2009/12/31

Discussão do orçamento


Uma “piquena” pergunta.

Alguém que estivesse a dormir nos últimos meses e, acordasse a tempo da Assembleia de Municipal conseguia, apenas ouvindo, descobrir que houve eleições e que, quem estava no poder agora está na oposição e vice versa?

2009/12/30

De regresso



3 dias de festa. Começar a segunda feira a trabalhar ao mesmo ritmo da ultima semana é como sair de um comboio em andamento.

2009/12/22

Orçamento parte 2



Não consigo perceber os comentários que vou lendo pela blogosfera figueirense, imprensa e políticos, relativamente ao orçamento para 2010. Não é tanto os comentários ao orçamento mas a importância que lhe dão.

Tenho modestos conhecimentos de contabilidade e finanças públicas. Foram aprendidos e apreendidos (em alguns casos) com esforço. Por gosto vou estudando e lendo algumas coisas sobre essas temáticas. Continuo a teimar em dar mais importância “à descrição dos itens do que à factura em si.”

Qual é a importância do orçamento?

É um documento obrigatório, meramente técnico. Nada mais.

Um bom técnico de contabilidade faz um orçamento sem falhas. Não são precisos, um presidente e 8 vereadores.

O que eu gostaria de estar a discutir era um plano estratégico de desenvolvimento para o concelho. Os dois maiores partidos não têm, neste momento, capacidade para tal.

Não sendo possível, já me contentava em discutir as grandes opções do plano e o plano plurianual de investimentos. Estes aspectos é que são o verdadeiro orçamento (ou pelo menos uma boa parte dele).

Podem dizer que o que acabei de escrever está reflectido no orçamento. Não concordo.

A razão é simples. Se não contarmos com a despesa corrente e outros encargos financeiros (nomeadamente à banca), em parte porque são mais certos e mais rígidos, ficamos sempre com outro tipo de despesas ( ex: de investimento ) e acima de tudo com um grave problema de receitas. Nestes casos a ausência de um plano realista e estruturado não permite reflectir nada no orçamento. Nem uma ficção.

Dois exemplos:

Muitas despesas de investimento, tenho ideia que são a maioria, não têm em conta os encargos e custos de manutenção. Um “bom” investimento pode resultar, por exemplo numa estrutura difícil de manter, rentabilizar e desenvolver.

Não é possível prever um plano de receitas, por ex: do sector imobiliário, sem se saber onde será permitido construir e em que condições.

Os partidos políticos têm a obrigação de, durante o ano de 2010, pensarem os problemas do concelho e procurarem as melhores soluções. O Orçamento para 2011 será, ou não o reflexo disso.

Para já nem reflexo nem ficção. Apenas a constatação de que não dá para continuar assim.

Falta de espaço



Pelos vistos o PSD lá vai ter o seu congresso. Continuo sem perceber para quê.


Juntar tantos antagonismos, protagonismos, ódios de estimação, ausência de ideias, necessidade de emprego numa sala serve para quê?


Qualquer pessoa com o mínimo de senso sabe que para discutir alguma coisa é preciso, primeiro, estudar e pensar. Para fazer isto não é necessário um congresso, pelo contrário é prejudicial.


Uma parte vai arregimentar tropas e a outra vai ver para que lado pende a vitória para depois apoiar e manter o seu poder a nível local.


Querem discutir um projecto político, um modelo económico?


Querem discutir um projecto de poder?


Ou é só falta de espaço?

Orçamento



O Orçamento da Câmara Municipal foi aprovado. Votos a favor do PS, Abstenção PSD e contra movimento Figueira 100%.

Orçamento virtual, despesista são algumas das características apontadas.

Não vale a pena tentar ajustar contas com o PS neste orçamento. O que foi dito na campanha eleitoral não era para levar a sério (pelo menos para já).

Esse confronto terá de ser feito no orçamento para 2011.

Chamo apenas atenção para um aspecto: o que condiciona este tipo de orçamentos é a ausência de um plano estratégico para o concelho. Esta ausência já era visível tanto na actuação do PS enquanto oposição como nas propostas da campanha eleitoral. Assim quer se goste ou não, estes orçamentos são construídos primeiro pelo lado da despesa e só depois pelo lado da receita. Como a realidade se impõe com mais veemência pelo lado da despesa é natural que a ficção, o desejo e a ilusão fiquem a cargo da receita. Por vezes a ficção está dos dois lados. Aí é muito mau.

2009/12/20

Momentos Pacheco Pereira

A forma como o comentário de Jerónimo de Sousa às declarações do Sr. Sérgio Sousa Pinto e do PS, sobre as palavras do Sr. Presidente da República, fica registado nos videos on line. ( na televisão não vi)

Na RTP

Política
Jerónimo de Sousa considera exagerada a reacção do PS às declarações de Cavaco Silva
O líder comunista entende no entanto que o Presidente da República deveria pronunciar-se sobre outros temas.


Na SIC

"O secretário-geral do PCP defendeu ser exagerado acusar o Presidente da República de intromissão na agenda do PS. Num jantar com militantes em Braga, Jerónimo de Sousa disse que as declarações de Cavaco Silva sobre a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo são perfeitamente normais."

As duas noticias dizem respeito ao mesmo assunto. Do que dá para perceber são feitas no mesmo local e ao mesmo tempo.

Só não vê quem não quer.

Momentos Pacheco Pereira

Titulo da noticia do DN on line. O Jornalista é um tal de Francisco Mangas.

Cavaco diz que casamento 'gay' não é verdadeiro problema

Noticia

"A minha atenção está noutros problemas." Foi assim, sem ambiguidades, que o Presidente da República comentou, ontem, o diploma que vai permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Cavaco Silva disse ainda que nada fará para provocar "fracturas na sociedade portuguesa".
"A minha atenção está no desemprego, no endividamento do País, no desequilíbrio das contas públicas, na falta de produtividade e de competitividade."
E lembrava, de seguida, que o papel do Presidente da República deve centrar-se na união dos portugueses. Eu sei muito bem, até como economista, que apenas através da união dos portugueses nós conseguiremos uma mais rápida recuperação económica e criação de emprego", disse o chefe de Estado, que participou na cerimónia do 50.º aniversário da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Arruda dos Vinhos.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo não é, portanto, uma prioridade para Cavaco Silva.


Aqui está. A conclusão do jornalista passa a afirmação ( Cavaco Diz ) do Sr. Presidente da Républica e dá direito a título da notícia.

Depois dizem que somos nós os mal intencionados.

Estão acabar os limites



Este “funcionário” do PS acusou ontem o Sr. Presidente da República de se intrometer na agenda do PS sobre casamentos homossexuais.

Tinha ficado claro para toda gente que o Sr. Presidente de República apenas referiu os problemas que o preocupavam. Nada mais.

Jerónimo de Sousa explicou isso muito bem. Não me parece que os comunistas sejam apoiantes deste PR.

O que me preocupa não são as declarações deste senhor. Seriam tão irrelevantes como as dos seus colegas de outros partidos. Seriam disparates isolados e sem sentido.
Seriam, mas não são. Foram declarações combinadas com a direcção do PS e o Eng. Sócrates.

Estes senhores estão a procurar um conflito claro com o Sr. Presidente da República.

Já não estamos na luta normal entre governo e oposição. O PS quer o poder total.

2009/12/17

Novas oportunidades.


Governo estende o programa novas oportunidades à classe politica.

Exposição de motivos.

Tendo em conta que:

A classe politica é cada vez mais numerosa e heterogenia ( políticos, familiares, amigos, caciques etc),

As eleições continuam, tendencialmente, a realizar-se de 4 em 4 anos, o que limita a rotatividade na política,

Se entra na politica cada vez mais cedo e, sai-se cada vez mais tarde, o que manifestamente limita a aprendizagem de qualquer actividade útil e produtiva ( e preferencialmente não paga com o dinheiro dos contribuintes) por parte da classe,

A crise veio impossibilitar muitas oportunidades de negócio entre empresas da classe, o estado, entidades públicas e privadas colaborantes,

O governo, atento a este flagelo e de forma a não prejudicar tão ilustre classe, que tanto tem contribuído para o desenvolvimento do país, como as estatísticas o demonstram, vem, na certeza que o problema afecta todos, independentemente da cor partidária, propor a extensão do programa novas oportunidades à política.

Cegueira regionalista


O Dr. Carlos Abreu Amorim diz-nos que, quando se fala em regionalizar alguém grita com horror, Alberto João Jardim.

Quem? Só se for as pseudo elites que pululam pela nossa sociedade.

Se garantirem às populações que, com a regionalização, cada região vai ter o seu Alberto João a proposta passa. Mesmo em referendo.

Passa, por uma simples razão que escapa, naturalmente, a tão distinto comentador. As populações estão, em regra, a marimbar-se para a dita asfixia democrática da Madeira. Querem desenvolvimento, obras, em resumo dinheiro. Nisso Alberto João tem sido mestre.

CAA parte do princípio, pelo menos assim dá a entender, que no continente não há “Albertos”. Ora, no país o que não falta são “Albertos”. Em ponto grande, médio, intermédio e pequeno. Só lhes falta terem a sua região.

Agora lutam pelas concelhias, distritais, câmaras municipais, governos civis e outros cargos de nomeação política. Depois passarão a ter o seu pequeno governo e o seu grande tacho.

“Num ambiente descentralizado, em que as várias parcelas do País desfrutassem de um desenvolvimento homogéneo e equitativo, Jardim não imporia a sua retórica de chantagem.”

Se tivéssemos um país com um desenvolvimento homogéneo e equitativo precisávamos da regionalização para quê?

Para ficar igual à Madeira em tudo a quilo que o Dr. CAA critica? Provavelmente.

Nós precisamos de uma verdadeira descentralização administrativa, com clara definição de competências e efectivas transferências de verbas para os municípios.

Acabar de vez com a palhaçada dos acordos entre câmaras e governo para realizar determinadas obras que deveriam ser da competência exclusiva das câmaras, a realizar na forma e no tempo que entendessem. Só assim poderíamos ter elementos para julgar a actuação de um executivo camarário.

Hoje o voto é praticamente uma profissão de fé.

Não acreditam. Leiam os programas apresentados às eleições, vejam quais são as transferências obrigatórias de verbas para os municípios e depois digam-me, do que lá está, o que é possível realizar pelo município de forma autónoma.

Pouco, muito pouco.

Jornal de Negócios



Aconselho a leitura da entrevista ( leitura integral só em papel)

António Barreto estará hoje às 21.30 horas na Biblioteca Municipal. Projecto 5 ( quintas) de leitura. Se poderem passem por lá.

2009/12/16

HUUUUMMMM

Depois do que li aqui, e das últimas declarações do Sr. Presidente da Câmara uma pergunta, ou duas, andam a deixar-me curioso.

Será que o Dr. Ataíde sabia ao que ia?

Será que os senhores do PS - só a parte que o apoiou - lhe explicou bem o que era administrar uma câmara municipal?

Tenho ideia que o Dr. Ataíde já deve ter pensado, mas em que raio de alhada estes senhores me meteram.

No Diário as Beiras

“FGT: mantém-se ou extingue-se?”

Pelos vistos aumenta-se. O Sr. Presidente da câmara anunciou a intenção de mudar os estatutos para a admissão de mais dois vogais no concelho de administração.
Só não se percebe é porquê.

2009/12/15

No DN

“Embaixada em Madrid desmente Marcelo”

Até aqui tudo bem. Uns dizem que arranca outros não. O costume portanto.

Agora vamos à cereja.

“A representação diplomática portuguesa em Madrid é defensora da alta velocidade, uma vez que comprova in loco aquilo que consideram ser o "sucesso" das redes espanholas.”

As representações diplomáticas representam Portugal, o estado português. Não representam o governo.

Estas noticias e a ausência de desmentidos ( que se imponham) conduzem ao descrédito das instituições e das suas funções.

Portugal já não tem instituições nem funcionários. Venderam-se, hipotecaram-se a partidos, grupos e grupelhos.

fast food

Não sabia que o artigo teria tanta saída durante a semana.

"Campeão da luta contra as «forças de bloqueio» quando era primeiro-ministro, o actual PR não pode agora assistir sem pestanejar às tentativas para bloquear a actividade de um Governo que empossou há poucas semanas. Infelizmente, a desastrada actuação que teve no lamentável episódio das «escutas belenenses» afectou seriamente a sua credibilidade política. A legitimidade democrática do PR não está em causa, mas a sua autoridade carismática deixa muito a desejar. E isso não é nada bom para o país."

Os tempos que vivemos são de facto muito estranhos.
Uma certa fast food jornalística e de opinião.

Lembro apenas duas coisas:

Quais eram as forças de bloqueio de que falava Cavaco, primeiro ministro, e em que contexto foram referidas?

O Senhor Alfredo Barroso, no dia em que foi noticiada a permanência de Fernando Lima nos serviços da Presidência da República disse, no frente a frente da Sic Noticias, que sabia de fonte segura – na qual confiava plenamente - que Fernando Lima não tinha sido a fonte de qualquer noticia relacionada com as escutas que vieram a publico durante o mês de Agosto.

Assim, porquê manter este registo? Porquê "omitir" sistematicamente estes factos?

Por nada. Simplesmente um exercício de nostalgia. Saudades do tempo da presidência do Dr. Soares e da “grande independência manifestada nesses tempos”.

O Dr. Cavaco teve umas escutas, que geriu mal, e um conselheiro de estado que não o ajudou?
Imaginem se tivesse um fax de Macau, um melancia, fundações e um Rui Mateus. Era fixe.

Grito do Ipiranga


Depois de lermos este artigo podemos tirar duas conclusões:

Mário crespo levou um aperto ou (e),
Mário crespo está a querer dar luta, já.


Nota: tomei conhecimento do artigo aqui.

2009/12/14

Leituras





Alguns comentários já se encontram aqui.

2009/12/13

Espuma do tempo


Ontem como hoje.


" Todas as conjunturas politicas cunham uma terminologia que lhes serve de identificação, e que dispensa, em várias emergências, a necessidade de formulação de um pensamento adaptado às exigencias dos interesses em causa. O verbalismo preenche os espaços vazios, e o simples discurso vai entretendo a falta de propostas, e ocultando a perda definitiva de valores aos quais não se acudiu a tempo. Neste processo, a omissão habitual, quando não sistemática, da referencia a palavras que invocam valores não participados ou combatidos pelas forças em presença, assume uma inegável importancia sintomática porque o silencio é, no processo politico, uma fonte documental tão importante como o discurso. Aquilo que esconde está em luta com aquilo que ostenta. Esta comum observação metodológica tem particular importancia sempre que os instrumentos ideológicos e de comunicação ficam monopolizados seja qual for a composição do bloco do poder que tenha conseguido capturar tais instrumentos.

Não parece necessário qualquer esforço para reconhecer que o processo em curso requer atenção para este problema, não sendo também dificil de admitir que muitas das palavras, que se tornam típicas, ilustram pouco a lingua portuguesa que se vai tornando corrente. Compreende-se que algumas pessoas que falam e escrevem encontrem nessa inovação um recurso pessoal indispensavel para expressarem o seu vigor intelectual e firmeza de convicções, mas é pena que o simples acaso torne algumas raras vezes impossivel deixar de as ouvir ou de a ler. Não parece indispensavel estender à linguagem uma tal paixão ideológica pela igualdade que acaba por dar cidadania igual à palavra e ao palavrão, à critica de opiniões e ao insulto a quem opina, ao combate ao governo e á difamação de quem governa, ao repúdio das ideias e à degradação de quem as sustenta. Tal vulgaridade, que muito frequentemente apenas procura esconder a fraqueza, não parece fazer falta para dar carácter a nenhuma conjuntura mas, naturalmente, a decisão pertence aos responsaveis pela mesma."

Adriano Moreira, O Novissimo Príncipe, análise da revolução, 1977, editora intervenção.

2009/12/10

Estúpidos?!


Estes Irlandeses vão continuar na cauda da Europa.

Não percebem nada de economia. Nós em plena crise aumentámos os salários da função pública. Como todos sabemos já saímos da crise.

Será que não aprendem nada com o nosso Governo? Oh Sócrates vai lá pá!

Regionalização/ Parte 2



“Só um independente entre 18 novos governadores civis”

Noticia do DN publicada no site do Governo Civil de Évora.

Se em tempo de vacas gordas os governos civis não tinham razão para existir, em tempo de dificuldades e de crise económica não acabam porquê?

Porque as regiões ainda não estão criadas, e as estruturas locais do estado já não aguentam tantos políticos, familiares e amigos.

Alguém consegue descobrir uma única razão (inteligente) para a manutenção dos governos civis?

Regionalização


Votei contra a divisão do país em regiões.

Não consigo perceber de onde vêm as vantagens da regionalização para um país tão pequeno. Uma verdadeira descentralização administrativa funcionaria, na minha opinião, muito melhor que a criação de regiões.

Poderíamos até dizer ( não acredito mas enfim), que ter uma verdadeira descentralização administrativa é equivalente a ter a regionalização. Tratar-se-ia assim apenas de uma questão de modelo.

O problema é que vivemos em Portugal. Nunca é um problema de modelo. O problema são as pessoas e as estruturas partidárias.

Uma noticia do Diário as Beiras de hoje, que nada tem a ver com a regionalização, demonstra isso mesmo.

“Beatriz Proença já não é directora da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC).”

È assim que começa a noticia do Diário as Beiras. Pelos vistos a senhora começou a trabalhar, sem ter sido ainda formalmente empossada no cargo ( formalismos ridículos na opinião das nossas luminárias politicas) e veio a sair ( pelos vistos sem entrar, formalmente) devido a uma questão de incompatibilidades legais.

A própria noticia dá conta que esta é a razão oficial( que em bendita hora alguém se lembrou).
“Como a a nova directora iniciou funções a 2 de Dezembro. Não tomou posse, como parece já estar a tornar-se um hábito, na função pública.”

“A verdadeira é politica. “Para a maioria das fontes contactadas pelo DIÁRIO AS BEIRAS, porém, a incompatibilidade detectada (tardiamente, diga-se) até deu jeito, dada a falta de vontade de aceitar os adjuntos que as estruturas partidárias da região lhe quiseram impor”

“Desde o início, porém, algo parecia não "bater bem". Por um lado, porque todos os demais directores regionais viram já as respectivas nomeações publicadas. Depois, porque Beatriz Proença terá dito às adjuntas, que transitavam da anterior equipa, não saber se continuariam. Sucede que enquanto a continuidade de uma delas – Helena Libório, de Aveiro –, era dada como garantida, por pressão do PS aveirense, já a de Cristina Matos Dias, oriunda de Castelo Branco, era dada como vetada (sobretudo depois de o marido, ex-adjunto da governadora civil de Castelo Branco, ter abandonado o gabinete de Alzira Serrasqueiro). Refira-se, ainda, que a surpresa
pela nomeação de Beatriz Proença nunca assentou nas competências ou no currículo, académico e profissional da antiga delegada regional do Centro da Inspecção Geral de Educação (IGE). Em causa, sobretudo, a novidade de se tratar de alguém oriundo de uma área nada habitual – a inspecção. Ora, terá sido justamente este o ponto que originou a jutificação da alegada incompatibilidade. É que, enquanto delegada da IGE, teve de lidar com diversos dossiês e processos, no mínimo, delicados, que envolvem as escolas e a própria DREC. Mas, de acordo com várias fontes contactadas pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a razão de fundo desta insólita situação tem a ver com a mais pura e dura intriga política. No caso, a "guerra" entre o PS de Coimbra e de Viseu, que é recorrente, de cada vez que se trata de nomear algum responsável regional. Ora, neste caso, a alegada nomeação de Beatriz Proença – uma discreta militante na secção dos Olivais – foi bem recebida em Coimbra, nomeadamente, pelo presidente da Federação Distrital do PS. Victor Baptista– que não é secretário de Estado, ao contrário do líder federativo da capital da Beira Alta, José Junqueiro –, via, assim, "cair- -lhe do céu" uma vitória para Coimbra e logo num sector, o da Educação, que Viseu há muito parece querer assumir como "feudo".

“PS/Viseu 1PS/Coimbra 0”
Entretanto, do lado viseense, houve quem trabalhasse à séria,
Foi o caso do candidato a director regional adjunto, Alcídio Faustino, que fez constar, junto da imprensa local, que foi ele a declinar a indigitação. Faustino, recorde-se, já exerceu as funções de coordenador educativo distrital e era governador civil recente, lugar em que não durou mais de uns escassos meses, pois Miguel Ginestal – um dos derrotados das Autárquicas – tinha o cargo garantido... e, obviamente, ocupa-o. Por isso, era voz corrente, entre os socialistas de Viseu, que Junqueiro e seus pares iriam tentar tudo para levá-lo a... director regional. E ontem, entre muitos quadros socialistas ligados ao sector da Educação, circulava mesmo uma graçola, em forma de SMS, com o sugestivo teor de "PS/Viseu 1 – PS/Coimbra 0".


E estamos a falar de nomeações que deveriam ser feitas com base na competência técnica dos visados. Imaginem se não fosse.

2009/12/09

Medina Carreira



Medina Carreira esteve na tertúlia 125 minutos com, que decorreu no Casino da Figueira da Foz.

As paginas on line dos Jornais dão a conhecer alguns aspectos da sua intervenção.
Invariavelmente, as chamadas de atenção viram-se para muita da terminologia utilizada.

Medina Carreira está a transformar-se num personagem pitoresco. Não tanto por sua culpa mas em virtude da “qualidade” da assistência.

Os portugueses, ou pelo menos uma grande maioria, olha para Medina Carreira como narrador de um filme. Uma comédia com aspectos trágicos mas para a qual existe um final aceitável. Uma espécie de 4 casamentos e um funeral.

Nos ultimes 35 anos os Portugueses não souberam realmente o que é bater no fundo.

Uma euforia pós revolucionaria que contou e esbanjou o dinheiro que havia. Quando faltou o dinheiro recorreu-se ao FMI e, posteriormente deu-se a entrada na CEE. Estamos a chegar a um fim de ciclo. Perante isto o que faz esta sociedade. Espera que alguém venha e nos dê mais algum.

O quadro é preto

Se perguntarmos novamente de cor é o quadro diremos, é preto

Se continuarmos a perguntar qual é a sua cor a resposta será sempre, preto.

Será sempre não! A sociedade portuguesa está a viver um "daltonismo" funcional, de interesses e de corrupção.

Haverá sempre uma grande parte desta sociedade que, pelas mais variadas razões, negará o estado em que estamos.
Preto não. Preto claro, preto menos escuro, preto acastanhado, “preto de todas as cores menos preto”. Preto é que não!

2009/12/07

Entrega dos Prémios Cunca das Artes 2009

Hoje no Diário as Beiras

Não sei as razões que levaram à ausência de representação e apoio institucional por parte das entidades públicas da Figueira da Foz e a não estarem presentes na entrega dos Prémios Cunca das Artes 2009, sábado, no Restaurante Teimoso, em Buarcos.

A participação do “conselheiro da Cultura do governo autónomo da Galiza” demonstra uma visão completamente diferente.

A cultura é hoje muito mais que recreação. Representa uma área com potencial económico e de desenvolvimento estratégico.

Os Espanhóis sempre levaram muito a sério os mecanismos de internacionalização cultural e económica.

Deste lado da fronteira, capelas e capelinhas, barões e baronetes, sempre entenderam tais dinâmicas como provincianas e sem dignidade.

No fundo sempre actuaram à medida da sua capacidade. São capazes de tudo, e com muito jeito diga-se, para ocuparem os cargos. Quando lá chegam não conseguem projectar nada de relevante.

Basta ver o que é o instituto Cervantes comparado com o nosso Instituto Camões.

Vivemos um tempo de escassas oportunidades. Não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar quaisquer contactos que, por muito irrelevantes que pareçam, podem contribuir para estabelecer pontes para projectos maiores e, porque não dize-lo mais lucrativos.

Nota: Na noticia do Diario as Beiras“Em Novembro último, Santiago de Compostela testemunhou a entrega dos prémios a 14 artistas e entidades galegas. Na versão portuguesa, foi atribuído um prémio especial ao pintor e escultor Mário Silva. Porém, não o foi receber porque o presidente da Junta de S. Julião, Góis Moço, ficou de o ir buscar a Lavos, segundo a organização. Mas não foi, e faltaram os dois à cerimónia.”
Isto é demasiado deprimente para ser verdade. Ou não?

Só Fica bem




Hoje no Diário as Beiras

“O ANTIGO presidente da Câmara da Figueira da Foz Duarte Silva foi alvo de um voto de público reconhecimento pelo seu empenho enquanto autarca na construção da central da EDP em Lares, Vila Verde. A iniciativa partiu do seu sucessor, João Ataíde, na sequência das críticas que o vereador da oposição Miguel Almeida lhe teceu por não ter referido o nome do antecessor na inauguração da unidade da eléctrica portuguesa (ver edição de sexta-feira). O voto foi aprovado por unanimidade, na primeira reunião de câmara deste mês.”

2009/12/06

Movimento


Entrevista ao JN

Pedro Passos Coelho deu mais uma prova de vida. O objectivo é afirmar que é candidato e que esta liderança deixou de existir.
Substância zero.
Pedro Passos Coelho ainda não percebeu que o PSD precisa de um projecto politico muito mais do que uma liderança.
Ainda não percebeu que, numa altura em que os valores e a ética politica estão pela rua da amargura, Manuela Ferreira Leite é o seguro de vida do PSD.
Pedro Passos Coelho ainda não percebeu que não está a liderar um movimento alternativo mas o movimento dos sem tacho.

2009/12/05

Vergonha de Estado.




A justiça e politica à Portuguesa. Já vem de longe esta paz podre.

Nota: Hoje temos uns patetas a falar de tentativas de assassinato de carácter.Chamo à atenção desses senhores que só podemos matar o que existe.

Memória
















2009/12/04

Protocolo

Hoje no Diário as Beiras

“OS RESPONSÁVEIS da EDP e o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, “esqueceram-se se” de Duarte Silva, apesar de se encontrar entre os convidados que participavam na inauguração da central de Lares. Miguel Almeida manifestou desagrado pelo “esquecimento”, na última reunião de câmara. Disse que mandava a edução que se fizesse referência a quem se empenhou na construção da unidade de produção eléctrica. De forma implícita, João Ataíde respondeu-lhe que não precisava de receber lições de educação e protocolo. Por outro lado, lembrou-lhe que a cerimónia decorreu em casa alheia e que por isso não lhe competia a ele referir-se ao seu antecessor.”


Espero que, quando outras cerimónias decorram em casa alheia e, seja “necessário” “Justificar” o que não vai fazer, mantenha os mesmo rigor.

Ou será que estamos a falar, só, de protocolo para inaugurações.

Era preferível estarem calados

Hoje no Diário as Beiras

“PS “solidário” com candidatos de Quiaios”

“Actualmente, a junta de freguesia está a ser gerida por uma comissão administrativa, nomeada pelo Governo Civil de Coimbra, até à realização de próximas eleições. Esta é presidida por Augusto Marques, mais dois elementos da sua candidatura e outro do PS. Os mesmos elementos que integravam a proposta apresentada pelo candidato independente e que foi chumbada na assembleia de freguesia.”

Ou a notícia distorce o comunicado ou este é um disparate.

Até hoje o único comunicado coerente é o da Lista independente a Quiaios. A própria composição da comissão administrativa e o facto de nunca ter sido desmentido demonstra isso.

“PS refere que “não comunga das atitudes do cabeça de lista da lista independente, ao querer transformar maiorias relativas em maiorias absolutas”

Mas não foi o candidato da lista independente que propôs lugares ao PS? Concretizem lá de que forma a composição apresentada transformava maiorias relativas em maiorias absolutas.

“o povo foi soberano ao pronunciar-se nas urnas, obrigando os vencedores “a cederem à vontade mútua e não apenas à individual”.

Como? Vontade mútua! Que raio de lógica ou de politica é esta?

“tendo em conta que em nada contribuiu para esta situação e, por isso mesmo, rejeita que neste episódio sejam atribuídas culpas às listas opositoras e aos eleitores”

Em nada contribuiu para esta situação? Então de quem foi o arranjo. Não foi PS e CDU.

“Queremos deixar para os nossos leitores a interpretação que fizemos dos resultados eleitorais, com a certeza porém de que quando o Povo consagra o seu voto nem sempre o faz com justiça.”

Foram os vossos colegas de “coligação” que se queixaram dos eleitores.

Espero que os partidos na câmara não comunguem de tão inteligente política.
Contudo, já devem ter tirado cópia deste hino à ciência política para justificar muitas das futuras tomadas de posição.

Era preferível estarem calados……

2009/12/03

Ética Republicana


Quando um politico está aflito com alguma coisa chama em sua defesa os valores da ética republicana.

Nunca os aplica como regra de conduta e tomada de decisão. Pelo contrário.

O apelo à ética republicana serve apenas para justificar, mal, tomadas de posição ou opções sem ter, dizem eles, que dar qualquer justificação.

Eu compreendo a dificuldade. Tentar seguir princípios que pouco nos dizem não é fácil. Procurar ética republicana nas nossas repúblicas é difícil. Podiam no entanto adoptar a ética de outras republicas e, porque não, monarquias, bem mais organizadas que a nossa.

A ( falta) ética republicana é no fundo uma mulher de má vida ( ou homem para sermos democráticos) que vai com tudo e com todos sempre disposta a satisfazer todas as fantasias e perversidades de quem paga mais ou mostra ter poder. Disponível para ser usada desde que seja pago o devido preço pelo serviço. Como profissional de elevado custo apenas recebe as “elites”. Para os grunhos menos abastados mas, igualmente dedicados, resta a ética de beira da estrada. Não tem o mesmo nível mas para o que é serve.

Pior que a falta de ética é a deturpação dos valores éticos. Nota-se menos mas os efeitos são muito mais nefastos.

2009/12/02

Silêncios.




Confesso que, após as eleições autárquicas, tinha receio que o PSD Figueira acabasse por cometer alguns erros graves.


Por um lado dedicar-se à caça as bruxas, ajustes de contas, processos disciplinares e a uma luta interna feita de acusações pessoais. Outra opção era esperar que passasse o choque inicial da derrota e fazer de conta que não aconteceu nada de muito relevante.

Fiquei surpreendido? Não.

O que se tem passado é uma forma mitigada das duas opções que tinha equacionado. Era a opção que tinha como menos verosímil. Falarei dela em futuros posts.

Contudo, podemos pelo menos especular sobre a natureza destes silêncios. Não é seguramente a melhor opção mas é a que resta.

Será que o PSD Figueira ( todos ) percebeu que foi o principal responsável e grande derrotado das eleições autárquicas?

Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que instaurar processos disciplinares sem uma discussão profunda sobre os últimos 4 anos levará a que a mesma seja feita numa altura menos própria, por exemplo nas eleições para a concelhia?

Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que já não é fácil arregimentar militantes para apoiar o candidato A ou B, porque estes já estão fartos de apoiar candidatos em vez de apoiar projectos políticos?

Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que precisa de se abrir, não só aos novos militantes como à sociedade civil renovando os seus quadros?

Neste sentido, será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que as candidaturas e listas de apoiantes não podem continuar, sistemática e persistentemente, com os mesmos nomes? Nomes que já tiveram as mais diversas opções e apoiaram candidatos com visões completamente opostas. A diversidade e o pluralismo são importantes. Em larga escala é anarquia.

Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que precisa urgentemente de começar a trabalhar num projecto politico alternativo ao PS?

Será que o PSD Figueira ( todos ) não percebeu que tendo o PS maioria relativa vai ser chamado muitas vezes a votar favoravelmente politicas do PS sendo ainda mais importante construir uma alternativa coerente?

Os silêncios nem sempre são positivos.