
Até algum tempo Coimbra tinha como única grande superfície comercial o Continente.
Coimbra optou cedo pela “indústria” a que se queria dedicar. Essa “indústria” era a função pública e os serviços públicos.
Dá um poder de compra elevado e a sua manutenção depende do estado central.
Em caso de desemprego, que é sempre difícil de acontecer na função pública, não correm o risco de lhes acontecer o mesmo que os seus colegas políticos de outros concelhos.
Não são bombardeados com as perguntas: O que vai fazer para tentar manter esta fabrica na sua região? Quais são os incentivos que a câmara pode dar ?
A culpa, obviamente, será sempre do estado central.
Três delícias para a classe política local.
Tiveram ainda o talento de “exportar” a boysada política excedentária para a figueira.
Na figueira, como pensar dá trabalho, o topo da carreira era chegar a casa no banco de trás de um automóvel e ter alguém para abrir a porta.
A Figueira não foi capaz de definir o seu modelo de desenvolvimento. O fundamental eram as negociatas e andar no banco de trás do automóvel.
Enquanto as cidades vizinhas definiram o seu modelo de desenvolvimento no final da década de 80, com excepção talvez de Cantanhede que começou mais tarde, a figueira está hoje na triste situação de não ter um modelo de desenvolvimento para cativar investimentos.
Pior, corre o risco de ter de aceitar projectos que não acrescentam nada ao desenvolvimento económico da figueira e condicionam o desenvolvimento integrado do concelho.
Está, como fizeram as universidades que aí se instalaram, na situação de hospedeira para projectos que chegam e partem ou para projectos que, se são tão bons não se percebe porque não vão para outros locais.
Como S. Tomé é ver para crer.
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