Nem com o calor do verão se conseguem endireitar um pouco.


Ao que consta o Financial Times não solicitou nenhuma entrevista a Sócrates.

A entrevista foi dada num suplemento pago por anunciantes.

Os anunciantes foram a Caixa Geral de depósitos, a REN, Ministério da Agricultura e não se sabe mais.

Esta notícia deveria ter sido explicada. A começar pelas televisões que a transmitiram. Mas não.

Referencias aos anunciantes privados zero.

Questionar o Ministério da Agricultura, que não tem dinheiro para nada, zero.

O costume.

Dedicado a todos os modernaços da Figueira.

A malta que gosta de betão, centros comerciais, estádios.

Também para os mais ousados que querem tudo isso na frente ribeirinha e de mar.


Ja pensaram transformar o estádio numa loja chinesa?

2010/07/13

No Facebook

Ou fora do Facebook estes argumentos não são aceitáveis vindos de um membro da Assembleia Municipal.

A instalação de um Shopping não se reduz ao risco dos privados e ao cumprimento das leis, e alimentar uma discriminação relativamente a lojas chinesas fica mal e não é desculpa para o estado do comércio local.

2010/07/12

Começar pelo telhado Perspectivas 3


Se alguém tiver dados para responder a estas interrogações, força.

Segundo o Diário as Beiras o Shopping Foz Atlântico terá:

Um hipermercado

Quantos hipermercados, maiores ou menores, já tem a figueira?

É sustentável a criação de outro hipermercado?

Pessoalmente tenho dúvidas.

300 Lojas


O Concelho tem economia para ter um Shoping que acrescenta mais 300 lojas à oferta já existente?

A “previsível?” ocupação dessas lojas será feita pelo crescimento do mercado ou pelo desaparecimento da concorrência?

Cinemas.

Actualmente a oferta de salas de cinema está esgotada? Não à oferta que chegue para a procura?

900 Lugares de estacionamento.

À falta de estacionamento, actualmente, nas superfícies comerciais instaladas?

Se, por exemplo, no sábado as 11.00 horas da manhã contarmos os carros estacionados nas 3 superfícies comerciais mais concorridas encontramos mais se 900 carros estacionados? Se sim quantos (muitos, poucos ou assim assim)?

900 postos de trabalho directos.


A resposta a esta pergunta tem muito a ver com as respostas anteriores.

Se o projecto é uma resposta ao aumento do mercado admito que se criem postos de trabalho.

Se o projecto assenta na capacidade de derrotar a concorrência mais do que na criação de valor por si próprio a pergunta poderá ser feita ao contrário.

Por cada posto de trabalho criado quantos são os postos de trabalho que desaparecem noutras superfícies comerciais e quantas lojas vão encerrar?

Tenho muitas dúvidas e reservas relativamente a este tipo de projectos na figueira.

Seria bom que o Executivo Camarário disponibilizasse on line os estudos que servem de suporte a este projecto.

Duas notas: As lojas chinesas desde que cumpram as mesmas regras que as restantes e paguem os seus impostos são tão “boas” como as lojas portuguesas. Ninguém é obrigado a lá entrar. A decadência do comércio Tradicional na Figueira não tem nada a ver com lojas chinesas. Parem de arranjar bodes expiatórios.

Outra “corrente” que por aí anda, refere um “êxodo” figueirense para outras paragens em busca de lojas de marca e a preços convidativos.

As lojas de marca não estão na figueira por falta de espaço?

Os argumentos das mesmas, pelo menos à uns anos, era de que não havia um mercado que o justificasse. Se o poder de compra na Figueira fosse elevado e o numero de potenciais clientes também, alguém acredita que essas mesmas lojas estariam à espera de um centro comercial?

2010/07/11

A causa.


Pelos vistos a causa dos problemas do comércio na figueira são as lojas chinesas.

Com mais um hipermercado é que a malta dá cabo delas.

Criam!?

2010/07/10

Toma 3

Para os invertebrados não dizerem que são só coisas más.

Só uma "piquena" nota: o argumento do jornalista, pelos vistos alguem que percebe de economia, é estupido.

Lamento mas não à outra forma de dizer a coisa.

Não consigo perceber que tipo de gente consegue fazer isto em publico.

Esta!!!!

Esta é mortal. Até um invertebrado fica com dores na espinha.

Toma 2

Esta gente não presta

Pois não. Alguma novidade.

Toma!

Não aconcelhavel a invertebrados.

Começar pelo telhado Perspectivas 2



Até algum tempo Coimbra tinha como única grande superfície comercial o Continente.

Coimbra optou cedo pela “indústria” a que se queria dedicar. Essa “indústria” era a função pública e os serviços públicos.

Dá um poder de compra elevado e a sua manutenção depende do estado central.

Em caso de desemprego, que é sempre difícil de acontecer na função pública, não correm o risco de lhes acontecer o mesmo que os seus colegas políticos de outros concelhos.

Não são bombardeados com as perguntas: O que vai fazer para tentar manter esta fabrica na sua região? Quais são os incentivos que a câmara pode dar ?

A culpa, obviamente, será sempre do estado central.

Três delícias para a classe política local.

Tiveram ainda o talento de “exportar” a boysada política excedentária para a figueira.

Na figueira, como pensar dá trabalho, o topo da carreira era chegar a casa no banco de trás de um automóvel e ter alguém para abrir a porta.

A Figueira não foi capaz de definir o seu modelo de desenvolvimento. O fundamental eram as negociatas e andar no banco de trás do automóvel.

Enquanto as cidades vizinhas definiram o seu modelo de desenvolvimento no final da década de 80, com excepção talvez de Cantanhede que começou mais tarde, a figueira está hoje na triste situação de não ter um modelo de desenvolvimento para cativar investimentos.

Pior, corre o risco de ter de aceitar projectos que não acrescentam nada ao desenvolvimento económico da figueira e condicionam o desenvolvimento integrado do concelho.

Está, como fizeram as universidades que aí se instalaram, na situação de hospedeira para projectos que chegam e partem ou para projectos que, se são tão bons não se percebe porque não vão para outros locais.

Como S. Tomé é ver para crer.

Começar pelo telhado. Perspectivas 1



Em tempos de crise podemos, e devemos, apoiar projectos que contribuam para o desenvolvimento económico do concelho.

Ao ler, no Diário as Beiras, as declarações de alguns senhores vereadores eu fico sem perceber o que é projecto do Shopping Foz Atlântico.

Pior, fico sem perceber se eles sabem do que é que estão a falar.

Então quando se fala em falta de informação, celeridade do processo e na criação de novas centralidades fico com os cabelos em pé.

O grande problema não é a falta de informação mas sim a falta de uma ideia de cidade e por arrastamento do concelho.

O mesmo se passa relativamente à instalação da loja do cidadão. Primeiro não se percebe se os senhores vereadores e executivo sabem o que é uma loja do cidadão e depois acham boa ideia instalar esse equipamento no mercado sem cuidar de ver se é ou não o melhor local. Reduzem a opção à falta de espaço.

O PS e o PSD não foram e não são capazes de pensar o desenvolvimento da cidade. Por isso, qualquer projecto que se apresente é sempre um problema e, qualquer autorização urbanística um tiro no escuro.

O que os senhores vereadores, executivo, assembleia municipal e estruturas partidárias deveriam fazer era primeiro definir qual é o modelo de desenvolvimento que querem e depois ver se os projectos apresentados estão ou não de acordo com o modelo definido politicamente.

Já não é a primeira vez que os senhores vereadores reúnem para decidir que não podem decidir.

Dá mau aspecto. Seja ou não culpa da vereação, a verdade é que não devem agendar assuntos para os quais não estejam em condições de deliberar ou, pelo menos, de discutir com um mínimo de profundidade.

2010/07/08

Logo

As classificações do concurso, “ desenhe um logo para o município da figueira da foz”, já fora atribuídas segundo pude ver aqui.

Gosto do logo que ficou em primeiro lugar. Não gosto das cores.

Os tons escuros e o amarelo não fazem lembrar a praia ou o mar. Fazem lembrar o deserto.

Não fazem lembrar ondas mas sim dunas.

O sol tem um tom mais ameaçador do que convidativo.

Pessoalmente gostaria de ver outras cores.

A vencedora foi Rita Bugalho Vidas Galocha. Muitos Parabéns.

Se ainda forem a tempo no lugar destas cores

Logo Original e vencedor do concurso



Porque não estas.
Logo original mas no qual as cores foram alteradas





Nota: A alteração da cor do logo não é nenhuma apropriação do trabalho da autora, Rita Bugalho Vidas Galocha, ou adulteração do logo original. A alteração das cores do logo visa apenas exprimir uma opinião que seria difícil de concretizar por palavras. Enquanto cidadão procuro dar uma opinião sobre um símbolo que, no fundo, também acabará por me representar. Se por ventura outra interpretação for dada, que não é manifestamente a intenção do autor do blogue, o post será automaticamente removido. Agradeço por isso que qualquer referencia ao logo no qual a cor foi alterada seja seguido da expressa referencia ao logo original e à sua autora para que nenhuma confusão possa surgir nem o mérito artístico seja retirado a quem de direito. Neste caso a Rita Bugalho Vidas Galocha. Obrigado.

2010/07/07

Confusão??

Na entrevista do Sr. Presidente da Câmara ao Diário de Coimbra de 2 de Julho:

“DC: A revisão do PDM é uma das maiores preocupações manifestadas pelos autarcas das freguesias, principalmente as rurais.”

“JÁ: A revisão dos planos de ordenamento de território é uma matéria que tem tanto de importante como de sensível. Trata-se de um dossier que constatámos, ao contrário do que tinha sido diversas vezes anunciado, estar praticamente na estaca zero. Conheço vontade de expansão urbanística das freguesias, mas importa perceber que essa expansão só pode ocorrer de uma forma sustentada e não arbitraria, corrigindo alguns erros do passado nesta matéria nomeadamente o excesso de oferta de habitação nova, em detrimento da reabilitação, nas zonas urbanas, e possibilitando o desenvolvimento de todo o concelho.”


Não vou dizer que a pergunta era essencialmente sobre alhos e o Sr. Presidente respondeu com bugalhos.

Também não vou dizer que a resposta é a típica chapa cinco.

Vale para qualquer pergunta feita sobre a matéria.

Mas a verdade é que a pergunta enuncia claramente que a preocupação é dos autarcas das freguesias rurais.

Este magnífico PDM conduziu, “bem acompanhado” pela incapacidade de desenvolvimento económico à desertificação das freguesias.

Fizeram-se investimentos na reabilitação de escolas que agora estão a fechar.

Outros equipamentos relacionados com o acompanhamento de crianças estão com serias dificuldades.

É cada vez mais difícil encontrar gente para participar em projectos, sejam de que natureza for, porque simplesmente já não vivem nessas freguesias.

A falta de massa critica tem vindo a reduzir a capacidade de intervenção e participação das, e nas, freguesias.

As alterações as regras de recenseamento eleitoral além de terem afastado as pessoas das suas freguesias estão, e vão conduzir num futuro próximo, a uma quebra cada vez mais acentuada das transferências de verbas para as freguesias.

O problema do PDM nas freguesias rurais nada tem a ver com Lavos e com as freguesias urbanas que rodeiam a cidade.

No fundo o Sr. Presidente da câmara, provavelmente por ainda não ter percebido a gravidade e a extensão do problema, no lugar de responder aos autarcas dessas freguesias respondeu aos construtores civis.

2010/07/06

Registo 2

Lidio Lopes tem razão: “houve aqui um caso que só tem importância por estarmos na selly season.

O que Lidio Lopes não percebe, ou não quer perceber, é que o PSD Figueira está na selly season vai para cinco anos.

Não vale a pena repetir o que já escrevi no blogue. Quem quiser pode ler. Mas é bom relembrar algumas coisas.

Aqueles que fazem parte da estrutura concelhia do PSD e todos os outros, que não fazendo parte tem relevância politica, podiam e deviam ter resolvido o problema.

Bastava que no final das últimas eleições – que perderam por mais que lhes custe – , deixando passar algum tempo e já com a cabeça fria, tivessem feito um verdadeiro debate interno e uma verdadeira luta pela concelhia.

Curiosamente não houve esse debate. Curiosamente, ou talvez não, ninguém o quis.

Uns porque não tiveram coragem de enfrentar os resultados e entenderam que, calados e caladinhos lá conseguiriam passar pela chuva sem se molhar.

Outros porque entenderam que não era importante este combate e, por ventura, se as coisas correrem bem pode mesmo não vir a ser necessário. Acresce a sua convicção de que podem ganhar votações sem estar na concelhia.

Ambos porque, uma vez que Duarte Silva não é militante, podia arcar com a maior fatia da responsabilidade política pela derrota.

No fundo Lidio Lopes acha que chegará a algum lado politicamente se tudo correr bem, sem perceber nem explicar o que é o tudo ou o correr bem, e Miguel Almeida acha que sabe o que é o tudo e o correr bem porque, no fundo, entende, que tudo correr bem depende dele.

Os restantes são correias transmissoras das diversas sensibilidades.

Já o disse e volto a repetir. Neste momento Lidio Lopes e Miguel Almeida não fazem parte da solução do PSD Figueira mas do problema.

Está nas mãos deles inverterem este estado de coisas.

O concelho não são os militantes e tudo correr bem não pode estar dependente da incompetência ou da falta de resultados do actual executivo.

Ainda vamos a tempo mas não é neste registo.

2010/07/02

Registo

Para discutir determinado assunto devemos estar todos no mesmo registo.

Caso contrario, corremos o risco de nunca se perceber o problema.

As soluções podem ser diversas mas, a identificação do problema tem de estar feita.

Determinados conceitos também devem estar minimamente assentes.

Evitamos assim, e como se costuma dizer, confundir alhos com bugalhos ou, a beira da estrada com a estrada da beira.

Um pequeno e muito modesto contributo:

Uma instituição que tenha receitas de 50.000,00 e despesas 40.000.000 poupa 10.000.00

Uma instituição que tenha receitas de 50.000,00 e despesas de 80.000,00, se não gastar 12.000,00 não poupa rigorosamente nada. A unica coisa que faz é não gastar.

A poupança é a diferença - positiva - entre o que se tem e o que se gasta. Nunca é o contrário.

Enquanto não perceberem esta pequena diferença não percebem como se reduz um determinado passivo.

Golden mas pouco



Qualquer estado que queira proteger os sectores estratégicos da economia não privatiza ou privatiza parcialmente.

A golden share nunca passou de um esquema de faz de conta. Mesmo nos países onde inicialmente surgiram todos sabiam que elas não passavam disso.

Cedo perceberam que a verdadeira golden share eram grupos económicos fortes, capazes de competir e de afastar concorrentes.

Aqui pela paróquia houve dois grandes objectivos: a receita obtida com a privatização e manter um lugar de influencia partidária. Não houve, nem há, nada de estratégico.

Os privados sabiam bem disso.

Geriam a empresa, aceitavam ( cobravam) a existência de Boys e tudo corria bem.

Quando alguma coisa corria mal, um “bom” negocio versus o “interesse nacional”, “cediam”, patrioticamente em nome deste último.

Obviamente que o estado arranjava alguma coisa noutro lado para colmatar a falha. Sempre em nome do interesse nacional, obviamente.

Agora a necessidade ( fome ) e uma oferta generosa ( vontade de comer ) juntaram-se. O interesse nacional é o desespero de causa.

Noutros tempos não aceitavam a oferta. Provavelmente, daí a uns tempos apareceriam como grande entusiastas e financiadores de umas auto estradas e etc.

Que fique pelo menos a lição. BPN, BCP e tantos outros projectos partidários arruínam qualquer país.

Enquanto tivermos interesses privados dentro dos maiores partidos e uma parte da classe empresarial que vive a custa do REMGE (Rendimento Empresarial Máximo Garantido pelo Estado) não há nenhuma golden que nos valha. Nem a maçã.

Nota: já aquando da OPA da Sonae, o eng. Belmiro afirmou que a questão da vivo teria de ser resolvida. Não era possível manter este tipo de estrutura com os espanhóis.
O estadão e amigos entenderam o que se soube. Grande lambada.

2010/07/01

Boa


Pelos vistos foi aprovado pela Assembleia Municipal o grupo de trabalho que vai acompanhar o processo do parque desportivo de Buarcos.

Aguardo a aprovação:

- do grupo de trabalho para acompanhar a problemática do coreto,

- o grupo de trabalho que vai estudar a posição dos palcos instalados pela câmara,

- o grupo de trabalho que vai estudar a instalação dos fogareiros.

A dependência que hoje existe entre as diversas forças politicas permitiria realizar um trabalho de fundo, estrutural, relativamente à dimensão, funções e actuação da câmara.

Permitiria repartir a responsabilidade política das decisões mais importantes.

É confrangedor!