2010/07/07

Confusão??

Na entrevista do Sr. Presidente da Câmara ao Diário de Coimbra de 2 de Julho:

“DC: A revisão do PDM é uma das maiores preocupações manifestadas pelos autarcas das freguesias, principalmente as rurais.”

“JÁ: A revisão dos planos de ordenamento de território é uma matéria que tem tanto de importante como de sensível. Trata-se de um dossier que constatámos, ao contrário do que tinha sido diversas vezes anunciado, estar praticamente na estaca zero. Conheço vontade de expansão urbanística das freguesias, mas importa perceber que essa expansão só pode ocorrer de uma forma sustentada e não arbitraria, corrigindo alguns erros do passado nesta matéria nomeadamente o excesso de oferta de habitação nova, em detrimento da reabilitação, nas zonas urbanas, e possibilitando o desenvolvimento de todo o concelho.”


Não vou dizer que a pergunta era essencialmente sobre alhos e o Sr. Presidente respondeu com bugalhos.

Também não vou dizer que a resposta é a típica chapa cinco.

Vale para qualquer pergunta feita sobre a matéria.

Mas a verdade é que a pergunta enuncia claramente que a preocupação é dos autarcas das freguesias rurais.

Este magnífico PDM conduziu, “bem acompanhado” pela incapacidade de desenvolvimento económico à desertificação das freguesias.

Fizeram-se investimentos na reabilitação de escolas que agora estão a fechar.

Outros equipamentos relacionados com o acompanhamento de crianças estão com serias dificuldades.

É cada vez mais difícil encontrar gente para participar em projectos, sejam de que natureza for, porque simplesmente já não vivem nessas freguesias.

A falta de massa critica tem vindo a reduzir a capacidade de intervenção e participação das, e nas, freguesias.

As alterações as regras de recenseamento eleitoral além de terem afastado as pessoas das suas freguesias estão, e vão conduzir num futuro próximo, a uma quebra cada vez mais acentuada das transferências de verbas para as freguesias.

O problema do PDM nas freguesias rurais nada tem a ver com Lavos e com as freguesias urbanas que rodeiam a cidade.

No fundo o Sr. Presidente da câmara, provavelmente por ainda não ter percebido a gravidade e a extensão do problema, no lugar de responder aos autarcas dessas freguesias respondeu aos construtores civis.

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